Ser mãe de autista: A doce e divertida família Galhardo


Relato: Ser mãe de autista

Postado por Autismo em Dia em 26/mar/2020 - 23 Comentários

“Ser mãe do Tiago me emociona, mexe com minhas certezas e com meu coração de um jeito que eu jamais conseguiria demonstrar em palavras. Ser mãe de autista é superação e alegria, é descobrir o valor das coisas pequenas”

A frase que abre nosso texto de hoje é da Lidiane Galhardo, que nós conhecemos como Lidi 🙂 Ela é mãe do Tiago, autista de 4 anos. Nossos proTEAgonistas são da cidade de Pinhais, região metropolitana de Curitiba, no Paraná. A história dessa família, emocionou toda a equipe do Autismo em Dia, e hoje queremos compartilhar tudo isso com você também!

Índice

Ser mãe de autista: A história da família Galhardo

Lidi é empreendedora, educadora e mãe de 2 meninos, o Tiago, (que já apresentamos) e o Henrique, de 2 anos, que   a princípio não está no espectro. Os dois se dão super bem, apesar de serem bastante diferentes, não só por conta da condição do autismo, mas – como toda dupla de irmãos -cada um tem a sua personalidade.

Por exemplo, “Henrique é simpático, gosta de estar rodeado de gente, é mais corajoso, mais extrovertido e fala com todo mundo. Tiago é mais tímido, mais carinhoso e mais medroso também”.

Segundo ela, mesmo com essas diferenças bem definidas, o Henrique imita bastante o comportamento do irmão mais velho, “nós iniciamos a investigação nele também, pois sabemos da questão da incidência e também porque não sabíamos até que ponto ele estava usando o comportamento do irmão como modelo, ou se poderia de fato, também estar no espectro.” Por enquanto, nada indica que ele esteja. Então, a família Galhardo tem dois meninos, um deles  neurotípico e outro autista.

Ainda sobre as diferenças entre eles, a educadora conta com ar divertido: “Meu filho Tiago é orgulhoso, se chamamos a atenção dele, podemos oferecer o mundo que ele não ‘faz as pazes’ tão cedo, só depois de um tempo que ele volta a ficar de bem. Já o Henrique fica bravo conosco de um jeito bem diferente, assim que o repreendemos, ele começa a chorar. Todo sentimental meu caçulinha. Nossos filhos são a razão das nossas vidas, ambos são apaixonantes.”

ser mãe de autista, a história da família galhardo

Fonte: Arquivo pessoal cedido por Lidiane Galhardo

Ser mãe de autista, um olhar sobre o diagnóstico

O diagnóstico do transtorno do espectro autista é sempre um momento delicado, sabemos que esse costuma ser também um período muito difícil do ponto de vista emocional. É por isso que em todas as histórias que compartilhamos aqui no Autismo em Dia, passamos por esse tópico. Perguntamos pra Lidi como foi esse momento para ela, quais foram os primeiros sinais e como ela lidou com a descoberta.

Ela nos contou que Tiago nasceu de uma gravidez não planejada, mas muito desejada, e que também foi super tranquila. Ele nasceu no tempo dele, com 40 semanas e 1 dia. Segundo a mãe, ele sempre foi um bebê calmo e com desenvolvimento dentro do esperado.

Para ficar mais perto do seu primeiro filho, nesse momento pós-parto, e sem sequer desconfiar que ele mais tarde viria a ter o diagnóstico de TEA, Lidi pediu ao município licença sem vencimento. Esse é um benefício previsto por lei, em que o trabalhador pode pedir afastamento temporário de seu cargo para cuidar da sua qualificação profissional, ou mesmo de assuntos pessoais. Nesse período, ele não recebe salário, mas continua com o emprego garantido. No caso dos servidores públicos do Paraná, a licença pode durar até 2 anos. 

“Como não ia mais receber meu salário como educadora, decidi que ia empreender, assim, eu podia colaborar no orçamento da casa, fazer algo que eu gostava e ainda assim ficar pertinho dele.” conta.

Descoberta

Lidi voltou para sua atuação como professora depois de 1 ano e meio. Logo depois disso, descobriu sua segunda gestação. Enquanto isso, Tiago sempre esteve saudável, feliz e em pleno desenvolvimento. As coisas começaram a mudar quando Henrique nasceu:

“Com a chegada do irmão notei uma certa regressão do Tiago, mas até então todos me faziam acreditar que era normal, por causa do nascimento do caçula. Perto de completar 3 anos, Tiago iniciou no CMEI e lá que me chamaram atenção para algumas características dele, como por exemplo a seletividade alimentar, o atraso na fala e o fato de socializar pouco.”

Nesse momento eles começaram a investigar a possibilidade de ele estar no espectro do autismo. Nessa época Henrique era bebê, ainda ia fazer 1 ano, foi quando o diagnóstico chegou. “Me senti um pouco culpada, por não ter investigado antes, mas  logo esse sentimento passou. É incrível como ele me faz uma pessoa mais compreensiva e consciente a cada dia. Então, logo em seguida veio uma força enorme pra me dedicar a ele e ao seu desenvolvimento.”

Lidi e Tiago

Fonte: Arquivo pessoal cedido por Lidiane Galhardo

Autismo verbal e autismo não verbal

Tiago por enquanto é um autista não verbal, mas ele fala o tempo todo! Acontece que sua fala ainda não é completamente funcional. Lidi também compartilhou com a gente como é a comunicação dele no dia a dia:

“O Tiago fala o tempo todo, nos conta tudo que acontece, é difícil entender o que ele fala pois balbucia muito, mas em meio a sons e balbucios sai algumas palavras que nos fazem entender o que ele quer dizer. Canta músicas no ritmo é um verdadeiro artista”. 

Sobre a função da fala, ela esclarece:

“Ele só será um autista verbal quando sua fala for totalmente funcional, ou seja, quando ele conseguir manter uma conversa, fazendo-se entender. Muitos autistas falam, mas apenas repetem frases de filmes ou repetem o que outros falam, a chamada ecolalia, que também é uma característica comum dentro do espectro do autismo”.

Tratamentos para autismo

Desde início da investigação para o TEA, a neurologista cogitava grau leve do transtorno, pois Tiago é bastante funcional, tanto em casa como na escola. Com o auxílio das terapias recomendadas para o TEA, ele está progredindo  mais a cada dia.

A mãe nos contou que o pequeno frequenta a fonoaudióloga, onde estimula fala e a linguagem, faz psicoterapia e terapia ocupacional, tratamentos para incentivar o desfralde, além de muitas outras habilidades, que vão lhe permitir ganhar cada vez mais autonomia e qualidade de vida.

Na área psicopedagógica, Tiago está se desenvolvendo dentro da educação regular. Ele frequenta o CMEI (Centro Municipal de Educação Infantil). Em sala de aula, Tiago tem o apoio de uma profissional de inclusão, ela dá suporte para ele e um outro menino da turma, também autista. Além disso, uma vez na semana os alunos com TEA vão para uma outra unidade, onde participam de uma sala de recursos multifuncional.

As salas de recursos multifuncionais fazem parte das iniciativas de inclusão do Ministério da Educação, instaladas nas escolas públicas regulares. São salas de aula com materiais diferenciados e profissionais preparados especificamente para o atendimento de alunos com necessidades especiais. É um recurso pedagógico prioritário na política de educação especial moderna. Elas não substituem a sala de aula comum, mas complementam os aprendizados da escola regular. ¹

“As professoras dele do ano passado eram verdadeiros anjos, fizeram o projeto da turma com tema de dinossauros por causa dele, pois ele ama esse tema! Ele se desenvolveu muito e acompanhava a turma tranquilamente. Fico muito orgulhosa dos vínculos que ele constrói no ambiente escolar, ele é super querido por todos do CMEI, onde vai conquista as pessoas com seu jeitinho.”

ser mãe de autista profissional e empreendedora

Fonte: Arquivo pessoal cedido por Lidiane Galhardo

Carreira de educadora, empreendedorismo e maternidade

Lidi trabalha como educadora infantil do município de Pinhais. Ela dividiu conosco um pouco da sua jornada:

“Aprendi a ler os sinais não verbais dos autistas, tanto pela minha experiência como mãe, quanto pela minha atuação na escola. Tenho duas crianças autistas na turma que atuo esse ano, uma delas já era meu aluno ano passado. Um deles me lembra muito meu filho, tem muitos traços parecidos com o Tiago e também muitas características dentro do espectro que são iguais às dele. Brinquei com minha diretora que ela me deu um Tiago de presente, e que no final do ano vou ter vontade de leva-lo para casa comigo”. Conta ela, rindo.

Corujando

Já a ideia de empreender surgiu no primeiro dia dos pais, depois que a família já tinha aumentado e o Tiago era bebê. “Eu vi no face a propaganda de uma caneca personalizada e encomendei para meu marido Jhones, que é um pai maravilhoso, completamente apaixonado pelo Tiago, um super companheiro para mim, ele faz tudo pela nossa família. Juntos lutamos pelo Tiago e pelo Henrique, vivemos por eles.”

Nessa ocasião, ela também aproveitou para presentear seu próprio pai e também seu avô, a caneca tinha a foto do (ainda bebê) Tiago. “Quando recebi a encomenda me encantei, então, fui pesquisar como fazia”. conta animada. Nessa época Lidi já tinha intenção de pedir licença sem vencimento para passar mais tempo com a família e aproveitou a oportunidade para investir nos maquinários e estudar pela internet as possibilidades para investir no negócio.

“Desde início tive boa aceitação, tinha um grupo no face de mães empreendedoras o “CASA Empreender Materno” que mais tarde, também se estendeu para o whatsapp. Muitas pessoas foram importantes para mim nesse momento, incluindo a fundadora, Tati Lemes. Criamos uma rede de apoio e laços de amizade ali. Uma ajudava a outra com dicas de marketing, vendas e postagens para o Instagram e Facebook”

Lidi leva o trabalho com os personalizados em paralelo com sua carreira como educadora. A fanpage da Corujando, no Facebook é uma gracinha, por isso, vale a pena conhecer!

Maternidade e apoio a outras mães

Como educadora, de um jeito ou de outro as professoras acabam sendo um ponto de apoio para as mães, quando elas têm filho atípico, muitas vezes também acabam sendo uma referência para outras mulheres que passam pelo mesmo tipo de desafio. Desse modo, uma parte importante da nossa história é compartilhar o sentimento da nossa proTEAgonista enquanto mãe:

“Sou muito grata em exercer a maternidade, e também em ser mãe de autista.  Tiago é um menino muito especial, aqui em casa aprendemos muito com ele, a maior conquista que ele nos proporciona é a busca por ser uma pessoa melhor a cada dia, pois é  isso que ele merece, o melhor das pessoas”.

Lidi conta que já chorou muito  em rodas de conversa com mães, ela sente que é impossível falar do assunto sem se emocionar, “mas é um choro bom, de emoção, de superação, nada de tristeza”.

Nossa entrevistada finaliza com um recado para outras mães de crianças autistas:

“Sei que parece assustador ser mãe de uma criança “diferente”, eu como educadora, trabalhando com crianças justamente da idade dele, muitas vezes me vi frustrada por ele não fazer o que as outras crianças fazem, mas acreditem eles são anjos muito especiais, sei que tem a fase do luto, afinal, idealizamos o filho desde a gestação, mas essa fase passa e você percebe o quanto pode aprender, o quanto eles mudam nossas vidas, o quanto pequenas conquistas se tornam grandes. Seja a força, seja o amor, seja o alicerce do seu filho ou filha autista!”

Olhar emocional

Para fechar nosso artigo, aproveitamos para compartilhar um e-book que fala um pouquinho sobre esse universo azul que mexe com todo emocional das família de pessoas com TEA. Baixe o conteúdo e depois conta pra gente o que achou, ta bom?

Descobrindo o infinito azul

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Adoramos conhecer a Lidi, o Tiago e toda família! Se você também tem uma história com o autismo, deixe um comentário aqui, pois ficaremos muito felizes em compartilhar ela com o mundo.

1 – MEC – 23/03/2020

 

“O Autismo em Dia não se responsabiliza pelo conteúdo, opiniões e comentários dos frequentadores do portal. O Autismo em Dia repudia qualquer forma de manifestação com conteúdo discriminatório ou preconceituoso.”

23 respostas para “Ser mãe de autista: A doce e divertida família Galhardo”

  1. Tamara Resi disse:

    A história da Lidi é muito linda, tocou muito meu coração a forma como ela descreve a maternidade. Parabéns Lidi, um exemplo de mãe e profissional, espero que sua história chegue ao conhecimento de muitas pessoas. Você é uma grande inspiração!

  2. Selma Bonfim disse:

    Me emocionei aqui Lidi, sua história de vida e linda maravilhosa igual a familia que Deus te deu,foi professora do meu filho Matheus,é uma pessoa incrível maravilhosa sempre te falo né. Transmite carinho pros nossos filhos e deixa os seus sobre outros cuidados…Parabéns pela pessoa, mulher, mãe maravilhosa que vc se tornou .❤?

  3. Chrystiane disse:

    Que história mais linda de dedicação e amor ao filho, parabéns o Tiago e o Henrique tem muita sorte em ter você como mãe Lidi!

  4. eliana.sechinato@gmail.com disse:

    Lindo,sua história é linda, só quem tem um anjo azul sabe como é, tenho um netinho de 5 anos que é autista,até o ano passado ele não falava,mas agora fala de TD, apaixonado por dinossauros,dragões e répteis,ele brinca com o dragão favorito,como se fosse médico,faz massagem cardíaca e diz,ufa foi por pouco dessa vez, Rafael é um menino muito alegre e a história dele e de como recebemos o diagnóstico de autismo foi muito parecida com a sua história,hj minha filha não trabalha mais,se dedica inteiramente aos filhos, principalmente ao Rafael, parabéns pela linda história e pela linda família,Deus abençoe vcs e que o seu anjo progrida muito,o meu anjo está cada dia melhor,bjs

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Eliana, que gostoso ouvir as histórias do Rafael! Volte sempre aqui no blog pra nos contar mais do seu netinho! Um abraço de toda equipe do Autismo em Dia.

  5. Márcia Aparecida Siqueira do Nascimento disse:

    Adorei tua história. Achei linda e até chorei de emoção. Também sou mãe TEA tenho gêmeos Autistas,meu filhos em junho vai fazer 7 anos graças à Deus. Tenho muito orgulho de ser mãe deles,eles são um presente de Deus em minha vida. Sou grata a Deus por tudo e não me vejo sem eles. Parabéns pela tua história de vida ,pela mãe que você é,pela família que você tem.Deus abençoe vcs.??❤

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Márcia, concordamos muito contigo! A história da Lidi também nos emociona muito ❤. Que lindo saber de você e seus dois filhos! Amor x 2! Adoraríamos contar sua história por aqui também. Que tal?

  6. Elaine disse:

    Olá, gostei muito da historia achei linda e me emocionei. Tenho trigemeas e descobri a pouco tempo que uma delas é autista.
    Estou a procura de conhecimento para tentar ajudá-la da melhor forma possível.

  7. Autismo em Dia disse:

    Bem vinda ao nosso site Elaine. Que história interessante a sua, três meninas e uma delas dentro do espectro. O universo azul é mesmo misterioso, não é? Ficamos curiosos para conhecer mais das meninas, volte mais vezes 🙂
    Sempre compartilhamos histórias e informações técnicas sobre o TEA. Um abraço!

  8. Joice disse:

    É gratificante estar com o Tiago e o Henrique, diariamente!! Parabéns pela sua sabedoria, Lidiane!! Estamos com você!!???????????????????????❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️

  9. Marcilia Lucia dos Santos Dias disse:

    E bom saber que eu não sou a única ater um filho autista pois quando soube disso pensei que fosse se capaz ser uma boa mãe ,mas diante dessa história me sinto mais confiante para ajuda meu filho no que quiser e precisa

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Marcilia! Tudo bem? É muito bom encontrar histórias que fortalecem e inspiram, não é? Percebemos que muitas mães se sentem assim, é uma insegurança natural diante do desconhecido, e é lindo ver esse medo dando lugar a mais confiança e coragem! Sinta-se acolhida por aqui e volte sempre!

  10. Ana disse:

    Soube recentemente que meu filho é autista ele tem 2 anos , ainda estamos mto tristes Com a notícia pq não temos a certeza se vai ter ou não autonomia. Nestes momentos devoramos a internet á procura de tudo relacionado com o autismo, maioritariamente as notícias não nos melhoram a ânimo, mas o seu relato nos deu uma boa energia. Obrigada ❤️

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Ana, ficamos muito felizes com seu comentário ❤️ O momento de descoberta é sempre muito doloroso, afinal de contas, ninguém está preparado para uma maternidade fora do “padrão”. Mesmo com todos os desafios, é importante nos mantermos unidos pela causa, fortalecendo uns aos outros com histórias de amor, força e coragem. Volte mais vezes aqui no blog! Um abraço de toda equipe do Autismo em Dia.

  11. Renata C Galhardo disse:

    Também sou Galhardo, Renata Galhardo, e mãe de 2 TEA. Meu mundo é azul também

    • Autismo em Dia disse:

      Que legaaal, muitas coisas em comum ?

      Volte sempre Renata. Um beijo especial nos seus garotos!

  12. BRUNA disse:

    Oii.. descobri o autismo junto com o TDHA do meu filho de 5 anos. tem sido tão dificil pois ele anda tendo umas crises nervosa e não estou sabendo lidar com isso, pois acabo ficando nervosa também com a situação. Sou mãe solteira, preciso trabalhar, mas minha vontade era de me dedicar mais a ele.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Bruna, ele já faz as terapias de apoio? São muito importantes para apoiar na prevenção e controle das crises.

  13. Rakelly Cunha disse:

    Acabei de receber o diagnóstico do meu filho (Rafael, 3 anos).. Confesso que entrei em “desespero ” e muitos medos começaram a surgir. Foi quando respirei fundo, me acalmei e comecei a pesquisar sobre o Autismo. E encontrei você! Que me fez compreender a mãe que meu filho precisa e merece que eu seja! Muito obrigada! Suas palavras me acalmaram, me fez enxergar esse desafio que vamos enfrentar de uma forma leve! Com muita paciência e muito muito muito AMOR! Obrigada! ?

    • Autismo em Dia disse:

      ? Rakelly, que palavras sensíveis. Ficamos felizes que o texto tenha te ajudado. Volte mais vezes!

  14. FAbiane disse:

    Tenho um semana que descobri o autismo na Minha filha de 6 anos Estou na fase de Luto ainda. Precisando de ajuda. Dai, vi esse texto. amei! De puder me indique grupo de maes pelo Whatsapp. O meu zap eh (11)99737-8611 ME AJUDEM

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