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Postado por Autismo em Dia em 18/ago/2023 - Sem Comentários
O processo de diagnóstico de autismo em adulto tem algumas particularidades. Pode ser que você ache que está no espectro do autismo ou conheça alguém em busca de diagnóstico já na fase adulta. Então, este artigo pode ser muito útil para entender alguns caminhos possíveis para quem está suspeitando ser autista.
Afinal, existem diversos motivos para uma pessoa não ser avaliada e diagnosticada mais cedo, que podem ser:
Mas e quando a pessoa desconfia ou pensa estar certa sobre ter algo a ser avaliado?
Conviver com a incerteza sobre ter um transtorno ou não pode não fazer diferença para algumas pessoas. Porém, existem pessoas que começam a avaliar algo e percebem que podem estar no espectro do autismo. Algo que também não é incomum é que pessoas com TEA tenham alguma comorbidade associada. Então, descobrir se fazem parte do espectro, de fato, pode servir como um norte para a pessoa investir em tratamentos corretos e conseguir ter uma qualidade de vida melhor.
Índice
O diagnóstico do autismo em adultos vai acontecer depois de uma série de avaliações. Alguns caminhos possíveis para iniciar o processo serão apresentados, mas eles podem acontecer de formas diferentes, pois cada pessoa é única, inclusive nesse processo de iniciar a descoberta.
As características de autismo em adultos vão variar de acordo com o comprometimento funcional que ele apresenta.
Quando é um autista de nível 1, geralmente o indivíduo terá que lidar com questões relacionadas ao mercado de trabalho, às dificuldade para concluir um curso superior, ou para manter um relacionamento amoroso.
Já um autista nível severo, na fase adulta, vai ter comprometimento com a fala, por exemplo, necessitando de um suporte maior para cumprir atividades básicas do dia a dia.
Vamos aos possíveis caminhos?
Fonte: Envato/ Dimaberlin
Pode ser que uma pessoa com autismo comece a perceber os sinais após iniciar a terapia. À medida que vai avançando no processo terapêutico, ao comentar em sessão algumas dificuldades, pode ser levantada a hipótese do autismo. Nesse caso, é comum que o próprio profissional da psicologia faça o encaminhamento para as avaliações necessárias.
Também pode acontecer de uma pessoa ter iniciado um tratamento com psiquiatra e, no decorrer do processo, chegue às características próprias do autismo, descartando algum outro transtorno avaliado inicialmente. Ou, ainda, até somando como uma comorbidade ao autismo. Portanto, é importante que, para ser feita uma avaliação correta, o ideal seria o psiquiatra ser especialista em autismo ou a pessoa ser encaminhada para alguma instituição com acesso a essa especialidade.
Há também a possibilidade de um(a) neurologista iniciar a investigação. Isso acontece principalmente nos casos em que a pessoa tem quase certeza do diagnóstico ou nos casos que já tenham passado por uma avaliação com um(a) neuropsicólogo (a) e, a partir disso, começam a fazer mais testes complementares para fechar o diagnóstico. Com isso, poderá receber o laudo que vai permitir não apenas um tratamento adequado como acesso a uma série de direitos dos autistas.
A busca direta por um(a) neuropsicólogo pode acontecer depois que uma pessoa ler sobre os sinais e já se identificar com alguns. Por isso, muitos pacientes já chegam direto solicitando uma avaliação.
Essa resposta é muito pessoal. Quem suspeitar do transtorno sempre deve primeiro fazer a seguinte reflexão: “que sentido terá um diagnóstico nessa fase da minha vida? Estou em busca de respostas pessoais ou em busca de ajuda?” Caso perceba mais prós do que contras, vale pensar sim em iniciar uma investigação.
No entanto, podemos listar algumas hipóteses dos benefícios do diagnóstico de autismo em um adulto:
Fonte: Envato/ drazenphoto
Caso você tenha descoberto o autismo em sua vida, provavelmente vai desejar aprender mais sobre o assunto. Você também pode se interessar em acessar serviços, locais de apoio e até participar de grupos para se sentir mais inserido e acolhido.
Após fechar o laudo, busque todos os suportes clínicos e sociais que estiverem ao seu alcance. Isso será de grande importância para ajudar no desenvolvimento de traços que você entende que podem estar prejudicando alguma área na sua vida. Lembrando que, para cada pessoa, o tratamento vai ser individualizado, necessitando de focos diferentes. Os caminhos possíveis são:
Em muitos casos, o tratamento vai ser multidisciplinar, o importante vai ser avaliar quais os sinais precisam de atenção, para tornar o processo mais alinhado com cada dificuldade.
Durante todo esse texto falamos bastante do diagnóstico em adultos com sinais leves, ou seja, o autismo de nível 1. Mas pode acontecer também de uma pessoa com autismo Nível 2 ou Nível 3 receber o diagnóstico na fase adulta. Porém o mais comum não é isso acontecer, já que os sinais mais graves ficam mais evidentes e exigem uma tomada de decisão mais urgente.
Se você gostou deste artigo, recomendamos, também, a leitura de sintomas do autismo em adultos.
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Referências Bibliográficas:
1- The Spectrum – acesso em 20/06/2023
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