Inclusão escolar e autismo: essa mãe conta os desafios de educar uma filha de grau severo


Postado por Autismo em Dia em 11/ago/2020 - 34 Comentários

Inclusão escolar e autismo têm sido temas bastante debatidos por pais, professores e autoridades públicas. E um dos principais motivos disso é que ainda há muitas lacunas a serem preenchidas para que a situação dos autistas no país seja melhor. Será que o problema está na falta de profissionais capacitados? Será que é preciso ter mais escolas especializadas em autismo? Que postura os pais devem ter para que o ingresso numa escola regular seja confortável à criança?

Para responder essas perguntas nós precisaríamos de muito tempo e espaço. Mas como é válido começar de algum lugar, fomos conversar com a Cristiane Ávila, moradora de Cascavel, no Paraná. Cristiane é mãe da Isabella, uma autista de 5 anos com grau severo. Isabella já passou por duas escolas, tem várias dificuldades de socialização e comunicação e passou por momentos difíceis de falta de aceitação e compreensão.

Hoje, Cristiane e Isabella são as nossas ProTEAgonistas e a conversa com ela foi capaz de levantar diversas questões relevantes dos caminhos para melhorar estreitar os laços entre inclusão escolar e autismo. Acompanhe essa história.

Menina com autismo severo

Fonte: Arquivo pessoal cedido por Cristiane Ávila

Índice

Inclusão escolar baseada em mitos do autismo

O primeiro ponto que chama atenção na vida de Cristiane é que ela é professora da rede municipal em Cascavel. Logo, o assunto sobre inclusão escolar e autismo vem à tona. Cristiane, em toda sua carreira nunca tinha entendido o autismo até receber o diagnóstico de Isabella.

Eu não tinha a menor ideia do que era autismo, não tinha muita informação, acreditava nos mitos do autismo, conta ela. Essa declaração chama muito atenção. Quantos professores mais podem estar precisando de informação e capacitação para acolher e apoiar os autistas na sala de aula? Vale lembrar que há uma quantidade bem pequena de escolas especializadas no Brasil, o que automaticamente obriga os pais a optarem pelo ensino em escola regular.

No caso de Cristiane, a compreensão sobre o TEA chegou apenas após sua experiência individual com o autismo. E as coisas começaram a mudar quando ela engravidou de Isabella, sua segunda filha. Foi uma gravidez desejada e sem riscos. Isabella nasceu, começou a crescer e os pais nem chegaram associar alguns atrasos de desenvolvimento da menina com algum tipo de transtorno. Foi uma tia de Cristiane, que é psicóloga e já trabalhava com pessoas autistas, quem percebeu algo e decidiu comunicar à família.

Eu achava que era normal o fato de ela, até 1 ano e 4 meses, demorar para começar a andar, quase não falar, essas coisas. Principalmente porque nunca houve um caso assim na família. Nós levamos numa neurologista, que acabou confirmando o autismo na Isa e começamos a procurar os tratamentos”, conta.

A descoberta

“Quando descobrimos”, conta Cristiane, “para mim foi um choque, principalmente por eu não ter informações corretas. Fiquei muito assustada, chorei por dias seguidos. Eu não queria aceitar, esse foi, de fato, o pior momento. Porém hoje acho isso é mais tranquilo porque temos todo o auxílio dos profissionais envolvidos que nos ajudam em tudo. A gente está aprendendo sempre algo novo”.

Mãe em tempo integral

Com uma carreira sólida, a decisão que Cristiane viria a tomar não era fácil. Como muitas mulheres fazem após a maternidade, ela abriu mão de sua carreira para se dedicar aos cuidados e necessidades de Isabella.

“Cheguei num ponto que tive que fazer uma escolha, porque eu não estava conseguindo me dedicar totalmente à minha vida profissional como professora, assim como vinha ficando cada vez mais difícil entregar a atenção que a minha filha tanto precisava. Eu chegava cansada, não tinha forças pra estimular o desenvolvimento e dar atenção. Mas um dia eu e meu marido conversamos e achei melhor dar um tempo na minha profissão e me dedicar mais a ela. Queríamos saber se isso a ajudaria a se desenvolver melhor. Talvez, mais para frente, eu consiga voltar a me dedicar ao trabalho”, explica.

Cristiane também conta como foi o dia em que foi pedir a exoneração do cargo. “Saí de lá chorando porque eu não tinha certeza se ia me arrepender ou não. E é por isso que eu tento aproveitar ao máximo o tempo com ela, estimulando o tempo todo”.

integração escolar e autismo

Fonte: Arquivo pessoal cedido por Cristiane Ávila

Inclusão familiar antes da escolar: autismo dentro de casa

Quando Isabella nasceu, a família já estava formada. Eram Cristiane, o marido, e o filho, que atualmente tem 12 anos. Isso, de fato, era um desafio emocional e financeiro a ser vivido dentro de casa. Isabella é uma menina autista que tem uma dependência que excede o que uma criança neurotípica da mesma idade normalmente tem. Ela se comunica usando, principalmente, gestos e palavras, tem um problema com o sono e necessita de várias terapias – entre as que ela faz estão fonoaudiologia, terapia ocupacional, musicoterapia e reforço escolar. Além disso, só agora Isabella entrou na fase do desfralde. Os pais, muitas vezes precisam se revezar para acompanhá-la quando Isabella não consegue dormir.

A mãe conta que o irmão, que está entrando na adolescência, tem muito carinho por ela. Na relação entre os dois, há uma clara proteção de irmão mais velho. Estão sempre juntos, brincando, rindo, pulando. Mas Cristiane não esconde que isso, às vezes, abala o menino. “Às vezes a gente percebe um ciúme, porque a atenção maior é para ela”, explica.

Do ponto de vista financeiro, também foi desafiador. Por optar estar fora do mercado de trabalho, ao menos temporariamente, isso impactou nas contas da casa, justamente quando elas aumentaram consideravelmente.

“A gente tem um certo aperto porque a maioria das terapias são particulares, só uma delas é coberta pelo plano de saúde. Acaba ficando pesada a parte financeira, principalmente tendo dois filhos. Mas a nossa dedicação é máxima”, diz.

Autista severo: relacionamento de irmãos

Fonte: Arquivo pessoal cedido por Cristiane Ávila

Inclusão escolar e autismo: o desafio da adaptação

Quando Cristiane foi matricular Isabella na primeira escola, um colégio particular bem conhecido em Cascavel, ela conta que a diretora foi super amigável. Alegou que a escola estava preparada e que já tinha tido outros alunos autistas. Mas, na prática, o que a família viu foi decepcionante.

“Certa vez, a terapeuta dela foi na escola de surpresa e viu que ela estava sendo totalmente excluída na sala. Nem mesmo a professora chegava perto dela. Na hora do lanche, ela ficava numa mesa sozinha enquanto as outras crianças se reuniam numa mesa juntas. A terapeuta foi perguntar o que estava acontecendo e a professora comentou que ela não tinha muito conhecimento sobre autismo. Essa professora tinha medo de uma possível agressividade, tinha medo da minha filha. Então eu percebi que sempre que eu ia buscar, a Isa estava chorando. Eu via no olhar dos outros funcionários que eles não tinham o mesmo carinho com a Isabella que davam às outras crianças. Era diferenciado, não tinha afeto. Isso me deixou tão abalada que tiramos ela dessa escola.

Um caso de sucesso: autismo severo com inclusão escolar

Na nova escola, que é um local pequeno e com ensino regular, como conta a mãe, o cenário é outro.

“Ela ama a escola, chega sorrindo, está sempre feliz. Lá, ela tem uma professora ama ela de paixão e abraçou total a causa do autismo, trata ela como filha. Tanto que a gente contratou ela pra trabalhar também em casa, em sessões de 1 hora e meia por dia.

A escola se esforça bastante para incluir as crianças, pra explicar pros outros alunos sobre a Isa, porque às vezes ela tem a professora só pra ela, porque precisa filmar algumas atividades, já que é parte da terapia. As crianças já aceitam ela, gostam dela. Já vi várias vezes eles se abraçando com a Isa e chamando ela pra brincar.”

Cristiane acredita que o que faltou na outra escola é o que falta na maioria, seja privada ou pública: profissionais preparados. “Às vezes, como não tem um profissional formado, precisam colocar os estagiários. Acredito que eles também são capazes de dar atenção, mas falta a experiência e o conhecimento sobre o TEA. Um aluno autista pode perder muito se não tiver o que é mais adequado naquele momento.”

Fonte: Arquivo pessoal cedido por Cristiane Ávila

Casos de bullying

Enquanto conversávamos com Cristiane, era nítido o peso que algumas passagens de sua vida tinham sobre ela. Principalmente casos de agressividade verbal feitas por outras crianças.

“Moramos num condomínio fechado e lá tem um parquinho. Uma vez eu a levei e tinham várias crianças por lá. Naquele dia ela teve uma crise e se jogou no chão chorando, como acontece às vezes. As crianças começaram a dar risada dela, chamavam ela de louca. Nunca tinha visto ou ouvido alguém falar isso direto pra ela e aquilo pra mim foi horrível.

Eu ainda tive calma, pedi para as crianças pararem, contei que ela era não era louca. Mas continuaram chamando de louca. Até que eu consegui pegar ela no colo, o que é bem difícil quando ela está em crise porque fica muito pesada no chão. Consegui levar pra casa. Lá dentro me deu uma crise de choro. Foi muito pesado ouvir aquilo de crianças, pois se tiveram coragem de falar isso na minha frente é porque aquele era o pensamento delas.”

Depois disso, Cristiane expôs o caso num grupo de moradores do condomínio. Vários pais pediram desculpas e se comprometeram a explicar o caso de Isabella para os seus filhos. “Ficou uma situação muito chata”, admite.

A necessidade de trabalhar autismo e inclusão escolar

Os casos de agressividade foram ainda mais longe, o que deixa bem claro o quanto é necessário trabalhar a inclusão escolar e o autismo tanto do ponto de vista das técnicas de ensino quanto da educação dos outros alunos.

Dessa vez, a implicância chegou ao irmão de Isa, que começou a ser ofendido na escola e nas redes sociais pelo simples fato de ter uma irmã autista. O garoto manteve a história em silêncio por todo o ano letivo. Ele queria proteger a mãe de um novo estresse enquanto ela enfrentava uma depressão. Também tinha medo de que a mãe fosse até a escola tentar resolver e ele sofresse ainda mais retaliações.

“A criança autista não tem que ter privilégio, ela tem que ser respeitada. Falta falar disso dentro das escolas”, arremata Cristiane.

Esperança para um futuro incerto

Diante de tantos momentos intensos, perguntamos a Cristiane o que ela espera para os próximos anos de Isa:

“Sempre conversamos sobre isso e a gente quer o melhor. Queremos que ela seja o mais independente possível. A gente tá lutando pra que ela consiga se virar, ter uma profissão um dia. Sempre conversamos com nosso filho, ensinando-o a sempre protegê-la. Mas é difícil imaginar o que virá e por isso a gente passa o máximo de informação às pessoas, esperando que, num futuro próximo, o autismo e a inclusão escolar e social de fato aconteça. O medo e a incerteza me preocupam muito, pois não sabemos o quanto ela vai progredir, o quanto ela vai depender de ter outra pessoa por perto. Mas temos muito orgulho dela e somos gratos por tê-la em nossas vidas. Fazemos tudo pra que ela seja feliz”.

A história que a Cristiane nos contou pode estar sendo a realidade de muitas famílias, de muitos autistas em suas escolas e demais espaços de convívio social. Por isso é tão importante falar abertamente sobre os problemas que os autistas enfrentam. Então, mesmo que você não conviva com um autista, aborde o assunto nos seus grupos, busque informação e se posicione contra todo tipo de preconceito.

E, se possível, cobre das escolas uma abertura para a inclusão escolar do autismo de formas práticas.

Para ler outras histórias reais e incríveis sobre autistas e seus familiares, clique aqui para connhecer todos os nossos proTEAgonistas.

 

“O Autismo em Dia não se responsabiliza pelo conteúdo, opiniões e comentários dos frequentadores do portal. O Autismo em Dia repudia qualquer forma de manifestação com conteúdo discriminatório ou preconceituoso.”

34 respostas para “Inclusão escolar e autismo: essa mãe conta os desafios de educar uma filha de grau severo”

  1. Joselene lima disse:

    Boa tarde amei a História

  2. Maria alice sena de lima disse:

    Como gostaria que a história da minha filha fose assim está no terceiro ano do ensino fundamental não sabe ler e nem escrever escreve só o primeiro ano não tem apoio nenhum na escola e a escola não quer aceitar o diagnóstico nem sei mais o que fazer

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Maria Alice. Puxa vida, lamentamos muito que vocês passem por isso =( Infelizmente, muitas famílias tem experiências parecidas com a sua. Esperamos que volte outras vezes aqui, estamos preparando um conteúdo com dicas para as famílias que precisam de ajuda nessa área. Fique atenta. Um abraço cheio de força e empatia.

  3. Neusilene Antônia Silva disse:

    Eu tenho meu anjinho com 4 aninhos e parei minha vida profissional,mudei de cidade pra cuidar e acompanhar ele em tudo que precisar,achamos que eles são dependentes de nós mas nosso amor por eles é tão grande que nós é quem dependemos deles pra nós dar forças pra continuar,não imagino como seria minha vida sem meu filho!ele é a coisa mais perfeita que Deus me deu…

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Neusilene. Nossa que palavras mais doces de se ler. Dá pra sentir o amor em cada trecho! Desejamos que volte mais vezes para se fortalecer e fortalecer outras famílias que acompanham nosso blog. Um abraço apertado de toda equipe do Autismo em Dia.

  4. Silvana karpinski disse:

    Penso que muitos se identificam com este relato. Todos os anos em que meu filho esteve em sala de aula eu, na grande maioria assisti aula junto. Pelo fato de meu filho ser Asperger e deficiente visual ficava ainda pior, pois eu tinha que cobrar a professora de apoio perante núcleo de educação.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Silvana, puxa vida, deve ser uma situação muito frustrante. Infelizmente esse é um tipo d erelato muito comum por aqui :C Desejamos força, coragem e muita persistência. Apesar das dificuldades, temos certeza que seu filho sente todo esse amor e cuidado. Volte mais vezes para nos contar mais sobre vocês. Um abraço!

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Silvana, puxa vida, deve ser uma situação muito frustrante. Infelizmente esse é um tipo de relato muito comum por aqui :C Desejamos força, coragem e muita persistência. Apesar das dificuldades, temos certeza que seu filho sente todo esse amor e cuidado. Volte mais vezes para nos contar mais sobre vocês. Um abraço!

  5. Ernanes da Silva Ribeiro disse:

    Boa tarde a todos, meu no é, Ernanes ! Linda história de dedicação de um mãe. Mas, temos que , enfatizar esses assuntos com mais intensidade. Pois, estamos perdendo espaços em meio às condições que vivemos. Tenho um filho autista, de grau leve. Recentemente, eu passeibppr um divórcio, e as coisas ficaram mais difícil. Eu sempre fui muito presente na vida dos meus filhos. E quando veio acontecer esse fato, do divórcio! Eu tive que me dedicar mais para ver meu filho, o Calebe, a ter mais ,e mais interação com a dificuldade dele. Os meu filho ficam , 15 dias com migo e 15 com a mãe. Os 15 dias que fica com migo, eu me dedico o máximo que eu posso. Mas, tenho mais dois filhos! Ana Luiza, e Matheus. Tenho que fazer atenção a eles e sempre espricat para a Ana Luiza, que tem 5 anos, e o Matheus que tem 8 anos, não é fácil! Mas, na é impossível. A cada dia eu ti vencendo um desafio com o Calebe. Mas, eu me dedico o máximo. Eu queria que estivem mais profissional da área do TEA. Tem muito poucos profissionais dessa área. Vamos a luta, eles , nossos filhos merecem. Uma boa tarde a todos. Abraço.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Ernanes. Imaginamos o quanto é pesado para ti lidar com tudo isso ao mesmo tempo! Esperamos que se sinta acolhido e fortalecido com as histórias e informações que compartilhamos por aqui. Desejamos muita persistência. Não desanime, temos certeza que seu filho percebe todo seu esforço e carinho. Logo logo seus outros filhos também vão amadurecendo e entendendo melhor as necessidades do Calebe. Volte mais vezes, adoramos receber sua visita 🙂

  6. Creusa Osório disse:

    Tenho uma filha TEA de 34 anos, somos da época em que não existia diagnóstico
    Hoje ela é formada em letras, é pós graduada, e agora em seu terceiro emprego sua função é de agente educador, e ela pode infelizmente comprovar que não existe uma política educacional efetiva para os TEAs, acredito que tudo está em nossas mãos, os pais têm que se organizar formarem grupos para podermos reivindicar mais direitos, afinal nós pais e que temos que lutar por eles.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Creusa. Lindo conhecer a história de sua filha. Sentimos daqui o orgulho e admiração que tem por ela. Também é maravilhoso que ela possa apoiar a causa na sua atuação profissional. Você disse tudo: a união faz a força! A vida quase sempre não é nada fácil, por isso temos que nos fortalecer. Um abraço bem forte. Esperamos que volte aqui no blog muitas outras vezes 🙂

  7. Aparecida Constantino disse:

    Quem tem filho(a)com Autismo sofre muito,sofremos por eles e por nós,eu tbm já ouvi chamarem meu filho de louco,foi uma criança passando na rua,aquilo me doeu bem no fundo,ele era criança,agora é adulto,e sei que há pessoas que acham que ele é louco,mas hoje em dia consigo conviver melhor com a situação.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Aparecida, puxa vida, que dor ouvir uma coisa dessas! Loucos são àqueles que não toleram a diversidade e nem praticam o amor ao próximo. Nós desejamos muita força e leveza para você e seu filho. Sinta-se acolhida por aqui! Um abraço bem forte!

  8. Krishna Martins disse:

    Parabéns, Cristiane e família, pelo esforço de apoiar e amar esta menina linda. Creio que o amor que vocês têm entre si há de superar muitas dificuldades. A gentileza e o amor dedicado são as forças mais poderosas, e vocês têm isto de sobra!

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Krishna, que palavras doces! Obrigada por nos acompanhar e deixar um comentário tão bonito para nossos entrevistados. Volte mais vezes!

  9. Cristiane Ávila disse:

    Muito Obrigada pelo Carinho de vcs ??

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Cristiane, nós é que agradecemos por compartilhar um pouquinho da sua jornada conosco ? Com certeza vai inspirar muitas outras famílias. Um abraço de toda equipe do Autismo em Dia.

  10. Diego Nunes disse:

    Tenho uma “pequena” de 8 anos diagnosticada desde os 3 (pequena está entre aspas porque ela é enoorme para a idade, rs). Vendo as fotos da Isa, vi muita semelhança com minha Rebeca. Por mais que especialistas digam que não haja característica física no autismo, é notável nas fotos a semelhança no olhar, no sorriso…

    Parabéns a família pela dedicação e incentivo. Um em especial ao irmão que, mesmo sendo bem jovem, já cuida e protege a família. Você é um herói, garoto!

    Parabéns ao time Autismo em Dia pelo trabalho. 🙂

  11. ADRIANA SANTOS disse:

    BOA NOITE. SOU PROFESSORA DA EDUCAÇÃO INFANTIL, ESTOU PESQUISANDO, ESTUDANDO E FAZENDO CURSOS PARA TENTAR AUXILIAR MINHA ALUNA DURANTE A PANDEMIA E DAR SUPORTE PARA A FAMÍLIA. SE PUDER ME AJUDAR COM ATIVIDADES FICAREI IMENSAMENTE GRATA.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Adriana, ficamos contentes em ver sua dedicação para com sua aluninha ?

      Aqui no site, somos focados em trazer informação de qualidade sobre o tema, mas não somos especialistas em educação, por isso não conseguimos ajudar com atividades =/

      Obrigada pela visita!

  12. Mislene disse:

    Tenho uma sobrinha que é deficiente auditiva,e agora tem um filho de 2 anos que tem autismo moderado,pra ela esta sendo,mais difícil ainda lidar com essa criança,pelo fato de não entender as necessidades dele,mas estamos tentando ajudar,mas é difícil pq ela mora distante de nós.

  13. João Paulo disse:

    Estou aflito, apreensivo e preocupado pois minha filha tem 3 anos recém completos e próximo ano estamos planejando colocá-la em uma escola. Minha filha é tão inocente, não tem maldade, só de falar me dá vontade de chorar. É nossa única filha, meu amor de pai é imensurável, sei que é necessário a inclusão dela, mas nós a apoiaremos, e continuaremos na luta por Allana, esse texto me deu uma força pra seguir em frente e ajudar minha filha nessa caminhada segurando firme em suas mãos. Agradeço a Deus pela minha princesinha, e a vcs do autismo em dia pelo conteúdo tão importante e de fácil entendimento para nós pais de primeira viagem. Obrigado mesmo!!

  14. Lucimária Pereira de Araújo disse:

    Nossa fui as lágrimas.Eu tenho uma filha de 8 anos, diagnosticada com autismo leve,mas para mim é moderado porque ela não fala.Esse ano está muito difícil para ela retornar a escola, encontramos muitas barreiras.A escola alega que não tem auxiliar para ela,jogou a culpa na secretaria de educação,fomos na secretaria de educação e eles culparam a escola, falando que a escola não fez nenhum pedido de auxiliar e nessa brincadeira a minha princesa Giovana quem sai perdendo.Ela ama ir para a escola e esse direito querem tirar dela.Agora vamos ter que ir na delegacia de ensino e caso não se resolva,vamos na promotoria.Tenho um outro filho mais novo de cinco anos, também está com suspeita de autismo e eu sei q ele é,mas não foi fechado o diagnóstico ainda.Eu sei que encontrei muitas barreiras pela frente,mas eles me dão forças para nunca desistir de lutar e acreditar que um dia a voz deles será ouvida.Temos que acreditar que eles são capazes ainda que o mundo inteiro diga que não.Eles são bençãos de Deus na minha vida.Vivo uma verdadeira batalha,um dia é descoberta,outro volto a “estaca zero”,um dia avanço outro dia sem novidades,e assim , tentando não fazendo eles entenderem o nosso mundo,mas tentando entender o mundo deles,vamos crescendo juntos, aprendendo juntos e vencendo juntos.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Lucimária, obrigada por contribuir com seu depoimento, ficamos emocionados e estamos torcendo muito por vocês. Sinta-se acolhida aqui no blog!

  15. Vanessa Roberta de Andrade disse:

    Olá meu nome é Vanessa e sou professora da rede pública de ensino. Li a matéria e concordo em parte com os fatos. Fica como dica ouvir o outro lado, a escola. Tenho uma aluna com diagnóstico de espectro autismo em grau severo e estou em busca de informações para ajudar a evolução e seu desenvolvimento, porém junto dela tenho mais 28 crianças de 4 anos. Não tenho nenhum tipo de auxilio e minha aluna TEA tem apenas o atendimento da rede publica de saúde, com pouquíssimos atendimentos. Tenho pedido auxilio neste período aos pais, para permanecerem durante as aulas comigo, mas percebo também que estão exaustos e deprimidos. Escola e família tem que unir e não tentar uma crise buscando culpados entre si. Precisamos de uma política séria voltado para os autista que vá além de leis e além das escolas regulares, eles necessitam de uma equipe preparada para promover o seu pleno desenvolvimento. Hoje com esse modelo de inclusão, as famílias menos favorecidas não são contempladas e são excluidas da possibilidade de viver bem com seus filhos. Sigo nas redes sociais Marcos Mion e seu filho e sonho com o dia em que todos terão a oportunidades de ser incluido com qualidade.

  16. Lucimara disse:

    Me chamo Lucimara sou mãe de João Vitor Santos Martins de 6 anos tea leve , mas tem muita dificuldade na fala , faz terapias e está no 1 ano estou com problema na escola nova ele está agressivo e não sei o que fazer . Escola particular , no pré estava tranquilo. Sei que é ambiente novo, nas estou preocupado não sei oque acontece lá .

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Lucimara. É importante conversar com a equipe que faz o tratamento do seu filho sobre as mudanças recentes para vocês encontrarem juntos uma solução. Esperamos que de tudo certo. Um abraço. 💙

  17. Vânia da rosa pinheiro dos santos disse:

    bom dia, tenho uma filha de 5 anos autista severo e perda auditiva bilateral profunda, ano passado a escola dela fez reunião comigo para dizer que o melhor lugar da minha filha e na APAE e uma instituição de criança especial, mais não sei se seria o melhor mesmo 🙏 pois acho que ela deveria estar em uma escola normal

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Vânia! Pode ser uma boa ideia procurar atendimento com um(a) psicopedagogo(a), que pode avaliar melhor qual o tipo de instituição que pode ser mais efetivo no caso dela.
      Esperamos que encontre as respostas que procura. 💙

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