Autismo no mercado de trabalho: desafios e oportunidades


Postado por Autismo em Dia em 06/mar/2020 - 49 Comentários

Nunca se falou tanto sobre inclusão no ambiente corporativo, e naturalmente o assunto também se estende para a discussão sobre neurodiversidade. Há alguns anos, falar sobre autismo no mercado de trabalho ainda poderia ser encarado como um tabu. Já que a falta de informação e também o preconceito poderia levar os empregadores a acreditar que um autista não tem a mesma capacidade de realizar tarefas sob pressão. Ou então, que seria impossível para eles criar relacionamentos favoráveis às atividades das empresas.

Mas, assim como a tecnologia evoluiu, as formas de organização dentro das corporações fez surgir novas possibilidades. Hoje, um autista ter uma carreira já é uma realidade e muitas empresas vem se conscientizando, para então incentivar e absorver o melhor que esses profissionais podem oferecer.

A inclusão de um autista no mercado de trabalho é garantida pela mesma lei que determina a participação mínima para portadores de qualquer deficiência. Foi a Lei 12.764, de 2012 – também conhecida como Lei Berenice Piana – que abriu as portas para o reconhecimento do Autismo dentro do rol das demais deficiências. Desde então, o autismo tem sido muito mais discutido e diagnosticado no país.

A seguir, você vai conhecer como as coisas funcionam no Brasil.

Fonte: Envato – Foto de Fxquadro

Índice

Autismo no mercado de trabalho: uma barreira a ser vencida

Apesar de uma previsão otimista para os próximos anos, dados do IBGE dão conta de que 85% dos autistas brasileiros estão fora do mercado de trabalho. É possível que a principal motivação para um número tão baixo aconteça por causa da ideia de imprevisibilidade dessas pessoas. O empregador, muitas vezes, não sabe o que esperar em termos de resultados e comportamentos.¹

Entretanto, se faltam oportunidades, certamente sobra potencial. Para Liliane Rocha, autora do livro Como ser um líder inclusivo, o que explica a lacuna da participação dos autistas nas empresas é a visão de um ser “exótico”, que não se encaixa em padrões vigentes. Segundo ela, que também é consultora de sustentabilidade e diversidade, a inclusão de profissionais com autismo no mercado de trabalho é capaz de gerar tanto resultado quanto o que se espera dos demais colaboradores. ¹

Como deve ser o espaço de trabalho

Mas é importante entender que empregar um autista, apesar de ser viável em muitos aspectos, o local e o modo de trabalho precisam de adaptações que minimizem as dificuldades naturais da condição.

Uma das primeiras coisas a que o líder deve se atentar é sobre preparar a equipe para receber o novo profissional. É preciso disseminar informações úteis sobre a condição de alguém com Transtorno do Espectro Autista, e incentivar o respeito às possíveis situações de isolamento e dificuldade de expressão.

Outra ideia que pode ser muito eficaz é atribuir ao autista apenas tarefas que demandem alta concentração, baseadas nas melhores habilidades dessa pessoa.

Abaixo, alguns exemplos de aptidões bastante comuns entre pessoas com TEA.2

  • Habilidades de lidar com questões lógicas e matemáticas
  • Inclinações para serviços visuais
  • Maior disposição às atividades repetitivas e metódicas, que possam manter uma rotina diária
  • Trabalhos que envolvam regras, padrões e conceitos muito bem definidos
  • Habilidade de lembrar fatos a longo prazo

Fonte: Envato – Foto de Seventy Four Images

Uma iniciativa que vem fazendo a diferença

À frente desse contexto de inovação, está a ONG Specialisterne, de origem dinamarquesa e há 3 anos com uma filial no Brasil. A ONG prepara jovens autistas de grau leve, ou seja, aqueles de alta funcionalidade, para atuar no mercado de trabalho. O autista passa por um período de preparação, onde suas melhores habilidades são identificadas e preparadas para preencherem uma possível vaga.

Assim que surge uma oportunidade em uma das várias empresas parceiras do projeto, a Specialisterne indica o profissional autista. A empresa passa a olhar não para os problemas relacionados à condição do candidato, mas para as habilidades reais que vão agregar ao trabalho. ³

Apesar de a ONG não garantir, necessariamente, uma vaga de emprego, a iniciativa se mostra muito importante para desmistificar o autismo no mercado de trabalho, pois já conseguiu empregar, aproximadamente, 93% dos seus alunos. 4

Ruth Rodrigues, uma das tutoras de formação da Specialisterne, explica que o trabalho não termina quando a empresa decide contratar um autista. Ela explica que a ONG faz um trabalho contínuo dentro das empresas para que, a partir do momento em que o profissional começa a exercer o trabalho designado, as expectativas sociais em volta sejam melhoradas. 5

Ruth comentou, em uma entrevista ao canal Futura, que a ONG vai à empresa semanalmente tirar as dúvidas dos demais funcionários sobre a convivência e adaptação da pessoa autista. A tutora comenta, ainda, que o perfil das empresas que contratam através da ONG é de marcas muito mais ligadas à tecnologia da informação.

Fonte: Envato – Foto de Blue Jean Images

Porque o setor de tecnologia contrata mais?

Quando se trata de empresas no ramo da tecnologia, a quantidade de contratação tem ido muito além das cotas. Isso se deve, em grande parte, às características mais comuns quando se trata da formação profissional de um autista. Ou seja, como citado anteriormente, os autistas possuem características lógicas, matemáticas e artísticas com grande desenvoltura, e é justamente de pessoas assim que esse mercado necessita.

Uma dessas empresas, a SAP, multinacional que desenvolve softwares, possui um programa de contratação chamado de Autism at Work (autistas no trabalho). Nesse programa, além de contratação de autistas para áreas específicas, também são feitos eventos educativos para orientar os demais funcionários.

Essa iniciativa, que propõe que o quadro da empresa com autistas seja de 1% (de um total de mais de 77 mil funcionários no mundo todo), tem feito a diferença. Para Márcia Machado, a primeira contratada pelo programa da SAP no Brasil, foi uma experiência agregadora começar a trabalhar num local onde as pessoas já sabiam sobre o autismo. Ela contou ao portal Canal Tech que uma de suas dificuldades eram as luzes dos escritórios. Mas Márcia passou a trabalhar de óculos escuros e a atitude foi aceita com naturalidade pela equipe.6

Benefícios da contratação de um autista

Além da desenvoltura de trabalhos metódicos, ficou claro para essas empresas que, por não seguir padrões comportamentais, os profissionais autistas podem acabar pensando “fora da caixa”, para diversas situações. Ou seja, contratar um autista pode se transformar numa ferramenta de inovação. 7

Através da parceria com a Specialisterne, o banco Itaú, uma das empresas que vem aderindo à contratação de autistas, já tem grandes conquistas associadas a essa atitude. Em 2018, numa reportagem do jornal Estadão, a empresa contou como o jovem Eryk Nakamura, a partir da alteração de um tipo de código, fez um procedimento diminuir o tempo de processamento de 48 horas para apenas 7 horas. Essa conquista gerou resultados reais e mais agilidade para as operações do Itaú. 8

Fonte: Envato – Foto de Press Master

Autistas nas universidades

Não há como falar de mercado de trabalho sem falar de educação. Afinal, para entrar num mercado extremamente competitivo, ainda é preciso que a pessoa autista tenha oportunidade nas universidades, cursos técnicos e outros modos de aperfeiçoamento profissional.

No Brasil, não há lei que garanta cotas para pessoas com deficiência para ingresso nas universidades, apenas para concursos públicos. Para uma pessoa autista conseguir uma vaga, ela deverá passar pelo mesmo processo de ampla concorrência.

O Censo da Educação Superior de 2019 contabilizou pouco mais de 1.500 autistas matriculados nas universidades, número que talvez seja ainda maior na prática, se considerarmos que muitas pessoas não declaram o transtorno perante a faculdade. O que, aliás, é uma das grandes dificuldades enfrentadas para criar estatísticas que ajudem a melhorar o trabalho das instituições nesse sentido 9

Entretanto, algumas universidades também vem se adaptando a essa realidade. É o caso da Universidade Federal de Santa Catarina, que instituiu, em 2013, o Núcleo de Acessibilidade Educacional. O núcleo é focado em 3 pilares: formação de professores para se adaptar às diferenças de cada aluno; formação de um currículo flexível, com adaptações e criação de novas metodologias de ensino; e estímulo ao convívio social e à integração.10

No Rio Grande do Sul, a UFRGS acompanha os alunos com deficiência pelo programa INCLUIR, o Núcleo de Inclusão e Acessibilidade. Nele, a universidade promove rodas de debate, eventos de capacitação e assistência estudantil. A psicóloga Camila Menezes Ferreira Guerreiro, uma das responsáveis pelo núcleo, contou à Revista Autismo que a faculdade entende que é o ambiente que deve se adaptar a essas pessoas, e não ao contrário. 9

Autismo no mercado de trabalho: as dificuldades sociais

A fórmula parece certeira: grandes empresas tomam consciência social, preparam o espaço e contratam cada vez mais pessoas com TEA. Mas a realidade pode ser muito  mais difícil para autistas que vivem fora dos grandes centros – onde, geralmente, estão as maiores corporações – ou que vivem em situação de baixa renda.

Nesse último caso, há ainda mais precariedade em relação ao diagnóstico. Para contratação de autistas, as empresas geralmente exigem um diagnóstico formal. Mas para chegar ao enquadramento clínico, são necessárias diversas análises que vão desde avaliações de psicólogos, neurologistas, fonoaudiólogos, entre outros.

Uma família pobre, que depende apenas do SUS, pode acabar desestimulada a continuar tratamentos essenciais, devido, principalmente, à demora de liberação de vagas no sistema público.

Quando o tratamento começa e é continuado desde cedo, a criança tem mais chances de que seu desenvolvimento permita, mais tarde, uma melhor adaptação em escolas, universidades e, consequentemente, a entrada no mercado de trabalho.

Infelizmente, no Brasil os problemas de educação são estruturais e estão longe da perfeição mesmo no ensino regular. Quanto mais no que diz respeito ao ensino de crianças e jovens no transtorno do espectro autista. É muito provável que um autista de uma região pobre, fora dos grandes centros, não tenha as mesmas oportunidades que um de família com boas condições que viva em cidades onde há muito mais fatores de favorecimento.

Fonte: Envato – Foto de Peus80

Autismo no mercado de trabalho: um desafio para os próximos anos

Empresas de pequeno porte podem até desejar, mas dificilmente terão vagas e oportunidade de adaptações e períodos de testes para os autistas. E o problema fica ainda mais complicado quando mais de 90% dos estabelecimentos no Brasil são empresas de pequeno porte.11

O desafio para os próximos anos é a construção de uma sociedade que saiba equilibrar o suporte social às pessoas com autismo com oportunidades que melhorem a expectativa de vida dessas pessoas. A longo prazo, é preciso que a estrutura seja plenamente estabelecida desde o ensino básico, até chegar, de fato, ao mercado de trabalho e, após isso, em sistemas que permitam uma aposentadoria com qualidade.

Referências bibliográficas e a data de acesso:

1. Época Negócios – 25/02/2020

2. RH pra Você – 25/02/2020

3. Specialisterne – 25/02/2020

4. Autismo e Realidade – 25/02/2020

5. Canal Futura – 25/02/2020

6. Canal Tech – 25/02/2020

7. SAP: Autism at Work – 25/02/2020

8. Estadão – 26/02/2020

9. Revista Autismo – 26/02/2019

10. Universidade Federal de Santa Catarina – 26/02/2020

11. SEBRAE – 26/02/2020

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49 respostas para “Autismo no mercado de trabalho: desafios e oportunidades”

  1. ANDREIA PEREIRA DA SILVA BATISTA disse:

    Será que haverá oportunidades também para autistas moderados e severos?
    Será que a humanidade não poderia também acolher os casos mais graves com DI?
    Autistas severos não deveriam ser descartados. Esse mundo é muito cruel com as pessoas que possuem deficiência intelectual e mental!

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Andreia, concordamos 100% contigo! Se a inclusão de TEAs leves já é uma questão complexa, quando se fala em Autismo severo e/ou associado a deficiência intelectual o cenário fica ainda mais complexo e assustador 🙁
      Nós comentamos sobre isso num texto cuja entrevistada (sua xará) divide um pouco das suas angústias. Dá uma olhadinha: https://www.autismoemdia.com.br/blog/autismo-no-brasil-5-medidas-para-fazer-a-lei-funcionar/

      Obrigada por sua contribuição, essa é uma bandeira que precisa de cada vez mais visibilidade, diálogo e ações que sejam efetivamente inclusivas.

      Um abraço de toda equipe do Autismo em Dia.

  2. Marcia Pedralino disse:

    Muito bom artigo. Bem completo. Obrigada!

  3. Luzia Fátima Aguieiras Jesus disse:

    Meu filho é autista leve, e formado em jornalismo,por favor ele precisa trabalhar . por Deus ele adora a sua provisão.

  4. Nilton disse:

    Educação inclusiva básica de excelência + a progressiva ampliação de vagas de emprego em empresas que se adaptem a receber autistas e alocà-los em funções que estes se encaixem bem e que se sintam-se confortáveis é o caminho. Para isso políticas públicas macros nestes sentidos devem ser criadas, ampliando estes acessos.

  5. Silara SOARES disse:

    Que as empresas sejam obrigadas a ter um mediador aos autistas adultos, para que de verdade acontecesse a inclusão de forma humanizada.

  6. Washington Tadeu Angelis disse:

    Boa tarde
    Meu nome é Washington Tadeu Angelis e sou professor de ensino básico no Instituto Federal de Tecnologia, Campus Suzano e faço parte da Comissão de Formação Continuada. O motivo do contato é que estamos desenvolvendo um encontro referente a inclusão de alunos com espectro autista e sua dificuldade em inserção no mercado de trabalho. Gostaríamos de conhecer esse trabalho que é realizado por vocês se possível através de uma palestra via digital no evento que estamos organizando.
    Agradeço a atenção.
    Washington

  7. LUIS ANTONIO PEREIRA DE CASTRO disse:

    Boa tarde!
    Meu nome é Luis Antonio Pereira de Castro e sou estudante do curso de pós-graduação em GESTÃO DE PESSOAS da Universidade Eniac, Guarulhos/SP, e para conseguir o título de especialista preciso fazer um trabalho acadêmico, cujo recorte é: Contratação de Pessoas no Espectro Autista como vantagem competitiva, não como objetivo social. Eu gostaria que pudessem colaborar com meu trabalho respondendo às perguntas abaixo:
    Quais as vantagens competitivas uma organização poderia agregar contratando pessoas portadoras do TEA?
    Quais as habilidades inerentes à condição dos portadores do transtorno contribuem para essa vantagem?
    Existe algum exemplo de organização que contrata pessoas que estão dentro do espectro autista?

  8. Marcelo Ferrari de Carvalho disse:

    Me chamo Marcelo sou autista e na minha
    opiniao as empresas têm a obrigação tem que acaba com essa porcaria de preconceito que não leva a nada porque nos podemos produzir no mercado de trabalho muito bem porque Jesus Cristo criou o ser humano para produzir e ter vida abundante com os demais.

  9. Marise disse:

    As pessoas deveriam ser mais humanas e passar a compreender as diferenças do outros.

  10. Maria dos milagres disse:

    Um país soberano é a quele que da acolhida -ficar bem claro que a pessoa com TEA desenvolver habilidades importante no campo do conhecimento em áreas diversas tecnologias e científicas

  11. Amélia disse:

    Já nas escolas deveria ser trabalhado sobre o autismo,um conhecimento básico sobre o assunto,para uma convivência e compreensão dos colegas de uma criança com autismo ou outras deficiências.

  12. JAYRO LIMA disse:

    Quais as grandes empresas que contratam E MANTÉM autistas empregados? Alguém sabe?
    Pergunto isso, porque minha filha é autista, tem 26 anos de idade, é muito inteligente, tem um ótimo currículo e mesmo assim, aqui na capital do país ainda não tomei conhecimento de algum órgão ou empresa que tenha estrutura adequada e vontade de realmente aproveitar o potencial dessa galera.

  13. Sicleide Moraes de Carvalho Cardoso disse:

    Esse projeto sem dúvida alguma é um marco na história, onde abrirá as portas do mercado de trabalho para a pessoa com TEA.

  14. Luciane disse:

    Ainda sinto uma certa dificuldade em ser aceita por algumas lideranças no ambiente de trabalho, que tentam me consertar e esperam que eu possa desenvolver habilidades interpessoais mais parecidas com as de neurotípicos.

  15. ROBERTO NAVARRO disse:

    Olá, boa tarde

    Tem alguma plataforma especifica para as pessoas com algum tipo de síndrome se candidatarem à vagas de emprego direcionadas à elas?
    Tipo síndrome de asperger.

    Muito dificil encontrar em plataformas comuns de emprego.

    Obrigado

  16. Maria joseane dos Santos Silva disse:

    Muito interessante que as universidades estão cada vez mais se adaptando a realidade, pois com isso todos vão ganhar a respeito da inclusão das pessoas autistas.
    As empresas deveriam repensar mais a respeito da questão da inclusão na contratação das pessoas autistas.

  17. Rosemary Fátima da Silva disse:

    A sociedade contemporânea precisa estar mais preparada para incluir os TEA no mercado de trabalho. Há algumas iniciativas nesse sentido e creio que o estado deve criar políticas públicas mais eficazes para facilitar o acesso dos indivíduos com TEA em todos os seguimentos da sociedade.

  18. márcia disse:

    Óla , os autistas saõ capazes acredito que é necessário um campo mais amplo para eles,pois possuem tamanha inteligência e capacidade.

  19. Robinson Melo disse:

    Fui diagnosticado com autismo de grau leve (asperger) e tive uma carreira bem sucedida, porém sempre sofri para me manter nos empregos, pois o ambiente de trabalho nos causam um stress enorme. Sou formado e pós graduado, porém tenho dificuldade em entrar em empresas, pois os atuais processos de seleção não favorecem os portadores de TEA, desde as testes pode.personalidade, os sites automatizados e principalmente as entrevistas, onde nossos comportamentos levam os entrevistadores a terem preconceitos pela forma de falar sem contato visual, e ansiedade na hora de falar. hoje apesar de diagnóstico pelo meu psiquiatra não tenho laudo técnico.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Robison. Sentimos muito que esteja sendo difícil. Uma ideia é pesquisar se existem empresas procurando funcionários com autismo na sua região.
      Esperamos que de tudo certo. Um abraço.

  20. Irene Xavier da Silva Ázara disse:

    Realmente é muito difícil para a pessoa com autismo, encontrar trabalho, aínda tem muita discriminação.

  21. Margarete disse:

    me corta o coração ver meu filho químico com.mestrado em química sem oportunidades de crescer e trabalhar. moramos numa cidade pequena e sair do.mundinho dele é complicado. tanta capacidade escondida no medo.social.
    se alguém tiver uma possibilidade remota …

  22. Graziano dos Santos disse:

    os maiores desafios de nós autistas no mercado de trabalho é a discriminação e a socialização.

  23. Margareth selner disse:

    sou diretora de um centro educacional infantil, ainda vejo o autismo como uma grande dificuldade para os pais aceitarem. como se fosse uma doença contagiosa. A dificuldade para os mesmos procurarem ajuda ainda é um tabu. Quando falamos sobre a nova proposta, o interesse é mínimo, e muitas vezes perdemos a criança para outro CEI onde o mesmo não toca no assunto. Falta conscientização e interesse.

  24. Sérgio Conrado Barboza disse:

    Boa tarde!
    Meu nome, Sérgio Conrado Barboza, Trabalho de professor efetivo de educação básica estado de SP.
    Acúmulo como comerciário. Sou estudante de pós graduação em Transtorno do Espectro Autista.
    ITEQ, Itaquera.
    Minha contribuição sobre o tema é que Os meios produtivos como as empresas privadas, tem como objetivos o lucro e por motivo de preguiça (ignorância). Desconhecem que os homem mais inteligentes do planeta eram Em sua grande maioria autistas. Pois bem, a meu ver não há outra justificativa. Qual a empresa séria que não precisa de pessoas com raciocínio lógico, matemático e artístico. só se for de outra galáxia.

  25. Patricia Teixeira disse:

    Olá,
    Meu nome é Patricia Teixeira e sou autista de suporte nível 1 com Altas Habilidades e Superdotação. Infelizmente, ainda vejo em muitos posts sobre TEA e trabalho que a maioria dos contratados são na área de TI. Devemos ter em mente, que há outros tipos de talentos e não somente voltados a essas áreas e que infelizmente não são considerados. Há muita falta de inclusão mesmo em empresas que se dizer ser inclusivas. Todos nós somos diferentes como pessoas e temos inúmeros talentos.

  26. Conceição Maria do Nascimento disse:

    Eu sou professora de sala de Aee e vejo como certo profissionais age qdo tem um aluno autista ,falta de entendimento e sentimentos

  27. Josivania Barbosa disse:

    eu sou Josivania Barbosa professora de educação infantil 34 anos fico muito triste pois tem muito preconceito dentro da nossa área com nossas crianças autista.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Josivania, infelizmente tem preconceito, mas com informação acreditamos que podemos ir diminuindo essa realidade. Força no seu atuar. Um abraço!

  28. ARLETE DE GASPARI FISCHER disse:

    EMPREGAR UM AUTISTA ,APESAR DE SER VIÁVEL EM MUITOS ASPECTOS O LOCAL E O MODO DE TRABALHO PRECISAM SER ADAPTADOS QUE MINIMIZEM AS DIFICULDADES NATURAIS DA CONIDÇÃO.UMA DAS PRIMEIRAS COISAS QUE O LÍDER DEVE SE ATENTAR É SOBRE PREPARARAR A EQUIPE PARA RECEBER O NOVO PROFISSIONAL.É PRECISO DISSEMINAR INFORMAÇÕES ÚTEIS A CONDIÇÃO DE ALGUÉM COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA, E INCENTIVAR O RESPEITO ÀS POSSÍVEIS SITUAÇÕES DE ISOLAMENTO E DIFICULDADE DE EXPRESSÃO.PODE SER MUITO EFICAZ É ATRIBUIR AO AUTISTA APENAS TAREFAS QUE DEMANDAM ALTACONCENTRAÇÃO,BASEADAS NAS MELHORES HABILIDADES DESSA PESSOA.

  29. Renata Rocha disse:

    infelizmente tanto nas escolas, como no mercado de trabalho encontramos.proficionais totalmente.desqualificados,para atuarem.

  30. Maria Aurenir Ferreira de Sousa disse:

    Olá,
    pelas experiências vistas e relatadas, podemos perceber que infelizmente a nossa sociedade ainda não está preparada por completo para absorver e lidar com as pessoas com TEA. Precisamos de mais conhecimento e estrutura para respeitar todas as pessoas.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Maria Aurenir. A caminhada ainda é longa, mas felizmente já temos empresas olhando para a inclusão da forma correta e necessári. Um abraço,💙

  31. Allinne Cardoso Dos S Ferreira disse:

    As crianças com autismo se sentem mais seguras quando têm uma rotina previsível. Além disso, podem reagir mal a mudanças e adaptações no ambiente. A repetição de processos e atividades em sala de aula é muito benéfica para elas.

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