Autista na escola: 14 dicas para professores adaptarem suas aulas


Postado por Autismo em Dia em 12/mar/2021 - 85 Comentários

Eis que você é um professor ou professora e fica sabendo que há um novo aluno autista na escola. E mais: esse aluno está na sua turma. Esse momento pode te deixar preocupado, de fato. Mas como você pode, então, avaliar seu aluno para entender como ele pode aproveitar melhor as suas aulas?

Receber um aluno autista na sua turma vai exigir que você, como líder da sala de aula, saiba antecipadamente algumas coisas. Baseada nos estudos de Temple Grandin, que é uma das maiores autoridades científicas em autismo, nossa lista a seguir tem 14 dicas. Como o número de alunos diagnosticados com autismo nas escolas vem crescendo e você pode precisar de cada uma delas.

Fonte: Envato – Foto de Image Source

Índice

1 – Muitos autistas pensam visualmente

Quando há um autista na escola, é importante que quem ensina saiba que muitos não pensam com a mesma linguagem das crianças neurotípicas. Alguns autistas pensam, por exemplo, com fotos, desenhos e outros códigos visuais. Para crianças pequenas, por exemplo, algumas noções básicas como “para cima” ou “para baixo” ainda estão sendo ensinadas. Trabalhe bem os substantivos, afinal, eles criam imagens bem definidas. Mas também demonstre utilizando brinquedos.

Você pode utilizar cartões com os termos “para cima” e “para baixo” ao mesmo tempo em que mostra, por exemplo, um avião decolando (para cima) e pousando (para baixo).

Esse tipo de hábito pode funcionar muito bem se o autista mostrar mais interesse em coisas mostradas do que as faladas.

2 – Evite instruções verbais muito longas

Muitos autistas têm grande dificuldade em memorizar sequências. Por isso, estruture um modelo de respostas e tomadas de decisão que a criança consiga lembrar. Isso deve funcionar, principalmente, se a sequência tiver mais do que três etapas. Imagine como esse modelo pode funcionar, por exemplo, se você for ensinar à criança como pedir algo para alguém. Desde o momento em que ela aborda a outra pessoa até a hora de dizer “obrigado” e deixar o local.

3 – Trabalhe as habilidades da criança como uma forma de prepará-la para o futuro

Autistas podem apresentar algumas manias e alguns hiperfocos. Isso significa que eles vão colocar muito esforço e interesse em algumas áreas específicas. Como, afinal, usar isso para levá-lo numa direção que beneficie seus próximos anos? Talvez ele ame demais um certo tipo de desenho animado? Você pode incentivá-lo a aprender mais sobre aquele universo de maneira prática. É um autista que ama o som que algo faz quando toca o vidro? Talvez ele possa descobrir que aquilo vira música.

Algumas habilidades vão parecer mais “úteis” que outras, mas tudo pode se transformar num caminho de aprendizado. Lembre-se que um dia esse autista vai crescer e precisar disputar seu próprio espaço na sociedade e no mercado de trabalho.

Fonte: Envato – Foto de Seventy Four Images

4 – As mesmas habilidades podem servir para as outras disciplinas

Do mesmo modo que as áreas de interesse podem ajudar  a descobrir mais coisas que o autista gosta, elas podem auxiliar nas matérias não tão agradáveis. Por isso, é importante que você, como professor, traga exemplos daquele universo para explicar as teorias das demais matérias. O seu aluno ama trens, mas odeia matemática? Peça para ele calcular distâncias de trens entre uma cidade e outra.

5 – Escrever pode ser o terror do autista na escola

Infelizmente, muitos autistas têm dificuldades motoras. Por isso, a escrita pode ser assustadora. Afinal, todas as outras crianças vão começar a disputar quem tem a letra mais bonita. Nesse caso, pode ser que você precise permitir que esse aluno autista utilize um computador ou tablet para fazer as tarefas. É uma das formas em que você pode diminuir a frustração do autista. Além disso, lembra que falamos sobre os recursos visuais? Os dispositivos podem oferecer não só a escrita como vários outros recursos interessantes.

6 – Alguns autistas têm ecolalia

Algumas crianças aprendem a ler melhor com lições de fonética, enquanto outras memorizam as palavras inteiras. Porém, se a criança tem ecolalia, que é aquele hábito de repetir palavras ou sílabas, o método precisa ser adaptado. Elas provavelmente vão aprender melhor se você utilizar cartões visuais ilustrados sobre as palavras. É muito importante que tanto a palavra quanto a imagem estejam do mesmo lado do cartão. É bem parecido com o nosso exemplo do avião que vai para cima e para baixo.

Certifique-se de que a criança está vendo a palavra e ouvindo o som ao mesmo tempo.

7 – Preste atenção em como o aluno autista reage aos sons

Um autista na escola pode sofrer com a quantidade de sons que existe do início ao fim do período de aula. Tem as campainhas indicando início e fim, cadeiras que arranham no chão, gritos e vários outros. Se em algum momento você vir a criança colocando a mão sobre os ouvidos, é porque aquilo está incomodando. A criança pode criar resistências a horários e ambientes onde ela sabe que algum som está por ser ouvido.

Nesses casos,  a opção é combinar com a escola adaptações que minimizem o impacto. As cadeiras, por exemplo, podem ter as pernas completadas com materiais que não permitam o atrito com o chão. E se for possível, a escola precisa permitir que o aluno se isole durante o horário do intervalo num lugar de sua preferência.

8 – O mesmo vale para as luzes

Assim como a sensibilidade aos sons, alguns autistas também podem se sentir incomodados com a luz. Uma dica de adaptação é colocar o aluno próximo da janela, onde ele não dependa das luzes artificiais das lâmpadas, se esse for o motivo do incômodo.

9 – Como ajustar a hiperatividade

A hiperatividade é uma comorbidade bem comum em autistas. Isso pode, de fato, atrapalhar o andamento da aula. Mas você sabia que existe um tipo de colete acolchoado para acalmar o sistema nervoso? Converse com a família sobre para que eles solicitem ao médico orientação em relação a essa técnica. Mas atenção: o colete não deve ser usado por mais do que 20 minutos, pois do contrário o sistema nervoso pode ficar acostumado com isso e passar a não ter mais efeito.

Fonte: Envato – Foto de Valeriy Goncharuk Photo

10 – A recepção mono-canal

Alguns autistas não verbais simplesmente não conseguem absorver informações que sejam visuais e auditivas ao mesmo tempo. O que não tem nada a ver com ser surdo.

Para esses alunos, não peça que eles te ouçam e olhem para você ao mesmo tempo. Ou você entrega uma tarefa por som ou por visual. Porém, mantenha-se informado com a família da criança se algo está sendo feito para melhorar o processamento nervoso que leva à recepção mono-canal.

11 – Alguns autistas não são verbais

Ser um autista não verbal não significa que a criança não é capaz de falar. Apenas que ela não desenvolveu a fala como seu meio mais lógico e pronto de se comunicar. Enquanto educador, fique tranquilo que o processo de evolução não está nas suas mãos, pois existem outros profissionais focados nisso. Porém, você pode ajudar nesse processo.

A criança precisa entender que palavras tornam as coisas reais. Por isso, se ela pedir algo, dê exatamente o que ela pedir. Assim, se aquilo que você deu não corresponde ao que ela quer, isso pode facilitar que a criança aprenda  como se comunicar para conseguir o que ela quer.

Além disso, você pode se deparar com crianças que falem de maneira mais vogal, ou seja, não conseguem compreender nem falar as consoantes mais fortes como D ou L. Nesse caso, vai ser preciso aplicar alguma técnica fonográfica para trabalhar essa limitação.

12 – Quando o ensino envolver o computador, a tela pode fazer a diferença

Apesar de a tecnologia ter evoluído bastante, alguns monitores podem apresentar uma cintilação que os autistas mais visuais vão perceber e ficar incomodados. Em geral, telas de notebooks e tablets não fazem isso. Mas se a escola só tiver computadores mais antigos e algum for mais novo, reserve-o para o seu aluno autista.

Fonte: Envato – Foto de Choreo Graph

13 – Até o papel pode fazer diferença para o autista na escola

Alguns autistas podem ter dificuldade de ler em papel onde o contraste seja baixo. Por isso, se for possível, invista em papeis coloridos com a impressão em preto. Porém, não use cores muito luminosas, como alguns tons de amarelo.

14 – Cuidado com a generalização

Vários conceitos são ensinados às crianças de forma generalizada, por exemplo, que se deve dizer obrigado às pessoas. Mas nem todos os autistas vão entender a ideia da generalização. Se você for ensinar que não se deve atravessar a rua fora da faixa e com o sinal aberto, é importante ensinar várias vezes e em situações e lugares diferentes. Do contrário, o autista pode acabar entendendo que só se deve aplicar a regra ensinada numa determinada situação.

Autista na escola, um lugar a ser cada vez mais ocupado

Hoje as nossas dicas foram voltadas para professores, assim como outros profissionais que lidam diariamente com os autistas na escola. Mas o processo de tornar o hábito de estudar coletivamente cada vez mais confortável depende, também, de outras pessoas fora da escola. A família e os terapeutas também vão cumprir um papel essencial.

Além disso, nunca é demais lembrar que não existe padrão de comportamento autista. O espectro do autismo é bem amplo e para cada um deverá ser dada oportunidades e auxílios diferentes.

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Referência bibliográfica e a data de acesso:

Indiana University Bloomington – artigo escrito por Temple Grandin, PhD.

“O Autismo em Dia não se responsabiliza pelo conteúdo, opiniões e comentários dos frequentadores do portal. O Autismo em Dia repudia qualquer forma de manifestação com conteúdo discriminatório ou preconceituoso.”

85 respostas para “Autista na escola: 14 dicas para professores adaptarem suas aulas”

  1. Roseane Augusta Rodrigues Pinheiro disse:

    Adorei!

  2. Solange Pacheco de Araujo Di Santi disse:

    Texto claro e objetivo, perante um assunto tão complexo.

  3. Cida Morais! disse:

    Maravilhoso! Bem claras as explicações!

  4. Sergio Renato disse:

    Muito bom.

  5. Benedita Santos disse:

    Adorei,mais no caso é autista que não aceita dividir nada que é seu,quer dominar os outros. Reclama sobre repetição conteúdo da aula.interfere nos assuntos que não é da sua alçada..

    • Autismo em Dia disse:

      Olá Benedita, seria importante procurar uma capacitação que contemple os desafios e melhores abordagens para lidar com os conflitos.

  6. Eliana maria disse:

    Meu netinho ele bate nos amiguinhos da escola. Muito nervoso ele.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, as vezes o comportamento agressivo pode indicar algo a ser investigado, mas nem sempre é autismo. O importante é entender o que esse comportamento está querendo sinalizar, espero que a senhora encontre em nossos conteúdos algum norte para auxiliar seu netinho nesse aprendizado de controle das emoções.?

  7. Daise Raquel disse:

    Adorei!

  8. Rita de Cássia Pestana Pinheiro disse:

    Explicações claras e objetivas. Muito obrigada!

  9. Maria de Lourdes de Moraes Pezzuol disse:

    Olá ótima abordagem. Enquanto professora especialista para alunos com autismo estava difícil encontrar um texto com descritivos tão claros e importantes sobre essa temática. Gostaria de deixar uma sugestão, toda vez que falamos sobre “autismo”, seria necessário utilizarmos “pessoas com autismo”, “aluno com autismo” . Devemos evitar as conotações: “muitos autistas” ou “alguns autistas”. Devemos saber que antes do Transtorno do Espectro Autismo (TEA), existe uma pessoa com um perfil a ser indicado.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Maria de Lourdes, obrigada pelo feedback. Entendemos sua colocação. Essa questão de chamar de autista ou pessoa com autismo é bem polêmica! Por aqui, usamos ambas, pois partimos da filosofia que o termo “autista” não precisa ser evitado, não é uma ofensa. É uma forma de quebrar o estigma social atribuído ao termo. Entende?

  10. ANA CÉLIA BRANDÃO ARAÚJO disse:

    todas essas informação são muito importante para o professor entender como deve acontecer o ensino para o autista, também como acontece a aprendizagem do aluno autista.

  11. Maria Inês Evaristo disse:

    Todas as informações são muito válidas , mas estou precisando de informações sobre por exemplo, a rotina da criança com autismo que frequenta às aulas, ela não precisa existir? O horário, deve ser na hora que quiser entrar e a mãe desejar? O autista que sabe ler, escrever, que entende as situações, mas apenas na presença da mãe faz “birra” , que em alguns momentos tem um tipo de ausência, mas que interage bem com os colegas, inclusive já faz lanche com amigos ( no começo era mais reservado) e por conta disso, a mãe quer além de duas professoras, uma psicóloga… no que isso interfere aos outros alunos?

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Maria Inês, como vai?

      Veja, geralmente uma rotina bem estruturada e previsível é uma situação mais confortável para a maioria dos autistas. Mas não existe uma regra que sirva de forma genérica para todos, alguns autistas podem ser mais flexíveis e não enfrentarem grandes problemas relacionados a isso. E às vezes as famílias tem demandas que inviabilizam uma rotina rígida. Por isso, é preciso avaliar como ele responde aos estímulos, como se sente, como reage quando precisa enfrentar uma mudança de rotina, e a partir disso, tomar a decisão que mais beneficia o aluno e sua família como um todo, pois eles também enfrentam muitos desafios, não é fácil ser cuidador de uma pessoa com deficiência, emocionalmente e também financeiramente falando.

      O acompanhamento psicológico é SEMPRE muito bem-vindo, independentemente dos demais profissionais e rede de apoio disponíveis. Mas ele não precisa acontecer necessariamente no ambiente escolar, a menos que não haja outra maneira, ou que o médico ou psicólogo tenham recomendado.

      Em relação aos outros alunos neurotípicos, é importante que eles sejam orientados em relação às diferenças e necessidades especiais do colega de sala, para que desse modo, a inclusão seja feita de maneira satisfatória.

      Esperamos ter contribuído. Um abraço de toda nossa equipe.

    • Autismo em Dia disse:

      Maria Inês, outra coisa muito importante e que chama atenção é essa questão de “momentos de ausência”. Pode ser um tipo de epilepsia, comorbidade comum nos autistas, é muito importante que a família anote a frequência e duração desses momentos e relate isso ao neuropediatra que acompanha o caso, pois é necessário o uso de medicação para evitar a falta de oxigenação no cérebro que pode ter consequências gravíssimas.

  12. Fernanda zirbel dos Santos disse:

    Na sala de aula onde existe um aluno que tem autismo, a segunda professora é obrigatório por lei ter ou é opcional da escola colocar?

    • Autismo em Dia disse:

      Boa tarde Fernanda, como vai? Incluído nos direitos conquistados através da Lei nº 12.764/12 está o direito a um acompanhante especializado em sala, para o aluno autista que demonstre dificuldades acentuadas de convívio social e manejo comportamental. Veja:

      Art. 3o São direitos da pessoa com transtorno do espectro autista:

      Parágrafo único. Em casos de comprovada necessidade, a pessoa com transtorno do espectro autista incluída nas classes comuns de ensino regular, nos termos do inciso IV do art. 2º, terá direito a acompanhante especializado”. (LEI Nº 12.764/12, BRASIL).

      A questão é que nem sempre essa comprovação é um caminho fácil, e a assessoria jurídica pode ser fundamental. Indicamos a leitura desse artigo https://ondaautismo.com.br/blog/texto-atendente-terapeutico que explica em detalhes essa questão. Um abraço!

  13. Ubiraneide disse:

    Muito esclarecedor. Parabéns pela matéria. Vou começar a seguir nas redes sociais… Obrigada!

  14. Maria jose disse:

    Sou cuidadora de um menino com TEA na escola, mas ele não fala na sala mas em casa a mãe disse que ele fala ,elee não faz tratamento com nenhum especialista, ele é muito apegado a mim isso é normal?
    Ele não gosta de escrever fica a aula toda correndo na sala. Mas é muito inteligente.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Maria Jose! Sim, é normal que ele seja apegado à você. Ser afetivo, ainda que com poucas pessoas, é uma característica muito comum nas crianças com TEA.
      Quanto ao fato de ele não fazer nenhum tipo de tratamento, é importante frisar que as terapias e acompanhamento neurológico e/ou psiquiátrico são essenciais para as crianças e adolescente com TEA. Nós indicamos que você converse com os coordenadores da escola para que juntos vocês encontrem uma forma de conversar com a mãe dele e, se possível, ajudá-la a conseguir esses tratamentos, que nem sempre são acessíveis para todos.
      Obrigado por deixar seu comentário!

  15. Bete Aparecida disse:

    Um trabalho muito bom, atento ao que é realmente importante! Obrigada!

  16. Ana Luiza disse:

    Boa tarde!
    Gostaria de saber quem são os autores do texto, para que eu possa fazer a citação.

  17. Bárbara galvao disse:

    Existe a possibilidade de a sala de aula influenciar nas reações? Corre da parede, alguma textura.
    Sou estudante de designer e quero fazer meu TCC sobre o ambiente escolar para o autista. Cor, forma, textura.

  18. Samara disse:

    gostei muito, foi ótimo saber mais sobre o espectro autista, muito parSmara3abéns

  19. Kassia disse:

    Gostaria muito de saber, como devo lidar com uma criança de 9 anos, autista, possui linguagem, mas não o olhar,e que não para na sala de aula, anda a escola toda, bate nos colegas de sala, se joga no chão, em qualquer lugar. E quer comer o tempo todo, e em grande quantidade. Não obedece as regras da escola, e quando toma a medicação, dorme o restante da aula.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Kassia!
      É importante manter uma comunicação clara com os responsáveis, além de manter a administração da escola ciente. Em casos assim, geralmente é necessário ter um acompanhante especializado para prestar apoio ao aluno. Uma equipe terapêutica também é indicada para melhorar comportamentos, o que vai ser refletido na sala de aula. Caso a família não leve a criança nas terapias indicadas, peça para que avaliem essa possibilidade junto a um neurologista.
      Um abraço.

  20. Kassia disse:

    O que a escola deve fazer quando tem um aluno autista nível 3,diante de tantas dificuldades comportamentais, tantas necessidades de ajuda e suporte, e a mãe tbm é autista? A quem recorrer?

  21. Raimunda nobre Ramos disse:

    obrigada, vai me ajudar muito pois estou desposta a fazer o melhor com meu aluno na sala de aula.
    Deus te abençoe.

  22. Cleusa Helena Belo Alvarino disse:

    muito obrigada pelas informações e ensinamentos, me ajudou bastante e são muito importantes e úteis.

  23. Adalgisa Aparecida Martins de Moraes disse:

    Apesar de cada autista ser um Universo a ser explorado, essas dicas cabem para dar um norte para nós que convivemos com essas crianças autista nas instalações de ensino! Excelente! Obrigada!

  24. Rafaela Diogo Feliciano dos Santos disse:

    Ola! Sou coordenadora pedagógica de uma creche onde há um autista que é muito seletivo com a comida. Só come a carne, e todos os dias assim que termina de comer arremessa o prato de comida no chão ou na parede. Ele tem apenas três aninhos, e não se comunica, não interage de nenhuma forma com ninguém. Foi diagnosticado a poucos dias e esta começando o tratamento agora, essa semana ele começou o tratamento (psicologo, terapeuta) e estamos percebendo que desde que ele começou o tratamento , ficou mais agitado. Não sabemos se esse comportamento é devido a alguma resposta ao tratamento ou do próprio autismo, mas gostaríamos de alguma sugestão de como lidar. Desde ja agradeço, e ressalto que o artigo acima é muito bom.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Rafaela. Já pensou em pedir aos pais que coloquem você em contato com os terapeutas? Cada caso é único, e trabalhar em equipe com os profissionais que já o conhecem pode ser muito produtivo.
      Um abraço. 💙

  25. Fatima disse:

    Meu neto e Autista e está numa escola integral só que a escola qualquer coisa que meu neto faz por exemplo chorar não comer não dormir fica agitado eles liga pra busca ele e a escola não tem suporte pra ele mas a maioria das vezes eles liga só pq ele não quis dormir só que penso que se eles continuar fazendo isso ele não vai acostumar
    com a escola oq fazer

    • Autismo em Dia disse:

      Olá! Já conversaram com a escola sobre o acesso a um acompanhante terapeutico? É um direito para alunos do espectro que precisem de mais suporte.

  26. Fabiane disse:

    Olá eu tenho filho de 4 anos de idade que é autista e não fala e tem dificuldade de aprender o que eu faço?

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Fabiane! É importante que ele faça terapias de apoio como psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional etc. para desenvolver melhor suas habilidades. 💙

  27. Camila Fernanda disse:

    Olá.
    Tenho um filho de 7 anos com autismo.
    Faz fonoaudiólogo, terapia ocupacional e terapia com a psicopedagoga.
    Ele não dá trabalho de jeito nenhum, só
    é bem agitado e não presta atenção.Porém é muito apegado a um amigo da escola. Então quando o amigo falta ou chega atrasado ele chora e fala que quer faltar tbm. Não estou sabendo lidar com essa situação.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Camila! Pode ser desafiador lidar com mudanças de rotina, pode ser a razão da ausência do amigo causar tanto desconforto. Indicamos pedir orientação para a psicopedagoga, que vai saber te orientar melhor sobre como agir nessas ocasiões. Um abraço. 💙

  28. Jaqueline Gauto disse:

    Boa noite. Sou auxiliar de classe e fico com um autista de 4 anos. Ñ tem tratamento. Ele vive andando pela sala. Ñ consegue sentar nem pra se alimentar. Grita se for contrariado avança. Fica pulando nas cadeiras. Quer ficar em cima das mesas. Socorro Preciso de uma luz

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Jaqueline. É importante conversar com a direção da escola e os pais, pois crianças autistas podem precisar de acompanhamento especializado na escola.

  29. Daniela Rodrigues Alhadeff disse:

    Boa tarde, acompanho um adolescente de 15 anos, inserido no TEA, desde setembro de 2022. Até o bimestre anterior, as avaliações não eram adaptadas e quem as respondia era eu ou as mediadoras anteriores a mim. Ele está no 9° ano e vem sendo aprovado nesse esquema, as notas são fruto da avaliação das mediadoras. Nesse bimestre atual, eu propus à família e à escola, a adaptação plena de todas as avaliações disciplinares, a fim de mapear os saberes DELE, o que de fato foi apreendido durante esses anos na escola. Percebemos alguns saberes e muitas dificuldade no entendimento de conteúdos muito, muito simples. Meu objetivo e desejo é vê-lo autônomo nos aprendizados, contudo, estou agora me perguntando se aos 15 anos, estando já “condicionado” a não precisar pensar sozinho e a não precisar construír os próprios caminhos de acesso aos saberes, se ainda é viável esse processo ou estamos apenas causando estresse?? Ele fica feliz demais quando realiza qualquer exercício ou atividade, absolutamente sozinho!!! Agradeço muito!!!

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Daniela. Acreditamos que nunca é tarde para evoluir as habilidades. No entanto, se causa muito estresse ao aluno, é importante adaptar as abordagens para que seja mais leve e saudável. Caso ele faça acompanhamento terapêutico, é possível conversar com os terapeutas para alinhar as abordagens às usadas em consultório, portanto, pode ser uma boa ideia conversar sobre isso com os responsáveis. Um abraço. 💙

  30. Daniela Rodrigues Alhadeff disse:

    Desculpa pelo duplo sentido no primeiro parágrafo!! Eu estou com ele desde setembro de 2022!! O diagnóstico foi fechado há pouco mais de 10 anos.

  31. Fernanda Flor da Silva Oliveira disse:

    Gente… estou encantada com tanto aprendizado ao ler os relatos de vocês! Sou pedagoga, psicopedagoga. Já tive a oportunidade de trabalhar com criança autistas nas séries iniciais e hoje estou como psico no IFPB , um contexto diferente, mas com as mesmas demandas no caso do TEA e encontrar esse texto e comentários aqui, muito agrega no meu agir. Parabéns e obrigada pela contribuição.

  32. Sueli Jodas disse:

    Bom dia! Estou com uma criança com autismo severo, na sala de aula. Porém, é uma criança hiperativo. Não fica sentada, pega e mexe/remexe todo material que deixo sobre a mesa, mexe no armário, caso este fique sem cadeado, se esqueço o pincel ( canetão) do quadro branco, sobre a mesa, ela pega e risca toda a lousa, mesmo estando com minha escrita, apaga o que já escrevi no quadro. Tenho que ficar com pincéis e paninhos de apagar o quadro, no bolso do meu jaleco. Ela tem o hábito de dar tapas na cabeça dos coleguinhas e também na cabeça e no glúteo da professora, ( no caso, eu) é nas cuidadoras tbm. Essa criança não domina a fala. Não tem concentração. E agitada. O mais difícil é trabalhar com ela, em uma sala com 33 alunos do 4 ano. Se alguém puder sugerir alguma sugestão de, o que fazer? Eu agradeço!

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Sueli. Pelo seu relato, parece ser uma criança que necessita de um acompanhamento individualizado na sala de aula. Indicamos entrar em contato com os responsáveis e com a diretoria da escola para solicitarem esse suporte, que é um direito da criança ou adolescente autista.

  33. Maria Aparecida dos Santos Dias disse:

    Amei ler todo este artigo!
    Parabéns…

  34. Margarete Prior disse:

    Excelente o conteúdo!
    Meu maior desafio se encontra na leitura e escrita, pois o aluno se desregula com muita facilidade quando precisa executar essas tarefas, ainda que bem simples. Quais estratégias poderiam minimizar essa irredutibilidade? Levando em consideração que até adaptação para uma atividade mais visual foi feito para facilitar. Mas as únicas atividades que ele realiza com interesse são aquelas com pouco ou nenhum esforço mental.

  35. Marcia Monteiro disse:

    Muito elucidativo! Gostei!

  36. Rozileide disse:

    Gostaria muito, comecei agora a trabalhar como assistente pedagógico de aluno especial.

  37. Viviane disse:

    MT útil e esclarecedor todas essas participaçoes! Tenho acompanhado um aluno autista com muita agitação e sem verbalização, o aluno só quer correr e aprontar na sala. MT carinhoso e ao mesmo tempo agressivo. Não aceita dividir e quer sempre tomar do outro qualquer coisa que te interessa. O aluno tbm demonstra sensibilidade no órgão genital. Fica tentando enfiar coisas e manuseia seu órgão as vezes em sala. Me sinto MT perdida em como ajudar na realização de atividades, já que não se interessa por nada por muito tempo e não aceita registrar. O máximo é o nome e mesmo assim para e faz outras coisas e volta e não termina nada que começou. Se der uma distraída foge da sala e não aceita voltar. .. Passa a maior parte do tempo correndo pelo pátio. Como eu como mediadora posso ajudá lo.??

    • Autismo em dia disse:

      Olá, Viviane. Com muita paciência ir tentando interagir com ele, aplicar comunicação alternativa. Se possível, seria importante ele ter uma profissional dedicada a ele em sala de aula, pois demanda um cuidado bem direcionado. 💙

  38. Angélica Alves disse:

    Gente… estou encantada com tanto aprendizado ao ler a matéria e os relatos de vocês!
    Sou pedagoga, psicopedagoga e estou terminando uma pós em neuro e hoje estou atuando esse ano na sala de recursos.Estava navegando e encontrar esse texto e comentários aqui, vai me ajudar muito no meu agir aqui no meu trabalho. Parabéns e obrigada pela contribuição. Angélica Alves
    PS: Se vocês puderem estar me enviando artigos sobre o assunto para me ajudarem no desenvolvimento do meu trabalho, vou agradecer muito.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Angélica. Que bom que gostou! Temos vários textos e materiais para download(gratuitos). Um forte abraço!

  39. tania elize klabunde disse:

    boa tarde comecei a trabalhar com um menino autista este ano ele tem 14 anos está no nono ano porém não sabe ler e também não escreve comecei a fazer algumas atividades com as vogais para ele cobrir tracejados estou tendo algum sucesso mas minha dúvida é não tenho como adaptar o planejamento da turma dele pois além dele não conseguir acompanhar a turma ele é totalmente fora desta realidade posso continuar com as atividades onde estou tendo algum sucesso ou terei que adaptar as atividades da turma onde ele não vai entender nada me ajudem.

  40. Vaulene Francisco da Silva disse:

    Matéria muito esclarecedora, pois como profissionais da educação ainda temos muitas dúvidas, quanto ao atendimento das crianças autistas.
    Referindo-se ao PEI (plano educacional individualizado) como o professor que está em sala de aula, despreparado ,muitas vezes sem direcionamento pode planejar esse documento que serve como instrumento no processo de aprendizagem para a criança e suas demandas ou necessidades? Abraço.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Vaulene. Precisa ler a instrução normativa do seu município para elaboração do PEI. Um abraço 💙

  41. Autismo em Dia disse:

    Autistas que não consegue se organizar com as matérias do caderno na escola? Pode trabalhar todas as disciplinas no mesmo ?

    • Autismo em Dia disse:

      Oi, Fernanda. Pode ser uma boa saída sim, mas teria que conversar na escola pra sugerir essa mudança e ver o que acham. 💙

  42. Sandra Aparecida Magalhães disse:

    surpresa com tantas dicas.

  43. Fabíola Barbosa de Jesus Souza disse:

    Boa noite trabalho com crianças e a poucos dias chegou um novo aluno de 6 anos ele é autista muito amoroso gosta de abraçar gista de elogios em fim gosta do contato físico porém não consegue ficar parado ele é muito inquieto o que eu poderia fazer para ajuda-lo a se concentrar como chamar a atenção dele?

    • Autismo em Dia disse:

      Olá Fabíola, precisa ver como está a relação de vocês com a comunicação, de que forma ele consegue entender? Você falando de forma mais diretiva, utilizando algum recurso? Precisa estabelecer uma forma clara de comunicação e que funcione com ele. Pode ser um quadro onde você escreve (se ele já souber ler) ou pode ser o jeito de você falar, algo que ele compreenda. Também pode funcionar algum recurso de meditação para criança, fazer ele respirar fundo por alguns minutos e explicar que existe o momento de prestar mais atenção e o momento do brincar. Se conecte com ele e vai funcionar! Um abraço

  44. Ana Beatriz disse:

    Uma criança que tem TEA , pode ser obrigada na escola a se sentar ao lado de uma criança agressiva ? meu filho tem TEA e tem pavor de um colega de turma que bate e gosta de brincar de coisas como veneno, a escola diz que não posso solicitar que não fiquem juntos pois estaria excluindo a outra criança. Isso procede?
    A criança com TEA no caso tem dificuldade social e fica agressiva qd é obrigada a interagir com essa outra criança.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Ana, tudo bem? Acredito que nesse caso seu filho não deva ser obrigado a interagir, em casos assim a escola precisa sim intervir e manejar essa situação de agressividade da outra criança da melhor forma para todos. Espero ter ajudado, um abraço!

  45. MARIA SOUSA disse:

    Nesse ano estamos com uma criança autista, ela é bem difícil, chama palavrões, fantasia historias, fala que vai matar, só faz alguma coisa quando lhe é prometido alguma recompensa. Não aceita ser contrariada, chora, faz birra. Ela tem seus pais e varias tias. As tias são bem difíceis de lidar. Trata o sobrinho como coitadinho e faz todas as suas vontades. A situação é bem difícil. Percebo que gostaria que a professora e a mediadora fosse babás e o tratasse como coitadinho. É tanto que se dirigem ao sobrinho de “o bichinho , coitadinho”. Essa família chegou esse ano na escola, e já estressou bastante. Como resolver essa situação

    • Autismo em Dia disse:

      Oi, Maria. Parece ser uma situação bem delicada, pois envolve o contexto familiar. Pode ser que uma conversa de orientação para a família pode ajudar e ensinar maneiras de lidar melhor com ele. Precisa ir corrigindo os comportamentos inadequados dele em sala de aula. Espero que tenha ajudado, um abraço!

  46. Maya disse:

    Olá, na escola do meu filho, agora tem um aluno autista com acompanhamento de um tutor. Assim como para os professores, nos pais também precisamos de orientação de como incluir de forma correta. É uma situação muito nova pra todos. Gostaria de pedir uma ajuda de como orientar meu filho a lidar com o colega.Minha orientação por ora tem sido pra ele sempre falar com o tutor. Coisas que ele me reporta são: que o amigo fica assobiando na sala , que ele vai e pega as coisas do meu filho sem pedir, ou da vez que pediu um lápis cor marrom e meu filho não tinha xingou meu filho. Sempre pedi pro meu filho falar com o tutor mas não sei se é a melhor orientação. Meu filho relatou que o amigo gosta muito dos desenhos que ele faz, e fica pedindo pra ele desenhar, ou pega os desenhos que ele fez. Vejo algumas mães reclamando, mas lendo aqui , todos precisamos trabalhar juntos. Teria como nos orientar em como orientar nossos filhos nessas situações? Li aqui algumas coisas, acho que sim as professoras da escola do meu filho, talvez precisem se preparar melhor, e ao mesmo tempo nos país… pode me ajudar? Quero que meu filho ajude a incluir esse amigo, mas confesso que nem eu estou preparada pra falar algo

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Maya, acho que a ideia de seu filho falar com o tutor em casos mais difíceis de interação pode ser uma boa, mas ajudar seu filho entender melhor o espectro é uma forma também de contribuir com a inclusão das pessoas autistas. Quanto mais informação, melhor. Se em algum momento o seu filho sentir que consegue se conectar bem com o colega autistas, isso é positivo. Portanto, encoraje seu filho a buscar entendimento sobre o espectro. Forte abraço 💙

  47. Ana Cláudia de Oliveira Leal disse:

    Olá! tenho uma aluna com autismo que adora unhas postiças. O que devo fazer para utilizar isso e desenvolver seu aprendizado?

    • Juliana Canavese disse:

      Oi! Que ótimo que você quer usar o interesse dela para estimular o aprendizado! Você pode incorporar as unhas postiças em atividades de matemática, como contagem ou sequências, ou até em exercícios de coordenação motora, como colagem e pintura. Usar os interesses dela como ponto de partida é uma ótima maneira de manter o engajamento e tornar o aprendizado mais divertido e eficaz!

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