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O que é estereotipia e porque é tão comum no TEA


o que é estereotipia

Postado por Autismo em Dia em 14/jul/2022 - Sem Comentários

Hoje nós vamos trazer um assunto muito popular quando o assunto é autismo: as estereotipias. Afinal, o que é estereotipia? Por que esses comportamentos ocorrem e como eles influenciam os autistas? São benéficos? Ou talvez prejudiciais? Continue a leitura e saiba as respostas para essas perguntas!

Índice

  • 1 O que é estereotipia
  • 2 Por que as estereotipias acontecem?
    • 2.1 Então as estereotipias são positivas?
  • 3 As estereotipias não devem ser reprimidas
    • 3.1 Superestimulação
    • 3.2 Sub-estimulação
    • 3.3 Controle da dor
    • 3.4 Regulando as emoções
  • 4 Lidando com o preconceito
    • 4.1 Psicoterapia
    • 4.2 Suporte emocional
      • 4.2.1 **

O que é estereotipia

As estereotipias, conhecidas também por sua nomenclatura em inglês “Stimming” ou “Stim”, são os movimentos motores e comportamentos repetitivos. Alguns exemplos disso são:

  • Agitar ou esfregar as mãos;
  • Balançar o tronco para frente e para trás;
  • Andar na ponta dos pés;
  • Pular;
  • Girar;
  • Fazer movimentos repetitivos com as pernas;
  • Bater palmas.

Esses são alguns exemplos clássicos, mas as estereotipias não se resumem a isso. Ao passo que as crianças crescem e percebem que esses comportamentos são vistos como inadequados, por exemplo, eles podem mudar seus comportamentos repetitivos para movimentos mais discretos, como:

  • Apertar repetidamente um botão de caneta;
  • Movimentar as pernas mais discretamente;
  • Concentrar o impulso do movimento em atividades como riscar uma folha, por exemplo.

Vale citar que as estereotipias não são um comportamento exclusivo dos autistas. Todo mundo pode se pegar em um momento de autorregulação usando esses mesmos artifícios.

Além disso, pessoas com outros transtornos, como o TDAH (transtorno no déficit de atenção e hiperatividade), também costumam ter as estereotipias como uma válvula de escape para o excesso de estímulos. No entanto, no autismo isso acaba sendo muito mais acentuado.

Por que as estereotipias acontecem?

Os movimentos repetitivos são uma forma de autorregulação que serve para as mais diversas situações. Podem ser uma resposta à sobrecarga sensorial (como uma sala barulhenta) ou a pensamentos avassaladores (como ansiedade sobre a escola).2 

Mas as estereotipias não estão relacionadas apenas a situações negativas, como os desconfortos sensoriais ou ansiedade. Em geral, elas estão relacionadas às emoções, independentemente de serem positivas ou negativas. Por exemplo: alguns podem pular ou girar incansavelmente por causa de alguma emoção muito positiva.   

Então as estereotipias são positivas?

Sim e não. Ainda que existam muitos pontos positivos e que o comportamento seja eficaz no sentido de autorregulação das emoções, alguns autistas podem desenvolver estereotipias negativas. 

Infelizmente, alguns dos comportamentos motores repetitivos podem resultar em problemas como a auto mutilação, por exemplo. Não há nada de positivo na estereotipia se uma criança bate a cabeça na parede repetidamente quando está nervosa. Nesses casos, é muito importante que haja acompanhamento médico e psicológico para erradicar o comportamento.

Mas, tirando esse tipo de exceção, a estereotipia não deve ser reprimida. Vamos falar mais sobre isso no próximo tópico.

As estereotipias não devem ser reprimidas

Fonte: Envato – Foto de twenty20photos

As estereotipias servem para um propósito. Não importa qual seja a situação, ela é uma maneira de trazer a pessoa para o presente e regular suas emoções. Quando alguém com autismo sente uma súbita onda de sentimentos, essa energia precisa ir para algum lugar. A estereotipia fornece uma saída para essa energia. Ela permite que a pessoa continue funcionando dentro de qualquer espaço em que esteja.1

Pode não ser simples compreender as razões para as estereotipias acontecerem, mas é importante procurar entender melhor essas razões. Veja:

Superestimulação

As estereotipias ajudam a contornar o problema da sobrecarga sensorial. Um exemplo disso é quando a pessoa chacoalha as mãos quando está em um lugar muito barulhento.1

Sub-estimulação

Se um lugar não tem entrada sensorial suficiente – coisas para ouvir ou olhar – ou se a pessoa está entediada, a estereotipia fornece entrada sensorial adicional. Um exemplo clássico disso é o agitar das pernas ou girar o corpo.1

Controle da dor

A estereotipia também surge para reduzir as sensações de dor. Nesses casos, costumam ser estereotipias que envolvem movimentos mais específicos, como esfregar a região dolorida ou dar pequenos tapas e soquinhos em si mesmo. Por mais contraditório que pareça, os profissionais acreditam que esse tipo de estimulação pode liberar beta-endorfinas que diminuem a sensação de dor ou proporcionam sensação de prazer.1

É claro que é preciso ficar muito atento e não reforçar esse tipo de estereotipia, para que não evolua para algo nocivo em que a pessoa realmente se machuque. E, obviamente, é necessário tratar o problema que está causando a dor para não correr o risco do comportamento se manter no dia a dia.

Regulando as emoções

Já falamos sobre isso algumas vezes no decorrer do texto, mas não poderia faltar esse tópico entre as razões para não reprimir as estereotipias. Bater palmas, pular ou girar em momentos de alegria e esfregar as mãos ou bater os pés quando algo está desagradando são formas de aliviar o excesso de emoções.1 

Na teoria, pode ser difícil imaginar porque alguém iria querer aliviar sentimentos positivos como a alegria. Mas a verdade é que a excitação que nos deixa naturalmente mais agitados nesses momentos pode ser mais difícil de lidar para os autistas. É por isso que a estereotipia serve como uma válvula de escape para liberar esse excesso de emoções.

Lidando com o preconceito

o que é estereotipia

Fonte: Envato – Foto de Garakta-Studio

Não podemos fingir que as pessoas que usam das estereotipias para os mais diversos fins não acabam recebendo olhares tortos e algumas vezes repreensões. Isso pode vir de colegas da escola, familiares, professores… Qualquer um! Infelizmente, ainda estamos longe de viver em uma sociedade totalmente consciente e acolhedora.

Lidar com a falta de aceitação social sobre esse tipo de comportamento pode ser especialmente difícil para os autistas. Afinal, sabemos que já existem dificuldades quando o assunto é interação social. Ainda assim, o melhor é deixar as crianças livres para aprenderem a lidar com isso.

Não significa que você, enquanto mãe, pai, cuidador ou educador, vá deixar a criança lidar com qualquer frustração sozinha, mas sim que o melhor é não repreender ou tentar incentivar a criança a mascarar as estereotipias para que haja ganho social.

Muitas vezes, os autistas acabam fazendo isso naturalmente. Ou seja, eles entendem que os comportamentos estão tendo um papel negativo socialmente, e na tentativa de se encaixar, redirecionam as estereotipias para as formas mais sutis de fazer isso, como mencionamos mais cedo.

Mas mascarar as características do autismo nem sempre é positivo, ainda que tenha um papel de proteção para a pessoa não sofrer com sentimentos de exclusão ou rejeição. Existem formas mais saudáveis de lidar com essas questões, e certamente vale a pena garantir que o autista tenha acesso a elas. Saiba mais:

Psicoterapia

Antes de mais nada, precisamos dizer que existem muitas abordagens da psicologia indicadas para os autistas, sendo que a cognitivo- comportamental se destaca para esse tipo de propósito.

Além de trabalhar com o paciente a autoestima para ganhar mais confiança e aprender a lidar com coisas que fogem do controle (como possíveis dificuldades de se relacionar como consequência negativa das estereotipias), é possível que a criança ou adolescente aprenda a ressignificar eventos em que tenha sofrido preconceito, entendendo que não é nela que está o problema.

Esse tipo de tratamento também auxilia na melhora das habilidades sociais em geral, o que é muito benéfico. Além disso, o autoconhecimento adquirido durante o tratamento faz com que a pessoa aprenda a aceitar e acolher suas próprias características, entendo a importância e o valor delas.

Suporte emocional

É muito importante para a criança receber suporte emocional dos pais e cuidadores. Afinal, cuidar não é só alimentar, levar para escola, auxiliar nos deveres… É claro que tudo isso é essencial. Mas os pais e cuidadores também desempenham um papel importantíssimo no desenvolvimento da autoestima e confiança da criança.

É importante que o autista veja nos cuidadores um porto seguro. Que ele saiba que, mesmo quando as coisas estão fora de controle, certamente existe alguém que vai o ajudar a superar isso. Além disso, ele precisa saber que é aceito por quem desempenha esse papel tão importante. Por isso é tão essencial que não haja repreensão das estereotipias e outras características inerentes ao autismo. Afinal, se o contrário acontecer, se nem as pessoas mais próximas o acolherem e aceitarem sem julgamentos, ele pode sentir que ninguém mais vai. E nisso, não há ganho algum.

**

Esse foi o nosso artigo sobre o que é estereotipia e quais são suas funções, benefícios e ressalvas.

Esperamos que o texto tenha ajudado nossos leitores e a entender mais a fundo esse assunto tão importante e que certamente merece atenção. E se ele ajudou você, compartilhe com outras pessoas que você acredita que possam ter interesse no assunto.

Por fim, pedimos que siga o Autismo em Dia nas redes sociais. Dessa forma, você nos apoia e ainda fica informado sobre os temas mais atuais relacionados ao TEA.

Obrigado pela leitura!


Referências e datas de acesso:

1- WebMD – Acesso em 13/06/2022.

2- Spectrum – Acesso em 13/06/2022.

“O Autismo em Dia não se responsabiliza pelo conteúdo, opiniões e comentários dos frequentadores do portal. O Autismo em Dia repudia qualquer forma de manifestação com conteúdo discriminatório ou preconceituoso.”

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