Categorias
Posts Recentes
Postado por Autismo em Dia em 05/nov/2019 - 34 Comentários
Olá! Hoje vamos abordar um assunto que ainda gera muitas dúvidas entre as famílias que convivem com o TEA: Existem tipos de autismo?
Esta é uma pergunta bastante frequente nos consultórios e geralmente tem a ver com dúvidas em relação a “gravidade” da condição e – claro – com a perspectiva de desenvolvimento futuro do autista.
Para responder essa pergunta de forma objetiva podemos dizer que existem várias formas de manifestação do transtorno. Entretanto, talvez o termo “tipos de autismo” não seja exatamente a melhor forma de descrever a diversidade do espectro.
Vamos entender o porquê já já, mas antes disso, é importante esclarecer que independentemente da terminologia, quando nos referirmos aos “tipos de autismo” aqui no blog, estaremos falando de como as pessoas costumam entender a gravidade da condição.
Fonte da Imagem: Lunetas
Lá no nosso artigo de estreia, nós trouxemos algumas reflexões sobre o TEA e o Autismo. Embora possa haver confusão em relação aos termos, nós explicamos que a última edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, conhecido como DSM 5, incluiu todas as condições que antes estavam dentro dos Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) num só diagnóstico: TEA – Transtorno do Espectro Autista. ¹
Concluímos então que o TEA abraça uma série de condições, por isso talvez o termo “tipos de autismo” não seja a definição mais adequada. De qualquer forma, vamos esclarecer o que as pessoas costumam chamar de tipos de autismo, quando na verdade, estão se referindo ao entendimento anterior do espectro, que lidava com as condições de forma separada.
Veja como o autismo era compreendido até 2012:
Era a definição que melhor descrevia os indivíduos com problemas acentuados na comunicação, interação social e comportamentos repetitivos. Os sinais clássicos apontavam para o desenvolvimento atrasado na linguagem, alguns inclusive com a ausência completa da fala. Por outro lado, aqueles que conseguiam falar, não usavam a fala como ferramenta de comunicação.
Também era evidente a falta de linguagem não verbal, ou seja, gestos e comportamentos que demonstrassem suas necessidades, desejos ou que pudessem sinalizar alguma iniciativa de interação social. Para dar alguns exemplos, podemos citar a ausência de comportamentos como: apontar para os objetos de desejo, mandar beijos, dar tchau e etc. ³
Dentro dessa perspectiva de entendimento da condição, os especialistas consideravam que o grau de comprometimento poderia variar muito, mas que de modo geral, os indivíduos eram voltados para si mesmos e estabeleciam pouco contato visual com outras pessoas. Muitos deles conviviam com movimentos estereotipados do tipo balançar ou bater as mãos. Eles normalmente também apresentavam um grau de deficiência intelectual. 4
Fonte da Imagem: Lunetas
Este é outro transtorno do espectro do autismo que atualmente também não é mais entendido como um diagnóstico separado do TEA, segundo a nova abordagem do DSM-5. Na época, ele também era conhecido como autismo atípico, pois envolvia alguns, mas não todos os sinais clássicos do autismo.
As pessoas diagnosticadas com Transtorno Invasivo do Desenvolvimento tinham desafios em relação a linguagem, habilidades sociais e comportamentos repetitivos, mas estes sintomas nem sempre estavam presentes ao mesmo tempo. Era uma forma de descrever um autista com menos comprometimento do que àquele que descrevemos antes. ³
Mais um transtorno do espectro do autismo que não têm mais um diagnóstico separado. Entretanto, antes era muito conhecido como um dos tipos de autismo. O Transtorno Desintegrativo da Infância descrevia a criança que se desenvolvia de maneira típica até determinada fase da vida, mas que por algum motivo perdia suas habilidades sociais e de comunicação, geralmente entre os 2 e os 4 anos de idade.
Este transtorno era associado ao autismo regressivo, e a partir de agora (assim como aqueles que descrevemos anteriormente) a condição está classificada como um transtorno do espectro do autismo no geral.
Fonte da Imagem: Lunetas
A Síndrome de Asperger se diferenciava dos demais transtornos do autismo especialmente por não promover qualquer tipo de atraso na linguagem. As características mais marcantes da condição apontavam para problemas com simbologias e interações sociais, assim como para a presença de comportamentos obsessivos e interesses especiais muito pronunciados.
Alguns dos “aspies”- como ainda são conhecidos aqueles que estão dentro desse “tipo de autismo” – apresentam inteligência acima da média, e por isso alguns especialistas costumam chamar a condição de Autismo de Alto Funcionamento. Por outro lado, também é bastante comum que pessoas com Asperger desenvolvam outros transtornos mentais como depressão e ansiedade. 5
Ao contrário das anteriores, a Síndrome de Rett não foi incorporada ao espectro, pelo contrário, ela foi retirada. Isso porque Transtorno de Rett é causado por uma mutação genética. Apesar de os sintomas da desordem incluírem a perda de habilidades sociais e de comunicação – assim como o autismo clássico – a condição passa por diversas fases diferentes.
Normalmente, as crianças diagnosticadas com Transtorno de Rett superam muitos dos desafios que são semelhantes ao autismo, enquanto os demais tipos de autismo da classificação anterior, continuavam com os sintomas por toda vida, mesmo que com alguma melhora. Por outro lado, as pessoas diagnosticadas com Rett, costumam enfrentar outros desafios, incluindo a deterioração de habilidades motoras e problemas com a postura, que não afetam a maioria das pessoas do espectro do autismo. ³
Fonte da Imagem: Lunetas
Como já explicamos, pesquisadores e profissionais da saúde se baseiam na última edição do DSM-5, reconhecendo que toda pessoa (criança ou adulto) com as características do autismo, estão dentro do TEA.
A mudança aconteceu, porque segundo o entendimento da comunidade cientifica a separação anterior confundia autistas, seus cuidadores e até mesmo os médicos e outros profissionais de saúde, uma vez que os critérios de diagnóstico não eram muito claros. ²
Além disso, todas as pessoas com distúrbios do espectro do autismo exibem alguns dos comportamentos típicos, logo, é melhor refinar o diagnóstico por gravidade do que ter um rótulo completamente separado. 6
Como este cenário parecia atrasar o início do tratamento e das intervenções clínicas, acabou sendo substituído pela nova versão. Portanto, após o lançamento do DSM 5, todos os tipos de autismo passaram a fazer parte da designação geral: Transtornos do Espectro do Autismo. ³
Fonte da Imagem: Lunetas
Como dissemos em nosso artigo anterior, os sinais do TEA surgem ainda na primeira infância, geralmente antes dos três anos de idade. Atualmente, os profissionais de saúde usam testes padronizados para diagnosticar o autismo, e também para determinar a gravidade funcional do distúrbio.
A quinta edição do Manual de Diagnóstico de Transtornos Mentais da American Psychiatric Association (APA) – publicada em 2013 – requer dois conjuntos de critérios para o diagnóstico do autismo. Isso significa que para ser diagnosticado com TEA, o indivíduo deve ter apresentado sintomas a partir da primeira infância, e esses sintomas devem prejudicar a capacidade do indivíduo de funcionar no dia-a-dia. As dificuldades incluem 6:
Anteriormente, o atraso na linguagem era um fator significativo no diagnóstico de autismo clássico. Além disso, indivíduos com Transtorno de Asperger não poderiam ter um atraso de linguagem para receber esse diagnóstico.
A nova versão do DSM não inclui o atraso da fala como critério de diagnóstico. Como os atrasos na linguagem podem ocorrer por vários motivos e não são consistentes em todo o espectro do autismo, os cientistas consideraram que esse aspecto não deveria ser necessário para o diagnóstico.
Fonte da Imagem: Lunetas
Já entendemos que da forma como a ciência compreende hoje o TEA, o autismo não é mais tipificado, entretanto, ele ainda pode ser medido em termos de severidade. Isso acontece com base no nível de suporte que o autista precisa para conviver em sociedade. Ou seja, mesmo não havendo mais subtipos de diagnóstico ou tipos de autismo, ainda existe um marcador de “gravidade”. Ele é baseado no grau de comprometimento do distúrbio e nas condições associadas a ele.
Logo, o nível de funcionamento de uma pessoa com TEA depende da gravidade de seus sintomas, disfunções e deficiências na comunicação e habilidades comportamentais e sociais. Compreender como os especialistas avaliam um indivíduo tanto para diagnosticar o autismo, quanto para atribuir-lhe um nível de função, pode te ajudar a entender e minimizar os prejuízos do distúrbio, além de contribuir com o ajuste de expectativas em relação a perspectiva do futuro dos autistas. 7
Podemos dizer que mais importante do que enquadrar alguém em um dos tipos de autismo (como era anteriormente), é conseguir avaliar e compreender os graus de comprometimento que a pessoa pode ter em sua independência e autonomia, bem como, qual é a dificuldade que ela eventualmente pode encontrar para estabelecer e cultivar suas relações interpessoais.
Vamos ver agora como a ciência passou a classificar o autismo:
Indivíduos com nível 3 ou autismo de baixo funcionamento estão no extremo mais grave do espectro. Essas pessoas precisam de apoio significativo nas tarefas do dia a dia, como vestir-se, alimentar-se e fazer a higiene pessoal. Eles frequentemente não são capazes de viver de forma independente. As disfunções a seguir afetam gravemente a capacidade de uma criança ou adulto de funcionar na escola, em casa ou no trabalho, ou mesmo de ter interações e relacionamentos sociais normais.
Muitas das pessoas diagnosticadas com autismo de baixo funcionamento são não verbais. Aproximadamente 40% das crianças com TEA de nível 3 não aprendem a falar. Aquelas que são verbais têm grande dificuldade em usar as palavras para se comunicar. Essas crianças não podem usar palavras faladas em suas interações com os outros. Eles podem interpretar mal as pistas verbais e não verbais.
Alguns indivíduos com autismo severo também podem ter outro distúrbio comportamental ou mental. O funcionamento cognitivo é diminuído, e algumas pessoas têm um QI abaixo de 70. Isso repercute em problemas para criar repertórios adaptativos, incluindo o autocuidado e a comunicação.
No autismo de nível 3, há uma fixação extrema em alguns comportamentos, muitas vezes atípicos, e a exclusão de outros. Há uma repetição acentuada dos comportamentos restritos, e isso pode afetar gravemente as atividades diárias e o envolvimento com os outros.
Se forçado a lidar com uma mudança na rotina, o indivíduo pode ficar chateado ou com raiva. Além disso, a incapacidade de comunicação e a sobrecarga sensorial podem levar à frustração e a comportamentos agressivos ou prejudiciais em relação a si e aos outros.
Alguém com autismo severo tem extrema dificuldade em interagir. A criança ou o adulto pode excluir completamente a interação com outras pessoas e preferir ficar sozinha. O indivíduo pode não estar ciente do que os outros estão dizendo ou fazendo, e pode ser necessário um esforço significativo para atrair sua atenção.
Fonte da Imagem: Lunetas
Pessoas com autismo de nível 2 ou de funcionamento moderado geralmente precisam de assistência, mas podem ter algum grau de independência, inclusive exercer uma profissão quando adultos. Eles podem apresentar os seguintes desafios:
Alguém com autismo de funcionamento moderado provavelmente terá alguns desafios com a comunicação verbal. Suas conversas podem ser atípicas e simplificadas e incluem linguagem repetitiva ou ações verbais não funcionais. O indivíduo pode preferir se comunicar através de sinais ou dispositivos tecnológicos.
Uma pessoa com autismo moderado pode ter algum grau de retardo mental ou um QI normal de cerca de 100. Para ela, as tarefas de autocuidado podem ser muito desafiadoras.
Aqueles com nível 2, ou seja, com autismo de funcionamento moderado, têm alguma fixação em certos comportamentos. Há repetição de hábitos como andar na ponta dos pés ou girar em torno de si ou de outros. Esses comportamentos repetitivos podem causar dificuldades nas configurações sociais, escolares, profissionais e etc.
Esses indivíduos também podem ser super ou pouco sensíveis a sons, luzes e outros tipos de estímulos. Além disso, eles podem resistir ativamente a qualquer mudança em sua rotina normal.
Um adulto ou criança com um diagnóstico moderado de autismo tem algum grau de dificuldade para socializar. Eles geralmente sabem que outras pessoas estão na sala, mas podem parecer distantes destas pessoas. O indivíduo pode evitar interagir, por achar difícil iniciar ou manter uma interação.
Fonte da Imagem: Lunetas
Crianças e adultos com autismo de nível 1 – também conhecido como de alto funcionamento – apresentam o grau mais leve do distúrbio. Pessoas previamente diagnosticadas como Síndrome de Asperger se enquadram nessa categoria. Muitos indivíduos autistas de alto funcionamento vivem e trabalham independentemente. Os afetados têm as seguintes características:
Pessoas autistas de alto funcionamento têm habilidades verbais normais, mas acham difícil manter conversas regulares com os outros. O tom de voz deles também pode parecer robótico ou estranho.
Os indivíduos também podem ter dificuldades com o uso funcional da linguagem. Por exemplo, eles podem conhecer vários sinônimos para “bebida”, mas acharem difícil pedir uma bebida em um restaurante.
Pessoas com distúrbios leves do espectro autista têm inteligência normal e, em alguns casos (cerca de 10% de todos os autistas diagnosticados), pontuam bem acima do normal nos testes de QI. Apesar disso, eles podem ter dificuldades com algumas tarefas, especialmente aquelas que exigem decisões repentinas ou que alterem rotinas regulares. É importante notar que muitas pessoas com autismo são consideradas talentosas e podem se destacar em suas áreas de interesse.
Um indivíduo com autismo de alto funcionamento se envolve menos em comportamentos restritos e repetitivos do que aqueles com níveis mais altos de autismo. É menos provável que eles sejam inadequados com outras pessoas.
Eles podem ter um interesse apaixonado por um único tópico. Às vezes, com dificuldades para transitar de uma tarefa para outra, o que pode afetar os trabalhos acadêmicos ou o desempenho no trabalho.
Alguém com um nível funcional leve de autismo pode lutar com os pontos mais delicados das interações sociais. Eles geralmente têm dificuldades para se conectarem com outras pessoas e fazer amizades. O contato visual costuma ser muito abaixo daquele esperado por pessoas típicas. Interpretar a linguagem corporal e o tom de voz também costuma ser bastante desafiante, e é comum que haja dificuldades para entender a perspectiva dos outros.
Fonte da Imagem: Lunetas
Compreender a diversidade do espectro e identificar-se com o nível de autismo mais alinhado com as limitações e potenciais do autista é muito importante, pois isso ajuda a projetar expectativas, planejar o tratamento, e escolher as terapias complementares que melhor contribuirão para o alcance de mais autonomia e independência. Estar dentro do espectro é experimentar uma vida diferente, mas não necessariamente negativa.
Embora o autismo não tenha cura, com o apoio profissional adequado, todos os autistas têm a capacidade de aprender e evoluir. Lembre-se que quanto antes as intervenções terapêuticas se iniciarem, melhores serão os resultados 🙂
Se você ou alguém sob a sua tutela corresponde a alguns dos critérios de diagnóstico, procure um médico. Caso o diagnóstico já esteja estabelecido, procure orientação para compreender qual é o nível de autismo. Ser ativamente envolvido no tratamento é a melhor maneira de superar os desafios do TEA, explorar as potencialidades e ter mais qualidade de vida.
1 – American Psychological Association 25/10/2019
2 – Entendendo o autismo 25/10/2019
3 – ATEAC 25/10/2019
4 – Drauzio Varella 26/10/2019
5 – Zenklub 26/10/2019
6 – Love to Know 27/10/2019
7 – Love to Know 27/10/2019
“O Autismo em Dia não se responsabiliza pelo conteúdo, opiniões e comentários dos frequentadores do portal. O Autismo em Dia repudia qualquer forma de manifestação com conteúdo discriminatório ou preconceituoso.”
Meu filho desde muito pequeno sempre teve uma inteligência absurda e com seus 2 anos se escondia de todas as visitas com 3 foi pra escola e lá me perguntaram se ele já havia frequentado outra escola pela sua inteligência, com 5 anos mudou seu comportamento radicalmente com 6 começou a lamber as pessoas não deixar ninguem pegar suas coisas mudou o tom de voz chora a toa ri a toa tudo sem motivo nenhum pegou um vicio em brincar só com um tipo de coisa sem brinquedo porque brinquedo parece k nem existe mais só se interessa por coisas diferentes ,com 2 anos e 8 meses descobriu sozinho 16 nomes de bandeiras sozinho
Ele vai fazer7 anos mês k vem e estou nessa luta de como lidar com isso tudo
Olá Viviane, obrigada por contar um pouquinho da sua história. Sua jornada é admirável! Desejamos que você se sinta acolhida por aqui 🙂 Na sessão “proTEAgonistas” nós contamos as histórias de famílias que lidam com os desafios do autismo. Se você gostar da ideia, adoraríamos contar mais sobre vocês para apoiar e inspirar outras famílias também. O que você acha?
Olá, gostei muito do conteúdo, realmente enriquecedor. Tenho um enteado que aos 7 anos ainda não falava, apenas palavras simples e soltas , máximo de 3 ou 4 palavras… aparentemente tbm com dificuldades de entendimento sobre o que era comunicado à ele, ainda no segundo ano do primário, sem conseguir ser alfabetizado, foi consultado e recebeu o diagnóstico de síndrome de asperger. Achei estranho pois ele era incapaz de se comunicar verbalmente. As professoras insistiram na impossibilidade de alfabetiza- Lo em escola convencional pois o menino se mostrava incapaz de compreender, foi feita uma segunda avaliação e conclui-se que ele eh autista. Está com 10 anos estuda em escola especial porém não é verbal, tem dificuldade de compreender , apresenta difícil coordenação, não apresenta interesse em brincadeiras… apenas gosta de correr… não sabe contar, ler, falar, precisa de ajuda no banheiro… os psicólogo dizem que ele não tem atraso intelectual algum. Mas percebo que desde os 7 anos quando o conheci , ele não evoluiu nada, pelo contrário, parece que está cada dia mais fechado para aprender. Ele continua fazendo terapias mas sinceramente não vejo resultados. Gostaria muito de ajudar, mas sinto que esse assunto é super delicado e existe uma negação por parte dos pais .
Oi Maira, puxa, é bem difícil quando o diagnóstico não é claro e a família tem dificuldades em conversar sobre o assunto né? Mas ficamos contentes que você se preocupe com ele e pesquise sobre o assunto. Quem sabe aos pouquinhos você consiga ir compartilhando os temas nas suas redes sociais, comentando uma coisa aqui e outra ali. O importante é você ir fazendo o que consegue e dentro das suas possibilidades. Seja sempre bem vinda aqui no blog. Um abraço =)
E quando a criança apresenta apenas alguns itens de um dos critérios de diagnóstico? É necessário que apresente todos os sintomas de um dos critérios?
Oi Jane, obrigada pela visita =)
Respondendo a sua pergunta, não. Não é necessário que a criança apresente todos os itens de um determinado critério de diagnóstico, nem mesmo de determinado nível. Na verdade o autismo é um espectro muito amplo e nenhum autista é igual ao outro. Muitas vezes a criança/adolescente ou até adulto, percebe alguns sinais mais predominantes em um dos grupos que citamos. Outras vezes, os sinais aparecem de forma misturada. É essencial dizer que o diagnóstico só pode ser feito pelo médico ou psicólogo, mas em resumo, se a pessoa apresenta um conjunto de sintomas que estão presentes desde a primeira infância e que de alguma forma comprometem as áreas da interação e comunicação social é um sinal de alerta bastante importante que merece investigação urgente.
Esperemos que se sinta acolhida por aqui. Um abraço de toda equipe.
Olá, seu estudante de pedagogia e quero fazer uma citação desse item em meu TCC.
Poderiam me ajudar a colocar a referencia de forma correta?
Agradeço desde já!
Oi Vitória, como vai? Que legal receber o seu comentário. Pode nos citar como:
Artigo de AUTISMO EM DIA, Existem tipos de autismo? Como identificar os níveis. Publicado em 05 de set. de 2019. Disponível em <https://www.autismoemdia.com.br/blog/existem-tipos-de-autismo-como-identificar-os-diferentes-niveis/> Acesso em: (data em que acessou nosso site).
Aconselhamos você a dar uma olhadinha nas normas da ABNT em relação à recomendação que fizemos acima. Também queremos lembrar que no final de nossos artigos também listamos as referências bibliográficas que usamos para escrever, de repente elas podem ser úteis para sua pesquisa.
Um grande abraço e bom trabalho por aí!
Olá, eu fiz um amigo a mais ou menos um ano quando percebi que ele era ignorado ou não o levavam a sério, pois ele tem sua própria linha de raciocínio que é quase uma língua própria e ele não consegue explicar direito o que tem em mente e até altera a ordem das palavras. Eu tenho 23 anos e sou Bipolar, por isso já senti o quão horrível é ser tratado como “doente” e “coitadinho”. Então, fui fazendo amizade com ele. Ele tem 37 anos e é um cara muito legal e até mais compreensível com o meu problema do que outras pessoas. Mas eu nunca tive coragem de perguntar o que ele realmente tem por ter medo de magoa-lo, pois eu percebi que têm alguns assuntos que ele não gosta de conversar e ele é mais sentimental do que aparenta ser. Eu desconfio que seja TEA, por isso estou pesquisando para aprender a entender o lado dele. Esse site está me ajudando muito a aprender mais sobre TEA e a me livrar de muitos mitos. Eu tenho uma pergunta, esse meu amigo prefere conversar ouvindo a voz da pessoa, por exemplo, pessoalmente, por áudio e ligações. Ele não não gosta de conversar escrevendo. Você tem alguma ideia do motivo?
Oi Tainá, uau, seu comentário emocionou a todos nós. É muito lindo o que está fazendo pelo seu amigo. Procurando entender o jeito dele e reconhecendo nele a beleza do ser diferente 💙
Ficamos felizes que o site esteja te ajudando nessa linda jornada de amizade e empatia!
É curioso isso de ele preferir conversas em áudio, né? Mas de repente pode ser mais fácil para ele compreender o contexto quando a palavra é falada, dá para perceber melhor o tom de voz, a energia e o significado das palavras. É claro que isso é só uma hipótese 😉
Esperamos que amizade de vocês cresça e se fortaleça. Um grande abraço de toda equipe do Autismo em Dia!
PARABÉNS PELAS INFORMAÇÕES !
GOSTARIA DE RECEBER MAIS INFORMAÇÕES NO MEU E- MAIL
aloisiojab@bol.com.br
aloisiojab@gmail.com
ATENCIOSAMENTE
ALOISIO JOSÉ ALVES BATISTA
Oi Aloisio, ficamos contentes que tenha gostado do texto! Vamos te incluir na nossa lista de e-mails!
Obrigada pela visita, volte sempre 🙂
Ola, estou preocupada levei meu filho ao medico quando ele tinha 3 anos de idade, o médico olhou e sem nenhum diagnóstico correto me falou que ele teria TDH, passou um remédio e apenas, hoje ele tem 8 anos e nem eu consigo entender meu filho, ele se machuca não gosta de brinquedos em geral apenas de blocos não consegue come contar um fato ou se comunicar direitos com outras criança, as crianças as vezes batem nele e ele não consegue se defender sofro muito pelo meu filho porquê sei que ele sofre na escola.
Uma vez um garoto empurrou ele na escola que acabou abrindo um corte na cabeça dele, porem ele não soube ou não consegui me fala ao certo oque realmente aconteceu sofro muito com isso sem saber o que realmente meu filho tem, ja vai fazer 1 ano quê espero uma consulta pelo sus.
Oi Alessandra, bem-vinda ao Autismo em Dia. Sua história é muito emocionante e esperamos que encontre aqui um espaço de fortalecimento e acolhimento. Nós temos uma área do nosso site em que você pode buscar ONGs, instituições e grupos de apoio que podem orientá-la em relação ao diagnóstico, já que muitas vezes uma consulta pelo SUS pode demorar: https://www.autismoemdia.com.br/pais-maes-e-cuidadores/#mapa. Esperamos que seja um ponto de apoio nessa jornada. Um abraço corajoso para você e sua família.
Ola, tenho um enteado de 2 anos, e observando ele percebi q tem um comportamento diferente de outras crianças… Ele acorda a noite dando autos gritos sem justificativa, qndo pergunta algo, ele repete varias vezes a msm coisa. E ao brincar com seus carrinhos sempre os alinha de uma forma bem padronizada… Sempre da mesma forma.
E percebi q ele as vezes olha pra um ponto inexistente sem foco…
Pode ser um grau baixo de autismo?
Oi Alcemir, obrigado pela visita, esperamos que se sinta acolhido por aqui. Bem, respondendo à sua pergunta: alguns dos comportamentos que você relatou são sim indicativos de autismo, o olhar sem foco e distante também pode indicar algum grau de epilepsia, comorbidade comum no espectro do autismo. É claro que só um profissional de saúde poderá confirmar essa suspeita, observando muitas outras questões e também realizando exames que descartem outras possíveis condições. Por isso, indicamos fortemente que busque um neuropsiquiatra especialista em autismo para avaliar seu enteado, isso é realmente muito muito importante! Um abraço cheio de força e coragem nessa jornada!
Primeiramente, obrigada por este maravilhoso site que nos dá tanto conhecimento sobre o assunto. Gostaria de solicitar uma orientação…… Minha filha desde pequena sofria com TDHA, fez terapia quando criança e tomava ritalina para se manter calma e concentrada. Ela também apresentava convulsões e tomou Depakote até os 10 anos, além de fazer xixi na cama até os 12. Ela sempre teve dificuldade de assimilar informações sociais, como política, por exemplo. Hoje ela tem 21 anos, está fazendo faculdade de enfermagem, mas não consegue emprego. Quando mais jovem passava mal na escola quando tinha que expor suas ideias para sala de aula e já chegou a quase desmaiar, com pressão baixa. Dessa forma ela apresentava seus conhecimentos de forma diferenciada dos demais, sem trabalhar com exposição ou fala, somente apoio e pesquisas. Em dois momentos que foi prestar concurso público não o fez, uma delas teve medo e inventou uma dor de barriga, na outra fez o teste e saiu muito rapidamente, não se aplicando no teste e tirando uma pontuação bem baixa… digamos que ela fez por fazer… Quando foi fazer sua primeira entrevista de emprego não conseguia entender as questões como quais eram as habilidades dela… ficou muito nervosa. Ela tem dificuldade em aceitar essas coisas quando digo que ela tem algum tipo de autismo e podia se beneficiar de laudos médicos especializados para encontrar emprego. Ela nem fala mais comigo porque mencionei isso…. o que me deixa muito chateada, pois minha intenção é somente ajudá-la a se estabelecer na vida. Além de tudo isso ela é extremamente carente e ciumenta. Gostaria de uma orientação sobre como agir. Obrigada.
Oi Andreia, agradecemos seu elogio e sua visita! Esperamos que encontre aqui um espaço de apoio e acolhimento. Sua situação é realmente muito delicada, nem podemos imaginar como fica seu coração de mãe tendo essa suspeita mas não podendo fazer muito a respeito, já que ela não lida muito bem com o tema =/ Recomendamos que você procure psicoterapia com um psicólogo da abordagem comportamental para conseguir se aprofundar melhor nas possibilidades que você tem para enfrentar essa situação. Sabemos que é uma resposta um pouco vaga, mas trata-se de um questão muito complexa, e por isso realmente só um profissional poderia te apoiar entendendo profundamente a relação de vocês e assim partindo para intervenções a esse respeito.
Deixamos aqui um abraço cheio de coragem para iniciar essa caminhada!
Sou mãe de Arthur lutei tanto com ele desde que ele nasceu ,nasceu com 34 semanas ,desde do hospital achei algo de estranho ele chorava o tempo todo mesmo não estando com fome e nem com dor , engatinhou com 10 meses e com 1 ano e 4 meses deu seu primeiro passinho com 2 anos só apontava o quer queria ,hoje ele tem 3 anos ,toma remédio controlado o médico dele aprencipio falou que ele tinha tdha não desisti e insistir meu filho não como direito engasga por qualquer coisa não dorme direito a noite e nem de dia anda pra lá e pra cá o tempo todo os brinquedos ,brinca com carrinhos quebrado e só brinca com os carrinhos um atrás do outro deitado ,achei muito estranho e hoje ao 3 anos desculbri o autismo nele ainda não sei ser e leve só sei que ele tem tea e muito difícil pois não consigo lidar com gritos dele ,com chorro dele nem com o riso dele sem motivo as vezes estou com dor ele rim sem motivo não suporta abraço nem beijo da mão pra ir na rua nem pensar ,não anda na rua sim corre e corre pro meio da rua ,e assim que eu vivo lutando com ele ,meu Arthur meu anjo azul.
Oi Elizângela, como vai? Muito obrigada por dividir sua experiência com a gente. Parece uma situação muito delicada e dolorosa, sentimos muito que passe por tantos desafios. Mas também ficamos contentes que tenham descoberto o TEA agora, pois assim podem iniciar as terapias de apoio, que são muito importantes para que ele ganhe mais independência e qualidade de vida. Temos certeza que com seu cuidado, dedicação e as terapias adequadas o Arthur irá se desenvolver muito 🙂 Um abraço corajoso de toda equipe do Autismo em Dia 💙
Tenho um filho de 1 ano e 11 meses, ele é minha vida. Ele ainda não fala nada além de mamãe, nao dar tchau, não atende pelo nome e nem presta atenção quando falamos com ele, e quase nunca olha nos nossos olhos ( a não ser quando cantamos pra ele). Percebo tbm que parece que ele não sente dor facilmente e nem frio.( Dorme sempre descoberto e toma banho com água fria e não se esquenta, bate a cabeça e cai no chão e não chora). Tem pouquíssimo contato com crianças e só brinca se for de correr, nós tivemos um outro filho que está com 5 meses, ele não interage com o irmão, mas tem muito ciúmes dele. Irei levar ele no médico. Possivelmente pode ser que ele tenha TEA? E qual médico devemos levar ele?
Oi David, obrigada pela visita e por confiar na gente para dividir um pouco da sua história. De fato, os sinais que você descreveu coincidem com muitos dos critérios que o DSM-5 estabelece para o diagnóstico clinico de TEA. Por isso, é preciso investigar o quanto antes, e mesmo sem o laudo definitivo, já iniciar as terapias de apoio. Isso é fundamental para estimular o desenvolvimento do seu pequeno e melhorar a qualidade de vida dele e de toda família. Esperamos que você se sinta acolhido e fortalecido por aqui. Um abraço corajoso de toda equipe do Autismo em Dia.
Boa noite, estou com encaminhamento para levar meu filho ao neuropediatra, a pediatra dele me passou este encaminhamento porque eu pedi a ela, pois percebi alguns sinais que podem indicar o tea em meu filho, porém estou em dúvida, não sei se espero mais um tempo e observo mais ou se levo ele logo, penso que pode ser apenas impressão minha. Meu filho tem 1 ano e 2 meses, demorou um pouco para andar, com 1 ano deu os primeiros passos, ainda está “firmando” os passos até hj, pois ele cai com facilidade, não fala direito, só fala sílabas sem sentido, a médica dele falou que é normal, que só começa a falar palavras com 2 anos, mas o que me deixa mais preocupada é que ele não aponta para nada, ele também nunca me trouxe nenhum brinquedo, nunca me entregou nada, quando ofereço água e ele está com sede ao invés de apontar ou falar água ele fica nervoso até que eu dê a água ou qualquer outra coisa que eu esteja oferecendo, e ele queira, ele também fica olhando para as mãos e fazendo movimentos com elas próximas ao rosto, sempre gostou de olhar para o teto e para a luz, faz sinal de não com a cabeça de uma forma um pouco exagerada, quando fica nervoso se joga pra trás, adora as rodinhas dos carrinhos, ele só quer ficar comigo não aceita que mais ninguém de comida a ele, nem mesmo o pai, não quer ir no colo de ninguém, nem da avó, ou se vai fica alguns segundos e já quer vir comigo, é nervoso… Esses são algumas das observações que fiz, será que são motivos suficientes para levá-lo para uma avaliação? Pode ser que não seja nada? Tenho muito medo, não sei se conseguirei lidar se souber que ele tem algo. Se ele tiver algo ele pode mesmo assim ter uma vida “normal”? Sempre achei ele super risonho e esperto, por isso as vezes acho que não é nada.
Oi Gisele, obrigada por contar um pouquinho sua história. Sabemos que só a desconfiança já causa ansiedade e angústia, por isso, leve-o quanto antes, pois se for, o quanto antes for descoberto maiores as chances de ele ter uma vida próxima ao “normal”, já que essa é fase em que as crianças tem mais neuroplasticidade e maior capacidade de absorver os aprendizados. A estimulação contínua e precoce ajuda muito na qualidade de vida. Também pode não ser, e nesse caso, você também pode ficar mais tranquila, e sabendo que fez a sua parte o mais rápido que pode 🙏 Uma coisa importante, é que você continue observando os sinais, independente de qual seja a opinião médica nesse momento, pois como ele ainda é muito pequeno pode ser difícil identificar.
Um abraço cheio de forças e coragem para vc encarar esse momento delicado 💙
Olá!
meu filho tem 2 anos e ele é uma criança amorosa e saudável.
Percebo que ele não gosta de se aproximar de crianças que ele não conhece, e nem pessoas da família que ele tem proximidade, como os tios e avós.
Não sei se é comum nessa fase essa recusa, ou uma birra com a chegada do irmão a pouco tempo. Mas me preocupa essa falta de interação dele com pessoas da família e com outras crianças.
Só esse sintoma, pode caracterizar algum grau de autismo?! Pois não percebo nele nenhum outro sintoma além desse.
Um abraço e Obrigada!
Oi Luana, como vai? Olha, dificilmente o TEA será identificado se não houver outros sinais presentes. Mas é verdade que se for um grau leve, outros sinais podem aparecer um pouco mais tarde. Por isso, é muito importante continuar observando o comportamento dele! Se você perceber que a falta de interação é muito diferente do “comum”, ou que de alguma forma compromete a qualidade de vida de vocês, por exemplo, deixam de sair, deixam de receber pessoas só por causa disso (no meio da pandemia isso pode ser difícil de identificar né? Mas pense sobre como era antes e etc.), vale a pena procurar um psicólogo comportamental infantil, que poderá construir um plano de tratamento para que essa questão não se torne um problema mais sério no futuro, na escola e no trabalho, por exemplo.
Um abraço corajoso de toda equipe do Autismo em Dia 💙
Olá, tudo bem?
Primeiramente gostaria de parabenizar pelas informações e pela interação com as pessoas. Isso é muito importante.
Tenho uma filha que está com 2 anos e seis meses. Eu tive problemas na gestação, tive que tomar muito corticóide, pois ela não estava crescendo e consegui chegar a 38 semanas e ela nasceu com tamanho de 36 semanas. Nasceu sem respirar e passou uma noite na utin. Começou a andar depois de um ano e até hoje não conversa. Com um ano e seis meses levamos ela em dois neurologistas que falaram que ela não tinha nada, um deles inclusive receitou um remédio que causava vários efeitos colaterais e por isso eu não dei a ela. Com a pandemia eu acabei não levando ela em outros médicos. Só essa semana que voltei a levá-la em outro neurologista e esse informou que ela é autista. Ela repete palavras, mas não se comunica com elas, ri a toa e se irrita facilmente, ela se balança, além de não olhar nos olhos e arrumar os brinquedos em linha reta. Ela não se importa com barulho e não se importa em sair de casa. Gostaria de saber se ela pode apresentar mais sintomas e se o quadro dela pode se agravar mais, de forma que ela não consiga ser independente?
Aguardo e agradeço.
Oi Jennifer, como vai? Obrigada por compartilhar um pouquinho da sua história conosco. Nós entendemos a sua preocupação, é um tipo de dúvida realmente muito comum, como será o futuro? Qual o nível de dependência ou independência a criança autista terá? A verdade é que não existe uma resposta definitiva. Existem autistas que transitam entre os níveis, por exemplo, tem um grau severo de comprometimento, mas com os tratamentos, terapias e etc., acabam aprendendo e se tornando mais independentes. Ou seja, saem de um grau severo ou moderado para um grau mais leve. Outros, podem adquirir dificuldades com o tempo, especialmente quando não há o tratamento adequado ou se a criança sofre algum tipo de trauma, por exemplo.
Por isso, é muito importante fazer tudo aquilo que esteja a seu alcance para oferecer os tratamentos adequados e melhorar a qualidade de vida da sua filha. Já está comprovado cientificamente que com acompanhamento correto (ABA, fono, t.o e etc.) e estímulo constante, as chances de que o autista se desenvolva e se torne mais independente são absurdamente maiores!
Deixamos aqui nosso apoio e um abraço corajoso!
Volte mais vezes.
Desde que ele completou 1 ano eu era desconfiado que ele era ‘diferente’, no entanto a familia sempre dizia que ele nao tinha nada, dizendo que tinha q esperar.
Levei ele no médico contra tudo e contra todos aos 1 ano e 10 meses, e foi pré-diagnosticado com autismo
HOJE, Meu filho acabou de completar 2 anos e possui todos os sintomas clássicos:
– não fala (somente algumas palavras soltas)
– não olha nos olhos
– fala repetidamente a palavra ‘mamãe’, mas não usa como ‘mamãe’ usa para ‘chamar a atenção’
– anda na ponta dos pés
– fica desesperado ao som de campainha
– tem problemas em dormir
– não atende quando chama pelo nome
– brinca com brinquedos de maneira atípica
– se irrita quando contrariado e age com agressividade
– não tem noção do perigo
Com todos esses fatores, pelo que pesquisei ele tem o nível 3, mas estou desesperado com a hipótese do meu filho não falar! nao escrever! enfim…
QUERO COLOCAR ELE NA ESCOLA + A TERAPIA pra estimular ele ao máximo, mas morro de medo da assustadora REGRESSÃO!
Por favor gostaria de vossa análise, lhe imploro.
Oi Kleber, que bom que você foi buscar ajuda, realmente a lista que você colocou tem muitas das características do autismo e é bem provável que ele esteja sim no espectro. Em relação ao nível, ainda pode ser cedo para estabelecer o grau, pois isso tem muito a ver com a autonomia e independência. Como ele ainda é bem pequeno, é natural que dependa muito de vocês para realizar a maioria das atividades. Por isso, não se desespere, a regressão costuma acontecer quando a criança aparentemente tem todas as habilidades normais e depois interrompe o aprendizado “do nada”, mas não é algo comum em uma criança que se desenvolve no mesmo ritmo (mesmo que devagar). Além disso, há muitos e muitos casos também de evolução, de crianças que saem de um nível mais severo para outro mais leve. Mas isso só acontece com MUITA estimulação, fazendo as terapias precocemente e de forma consistente. Procure sim um fonoaudiólogo e também um psicólogo que trabalhe com o método ABA. Assim, as chances que ele vá se desenvolvendo e aprendendo dia após dia, são muito maiores do que as chances dele regredir.
Sobre a fala, indicamos muito que você baixe nosso e-book: A fala do Autista no link: https://materiais.autismoemdia.com.br/fala-autista
Esse material vai te ajudar a iniciar a estimulação o quanto antes 🙂
Esperamos ter ajudado. Um abraço corajoso de toda equipe do Autismo em Dia 💙
Olá, Boa noite, tenho um neto que aprendeu algumas palavras, dançava imitando coreografia, dava adeus, jogava beijo, antes por volta de 1ano e 4 meses, perdeu essas habilidades, ele tem agora 1 ano e 11 meses, está com acompanhamento fonoaudióloga, terapeuta ocupacional, psicóloga, é possível recuperar? Se for autismo regressivo, pode se agravar?
Desde já agradeço.
Oi Adriana, como você está? Ficamos felizes que tenha encontrado nosso blog e que já estejam fazendo o acompanhamento com todos os profissionais que tratam o TEA. Isso é maravilhoso! Algo bem importante para você saber é que na idade dele, fazendo as terapias certas de modo consistente é muito muito mais muito mais provável que ele evolua do que regrida! É o que nos diz todos os estudos a respeito. Tente viver um dia de cada vez, fazendo o seu melhor, pois é somente isso que está sob o seu controle. Um abraço de todos nós 💙
Oiii , tenho um filho de 2 anos e 1 mês
Desconfio que ele seja autista ,
Ele anda de ponta de pé
, Não é qualquer coisa q ele toca , tudo oq ele vai come , ele primeiro coloca a língua pra saber se ele quer , ele bate nele mesmo , balança bastante as mãos e a cabeça como se estivesse dançando , faz sons com com a boca como se fosse um bebê ,
Ele não fala , mas com um aninho ele falava , mamãe , papai , titia , tata hoje ele só fala mamãe .
Ele pega a gente pela mão e leva até oq ele quer .
Fui a pediatra encaminhou a fono e ao neuro pediatra , mas sem data para o atendimento , me sinto perdida sem saber oq fazer para ajuda meu filho
Oi Silvana, como vai? Realmente os sinais que você descreveu são características comuns do autismo. Que pena que o atendimento ainda não tem previsão, se você tiver condições, procure atendimento particular, pois o quanto antes houver uma resposta e a estimulação adequada, maiores são as chances dele se desenvolver e superar as dificuldades. Leia bastante sobre o tema, e procure também ongs ou entidades que acolhem os familiares que desconfiam do transtorno para te apoiar nessa caminhada.
Desejamos força e coragem. Um abraço carinhoso 💙