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Autismo e amizade: superando os obstáculos


amizade e autismo

Postado por Autismo em Dia em 28/jun/2021 - 2 Comentários

O tema autismo e amizade é complexo. Todo mundo conhece o estereótipo do autista solitário e caladoFmet. Entretanto, é preciso ter em mente que nenhum autista é igual a outro, e que, boa parte deles consegue sim ter uma vida social saudável e com boas e fortes relações. Mas, muito embora isso possa acontecer com mais frequência do que as pessoas imaginam, também é verdade (e natural) que muitos autistas enfrentem mais dificuldade de estabelecer e nutrir relações de afeto, intimidade e amizade.

Ver que o autista não faz amizades na escola e em outros ambientes é preocupante não só para os educadores, pais e responsáveis, mas também para o próprio autista, muitas vezes. Ninguém gosta de se sentir excluído ou deixado de lado, e muitas vezes as pessoas que passam por isso simplesmente não sabem como mudar a situação, apesar de existir o desejo de se relacionar com os outros.

É claro, existem casos em que a pessoa com TEA simplesmente não tem interesse em se relacionar com o próximo, mas será que isso é saudável? Vamos discutir esse e outros aspectos relacionados ao tema durante o artigo. Continue a leitura e confira!

Índice

  • 1 Autismo e amizade: uma realidade solitária?
  • 2 Autismo e amizade: é saudável não ter amigos?
  • 3 Autismo e amizade: por onde começar
  • 4 Autismo e amizade: o que você que não é autista precisa saber
    • 4.1 Eles podem não saber o que dizer ou como dizer
    • 4.2 Eles podem ter dificuldade para entender a linguagem corporal, expressões faciais e gestos
    • 4.3 Situações sociais podem ser particularmente difíceis
    • 4.4 As necessidades de manutenção das amizades podem ser diferentes
  • 5 Autismo e amizade: dicas para as pessoas com TEA
    • 5.1 Encontre a sua tribo
    • 5.2 Conecte-se a outras pessoas do espectro
    • 5.3 Não se coloque em situações desconfortáveis
      • 5.3.1 **

Autismo e amizade: uma realidade solitária?

homens autistas amizade

Fonte: Envato – seventyfourimages

Mais uma vez, queremos deixar claro que não existe uma única explicação sobre o tema. Sendo o espectro amplo como é, não podemos generalizar. Ao mesmo tempo que existem autistas que nunca tiveram problemas para fazer amizades e gostam de interagir, existem aqueles que não tem um amigo sequer. Para esse segundo grupo, interagir com outras pessoas pode ser um desafio inimaginável para as pessoas que não têm o mesmo problema.

Mas não é porque uma pessoa está sempre sozinha, que ela não gostaria de ter amigos. É claro, tem quem não se importe com isso, mas certamente, essa é a minoria dos casos.

Autismo e amizade: é saudável não ter amigos?

Se você é autista e não sente a necessidade de fazer amigos, ou se esse é o caso de algum autista que você conheça, é sempre bom analisar: será que está tudo bem não ter esse tipo de relação?

Vamos começar essa análise levando em consideração alguns pontos sobre o que se sabe a respeito da importância das amizades sob o ponto de vista da literatura científica:

  • As amizades são, de fato, importantes para qualquer ser humano. Elas são fontes de felicidade e bem estar, graças ao suporte social e ao compartilhamento de experiências, interesses,  sentimentos e emoções que esses relacionamentos proporcionam.
  • Essas relações desempenham um papel importante, pois auxiliam no aprendizado das habilidades sociais, importantes para o estabelecimento de relações satisfatórias e harmoniosas ao longo da vida.
  • A ausência de laços de amizade pode, ainda, ser um fator de risco para problemas emocionais como depressão e ansiedade, e também problemas comportamentais.1
  • A longo prazo, ter amizades significativas, ou seja, não ter amizades tem impacto sobre nosso sistema cardiovascular e imunológico, assim como sobre as respostas ao estresse, sono e a nossa saúde cognitiva.
  • Pessoas com fortes conexões sociais vivem por mais tempo, em média, do que aqueles com conexões superficiais, de acordo com uma meta-análise de mais de 300.000 pessoas.2

Ok! Ficou mais claro que ter amigos é importante tanto para nossa saúde mental, quanto física. Agora, o que fazer quando não existe interesse por parte do autista em criar esses laços? Ou ainda, o que fazer quando há interesse, mas o autista tem muita dificuldade de interação e não consegue iniciar ou manter esses vínculos? Vamos falar um pouco sobre isso no tópico a seguir.

Autismo e amizade: por onde começar

Como dissemos anteriormente, quando o autista não tem amigos, existem geralmente dois cenários: ou ele não tem interesse nas interações sociais, ou ele tem o interesse, mas sente dificuldade para fazer isso. Na verdade, muitas vezes, a própria dificuldade em se relacionar pode levar ao desinteresse. É um ciclo que se retroalimenta.

Independente de qual seja o caso, é muito importante buscar por uma solução. Existem diversas terapias que têm o potencial de ajudar o autista a melhorar os aspectos de interação social. A psicologia é certamente a principal delas. Recomenda-se procurar ajuda com um psicólogo especializado nesse tipo de tratamento, como aqueles que aplicam o método ABA, por exemplo, que é um tipo de tratamento especialmente interessante para crianças, adolescentes, jovens e adultos autistas. O método ABA tem como principal objetivo:

  • Criar ou melhorar as habilidades do autista na linguagem e na comunicação, inclusive a não verbal.
  • Aperfeiçoar a atenção, o foco, a interação social e os estudos.
  • Reduzir os comportamentos problemáticos, como crises de desregulação, meltdown, (momento em que o autista perde totalmente o controle de suas emoções e tem reações incomuns), agressividade e comportamentos autolesivos. 3

Além da terapia ABA, existe também a terapia cognitivo-comportamental, que pode ser de grande ajuda para desenvolver e/ou melhorar esses mesmos aspectos.

Autismo e amizade: o que você que não é autista precisa saber

amigos TEA

Fonte: Envato – pondsaksit

Você é amigo de um autista e está tentando entender melhor como eles funcionam dentro dessas relações? Ou é um pai, mãe, cuidador ou educador interessado em ajudar a pessoa com TEA a desenvolver esses laços? Independente de qual seja a sua relação com autismo e amizade, é importante, antes de mais nada, entender as razões pelas quais ele enfrenta dificuldades para fazer e manter amizades.

Nós já falamos de algumas delas no decorrer do texto, no entanto, é preciso entender essas razões mais a fundo, para só então pensar em estratégias para ajudar, ou simplesmente para compreender, aceitar e se tornar um amigo melhor para o autista. Então, vamos lá?

Eles podem não saber o que dizer ou como dizer

Muitas vezes o autista está interessado em iniciar um diálogo, mas não sabe exatamente por onde começar. Além das dificuldades de comunicação e interação, outros fatores podem interferir na hora de iniciar uma conversa. Então, talvez ele fique nervoso só de pensar em fazer algo que foge de sua rotina. Além disso, quando as pessoas se sentem ansiosas, pode ser mais difícil verbalizar o que vem à mente, e também é comum que a pessoa nervosa esqueça completamente o que queria dizer. Isso certamente pode acontecer com algumas pessoas do espectro.

Eles podem ter dificuldade para entender a linguagem corporal, expressões faciais e gestos

Alguns sinais sociais envolvidos no ato de iniciar interações que podem evoluir para uma amizade podem ser sutis. Pessoas neurotípicas estão habituadas a demonstrar interesse através da aproximação corporal, sorrisos, olhares, toques… Essas pessoas podem achar que o autista está desinteressado em desenvolver uma relação de amizade. mas, na verdade, ele não corresponde a esses sinais porque ele não os interpreta com tanta facilidade do que uma pessoa neurotípica interpretaria.

Além disso, naturalmente, alguns autistas não têm as mesmas habilidades de usar a linguagem corporal e outros sinais subjetivos da mesma forma que as pessoas neurotípicas. É sempre bom ter isso em mente ao fazer amizade com um autista: não espere que ele aja como você agiria, afinal, vocês são pessoas diferentes e que pensam e funcionam de maneiras diferentes.

Situações sociais podem ser particularmente difíceis

Participar de atividades interessantes junto com os amigos é um dos pilares da amizade. Apesar disso, alguns tipos de atividades podem ser desagradáveis para os autistas, como estar em locais com aglomerações e muitos estímulos sensoriais, por exemplo.

Não é justo que o autista tenha que se colocar em situações desconfortáveis só para fazer a manutenção de uma amizade, então, não force a barra quando a pessoa demonstrar que não deseja participar de determinado encontro. Mas, você sempre pode convidar, afinal, essa é a única forma de saber se a pessoa gosta ou não de determinados locais e situações. No entanto, sempre respeite e acolha seu amigo quando ele disser que algo o deixa desconfortável, e é claro, preocupe-se em promover encontros divertidos e adequados às necessidades dele.

As necessidades de manutenção das amizades podem ser diferentes

Não manter contato constante com os amigos pode ser um comportamento comum para os autistas. Talvez ele não responda a uma mensagem se o que você comunicou não requer necessariamente uma resposta. Ao pé da letra, o autista pode “ignorar” investidas de puxadas de assunto ou dar respostas objetivas demais, que não permitem uma continuidade da conversa.

É claro que esse tipo de comportamento pode ser frustrante para algumas pessoas, mas novamente, lembre-se que o autista interpreta as coisas de uma forma diferente. Talvez ele simplesmente não compreenda o que a maioria das pessoas pretende com esses diálogos.

Também é possível que a pessoa que faz parte do espectro não queira participar de encontros sociais com a mesma frequência do que você gostaria. É importante ter cuidado para não confundir esse tipo de comportamento mais reservado com uma falta de interesse na amizade, pois esse é um tipo de situação comum dentro do espectro.

Autismo e amizade: dicas para as pessoas com TEA

relações pessoais TEA

Fonte: Envato – stokkete

Não poderíamos acabar o texto sem dar dicas para os autistas que querem começar a desenvolver laços de amizade. É claro, a dica mais importante de todas, nós já demos anteriormente: faça acompanhamento com um psicólogo qualificado para ajudar no desenvolvimento das habilidades sociais.

Mas para além da terapia, vamos deixar algumas dicas interessantes que podem ajudar nesse processo:

Encontre a sua tribo

É muito mais fácil se relacionar com pessoas que tenham interesses parecidos com os seus. Essas pessoas podem estar em cursos que você frequenta, em salas de bate papo de jogos online, no trabalho, na escola… Pode não ser tão simples identificar quem tem os mesmos gostos que você, mas uma vez que você identificar isso, use como ponto de partida para iniciar um diálogo.

Conecte-se a outras pessoas do espectro

Dá pra evitar muitos obstáculos quando você não precisa explicar sobre o autismo para a pessoa. É claro que educar pessoas neurotípicas sobre o autismo tem um papel importante na conscientização do TEA, e certamente não faz sentido limitar o seu ciclo de amizades só para pessoas autistas. No entanto, muitas vezes assumir esse papel de educar as pessoas neurotípicas para entenderem sobre o autismo pode ser cansativo.

Além disso, pode ser mais fácil se conectar profundamente com pessoas que realmente entendem as suas características, necessidades e como você se sente em determinadas situações. Também pode ser mais confortável expressar seus sentimentos para pessoas que compartilham de características parecidas com as suas.

Não se coloque em situações desconfortáveis

Muitas pessoas acham que precisam se colocar em situações que não são confortáveis para conseguir fazer amigos, mas isso não é verdade. Amizades saudáveis e verdadeiras são aquelas onde há respeito mútuo às necessidades das duas partes. É claro, em todo relacionamento, precisa haver alguma flexibilidade, então, nem sempre tudo vai ser exatamente do jeito que você quer, e nem deve, pois você também precisa ceder para equilibrar a amizade.

Mas ceder não significa se colocar em situações que te fazem mal. Você não precisa ir a uma festa movimentada só porque seu amigo quer que você vá com ele. Se esse tipo de confraternização for prejudicial para você em algum nível, explique a ele como se sente. Se a pessoa que não for compreensiva quanto a como você se sente e te pressionar a fazer algo que você não quer, ela provavelmente não merece a sua amizade.

**

Esse foi o nosso texto sobre autismo e amizade! ?  Se você achou esse conteúdo útil, compartilhe nas redes sociais para que mais pessoas tenham acesso a ele. E por falar em redes sociais, você já acompanha o Autismo em Dia no Instagram e Facebook? Se não, não perca mais tempo e nos siga agora mesmo. Lá você encontra muitos outros conteúdos relevantes sobre o TEA.

Obrigado pela leitura! Até logo. ?


Referências e datas de acesso:

1- Scielo – Acesso em 19/06/2021.

2- Spectrum – Acesso em 19/06/2021.

3- Autismo em Dia – Acesso em 19/06/2021.

“O Autismo em Dia não se responsabiliza pelo conteúdo, opiniões e comentários dos frequentadores do portal. O Autismo em Dia repudia qualquer forma de manifestação com conteúdo discriminatório ou preconceituoso.”

2 respostas para “Autismo e amizade: superando os obstáculos”

  1. Raquel Rodrigues Martins disse:
    18/09/2021 às 09:15

    Oi meu filho tem8 anos tem autismo leve começou se interessar por ter amigos com 6 anos faço de tudo para ele ter amigos ele vai na apae duas vezes por semana estuda escola regular turno integral levo ele todos os dias praça para ele ter mais contato com os colegas escola isso tem ajudado muito

    Responder
  2. Elizabete Rodrigues disse:
    12/05/2022 às 23:22

    Preciso de um amigo ou amiga para meu filho Vitor Mateus ele se sente sozinho não aguenta mais

    Responder

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