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Postado por Autismo em Dia em 26/ago/2024 - Sem Comentários
Você sabia que muitas pessoas no espectro do autismo têm desafios sensoriais relacionados à sensibilidade tátil? A hipersensibilidade tátil, também conhecida como hipersensibilidade ao toque, é uma das características comuns do autismo.
Quando uma pessoa com autismo tem hipersensibilidade tátil, ela pode ter uma resposta exagerada ou aversiva a estímulos táteis comuns, como toque, texturas ou roupas. Isso pode levar a desconforto, ansiedade e até mesmo evitar situações que envolvam contato físico.
Lidar com os desafios sensoriais pode ser um processo desafiador, tanto para a pessoa no espectro do autismo quanto para suas famílias e cuidadores. É importante entender as necessidades individuais de cada pessoa e desenvolver estratégias de apoio adequadas.
Neste texto, vamos explorar mais sobre a hipersensibilidade tátil no autismo e oferecer dicas práticas sobre como lidar com os desafios sensoriais relacionados. Vamos discutir diferentes abordagens terapêuticas, estratégias de gerenciamento e fornecer conselhos úteis para melhorar a qualidade de vida das pessoas com autismo e seus entes queridos. Portanto, leia até o fim e descubra como você pode ajudar a tornar o mundo mais confortável e inclusivo para aqueles com hipersensibilidade tátil.
Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa, mas existem algumas características comuns a serem observadas. Alguns dos sintomas incluem:
Embora as causas exatas ainda não sejam totalmente compreendidas, acredita-se que elas possam estar relacionadas a diferenças no processamento sensorial do cérebro das pessoas no espectro autista. Então, essas diferenças podem afetar a forma como o cérebro interpreta e responde aos estímulos táteis.
A hipersensibilidade tátil pode ter um impacto significativo na vida diária das pessoas autistas. Ela pode causar desconforto constante e levar a ansiedade e estresse. Além disso, a dificuldade em tolerar o toque e certas texturas pode afetar a forma como as pessoas no espectro autista se envolvem em atividades sociais e interações físicas.
Existem várias estratégias que podem ajudar as pessoas autistas. Aqui estão algumas sugestões:
Adaptações sensoriais podem ajudar as pessoas autistas com hipersensibilidade tátil. Aqui estão algumas sugestões:
Abaixo estão alguns recursos e terapias disponíveis. Alguns desses recursos incluem:
Como pais e cuidadores, existem várias maneiras pelas quais vocês podem apoiar pessoas autistas com hipersensibilidade tátil. Aqui estão algumas dicas:
Existem muitos mitos e equívocos em torno da hipersensibilidade tátil no autismo. Aqui estão alguns mitos comuns e os fatos corretos:
Ela é uma resposta legítima e real ao processamento sensorial diferente no cérebro das pessoas autistas.
Pode ser uma característica permanente do autismo, mas com estratégias adequadas, é possível encontrar maneiras de lidar com ela.
A hipersensibilidade tátil varia de pessoa para pessoa, e cada indivíduo pode ter diferentes níveis de sensibilidade e preferências táteis.
Lidar com a sensibilidade tátil no autismo pode ser um desafio, mas é possível encontrar estratégias e apoio adequado para ajudar a pessoa autista a se sentir mais confortável em seu ambiente. É importante respeitar os limites pessoais, fornecer adaptações sensoriais apropriadas e buscar recursos e terapias especializadas. Com o apoio adequado, é possível melhorar a qualidade de vida das pessoas autistas e tornar o mundo mais confortável e inclusivo, de fato.
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Referências:
1- Motivação autismo – acesso em 28/06/2024
2- bHave ABA – acesso em 28/06/2024
Postado por Autismo em Dia em 20/ago/2024 - 2 Comentários
Relacionar arte e autismo é, sem dúvida, um caminho de transformação e inclusão que gera excelentes resultados na forma da pessoa autista interagir, se perceber e se relacionar com o mundo.
Nesse texto, vamos conhecer a história da carioca e artista plástica Priscila Assis Lima, 36 anos, conhecida como Pri Artte e seu sobrinho Felipe, de 4 anos de idade.
Priscila trabalhou 14 anos como bancária. Sempre gostou de arte, então no final de 2020, após perder seu pai para o Covid, começou a estudar desenho e a se dedicar mais ao mundo artístico. Se envolveu mais com grafite e arte de rua. Gosta de coisas bem coloridas, cores fortes. Sempre tenta levar a arte para outras pessoas, para crianças. Criou um personagem que se chama Nube, para se comunicar com o público infantil, uma nuvem azul. Grafita ele nas ruas, para chamar atenção das crianças. Carrega com ela uma frase chave para comunicar através da sua arte: “Mais amor, mais arte”!
Em 2022, decidiu sair do banco e está vivendo de arte, até então. “Comecei a vender meus quadros, fiz feiras, fui para São Paulo, pintei rua, fiz live painting e foi assim que eu fui indo, tentando me conectar mais no meio da arte e das pessoas que trabalhavam com isso.”
Felipe tem 4 para 5 anos. Ele é autista nível 1 de suporte. Foi Priscila que desconfiou do autismo. “Qualquer coisinha que ele se irritava ele batia a cabeça na parede.” Comentou com a irmã que não achava isso “normal”. A irmã falou que achava que ele era autista. Priscila complementa: “A gente chamava ele e ele não olhava, não fixava o olhar, brincava só na dele…”
Começaram a pesquisar mais sobre autismo. Ele foi fazer todos os exames. Ela conta: “O Felipe não se comunicava, ele tinha dificuldade na fala e de interação com outras crianças. Com adultos ele até interagia. Não falava nada, só apontava ou levava a gente até o que ele queria.”
Felipe estava com quase 1 ano de idade, quando o diagnóstico veio através de um neuro e de um psicólogo. Desde que descobriu ele faz terapias para auxiliar em seu desenvolvimento.
Hoje Felipe faz acompanhamento com terapeuta ocupacional, psicólogo, psicopedagogia e fonoaudiologia.
Desde que descobriram o autismo ele começou a fazer e não parou. “Ele melhorou muito, o Felipe fala pelos cotovelos, interage com outras crianças, ele ama brincar… ele gosta de brincar, tem os amiguinhos dele. Só não lida bem com a frustração. Se ele perde, é mais complicado, fica nervoso, estressado, mas é um trabalho constante, tem que conversar sempre.”
Desde pequeninho Felipe gostava muito de pintar, então começaram a incentivar ele. ‘Como eu já gosto de desenhar, eu tentava ensinar ele. Os presentes que ganhava de aniversário era tela para pintura, tinta guache, pincel, porque o pessoal sabia que ele gostava muito de pintar. Quando comecei a pintar na rua, eu nunca tinha levado ele, mas aí falei: Vou te levar pra você ver a tia Pri pintando. Ele fica muito ansioso, doido pra ir pra rua pra pintar comigo. Sempre quando dá, eu levo ele. Ele vai e quer pintar comigo…”
“Agora, um dos hiper focos de Felipe é o personagem Sonic. Aí ele queria pintar o Sonic na parede da casa dele, aí escrevi o seu nome, grafitei o nome dele e desenhei o Sonic … Peguei o rolinho de tinta, ensinei ele a mexer com a tinta.”
Então, ela sempre tenta incentivar ele ao máximo e ele diz que quer ser artista como ela.
A arte desempenha um papel fundamental na vida das pessoas com autismo, proporcionando uma série de benefícios que vão além da simples expressão criativa. Para muitas pessoas no espectro do autismo, a arte se torna uma forma de comunicação poderosa e uma ferramenta para o autoconhecimento.
Na opinião de Pri Artte, a arte auxilia a mostrar que pessoas autistas são capazes de fazer , de realizar. “O Felipe se sente à vontade pintando, ele tá pintando e tá alí mostrando, faz ele interagir mais com as pessoas e mostra que ele é capaz de fazer qualquer coisa. Ele é uma pessoa normal como qualquer outra, tem as suas dificuldades, mas que não impedem ele de fazer nada. Também dele estar mostrando as emoções dele, o que ele gosta, das cores… ele escolhe as cores dele. Ele tem as cores que ele mais gosta.”
Outra coisa interessante que ela observou em Felipe com relação ao pintar é que ele quer ir pra rua pintar. Conta: “Ele quer ir pra rua grafitar comigo e ele já tem a noção que ele quer pintar para as pessoas verem que ele está fazendo aquilo.”
Priscila sempre teve uma relação muito próxima com o sobrinho Felipe, ela assistiu o parto dele. Ela conta: “Depois do diagnóstico eu o amo dez vez mais do que amava já. Eu tenho muita paciência com ele e aprendi a ter mais paciência ainda… eu tenho mais paciência de sentar com ele e conversar . Aprendi a entender um pouco do que é o autismo, eu consigo ver as outras pessoas, outras mães que têm filhos autistas lidar com isso. Aprendi a olhar para uma crise e compreender que não adianta gritar. Também aprendi a não limitar. Acredito que ele pode ser um grande artista, mas se ele mudar de ideia quando crescer também, vou apoiar no que ele fizer, mas enquanto ele estiver gostando de arte, de grafite eu vou estar ajudando ele, apoiando ele nessa caminhada.”
A arte tem o poder de transformar vidas, e isso é especialmente verdadeiro para pessoas com autismo. Através da expressão criativa, elas têm a oportunidade de se comunicar, se expressar e se conectar com o mundo de uma forma única e significativa. A arte oferece uma voz para aqueles que muitas vezes são silenciados pela dificuldade na comunicação verbal. Além disso, a arte promove a inclusão e o respeito pela diversidade, ao revelar a beleza e a originalidade que existem em cada pessoa, independentemente de suas diferenças.
À medida que mais pessoas se conscientizam do poder da arte para pessoas com autismo, mais oportunidades de inclusão e apoio surgem. Através da arte, podemos construir um mundo mais empático, compreensivo e acolhedor para todas as pessoas, independentemente de sua neurodiversidade. Portanto, encorajamos a todos a valorizar e apoiar a expressão criativa de pessoas com autismo, reconhecendo a beleza e a importância de sua contribuição artística para a sociedade.
Pri Artte, além de tia do Felipe que nos contou essa linda história, foi uma das artistas que participaram da Jaguar Parede. É um movimento artístico com o propósito de arrecadar fundos e conscientizar pessoas sobre a preservação das onças-pintadas e seu habitat. Isso acontece através de uma grande exposição das obras que são posicionadas em locais com grande movimentação. Ao final do período de exposição as peças serão leiloadas e 100% do valor líquido arrecadado será repassado para projetos de conservação da onça-pintada. Conheça mais sobre Pri Artte e seu trabalho aqui!
Esse foi nosso texto da vez, unindo arte e autismo. Gostou? Não deixe de continuar navegando pelo Blog e pelo nosso Instagram.
Postado por Autismo em Dia em 16/ago/2024 - 4 Comentários
Hoje vamos contar a história de Samara, 29 anos, casada. Tem dois filhos. Ela trabalha na clínica Espaço Singular, aplicando terapia ABA em crianças. Miguel de 6 anos e Judá de 1 ano e 5 meses. Ela é recém formada em psicopedagogia e está fazendo uma Pós em Transtorno do Espectro Autista. Reside em Extrema, mas nasceu em Bragança Paulista. Nesse texto, vamos ver o relato de Samara sobre a atenção que ela teve aos marcos do desenvolvimento de seu filho.
A história dela com o autismo surgiu devido ao diagnóstico do filho Miguel, de 6 anos.
Samara contou que a gestação foi tranquila até os 7 meses, foi quando Samara começou a ter problema de pressão alta. Talvez por esse motivo, ele nasceu de 36 semanas e meia.
Ela conta: ” O Miguel desde muito pequeno, sempre foi aquele bebê considerado tranquilo, hoje eu sei que não é que ele era tranquilo, ele não tinha tanto interesse em aprender coisas novas. Comecei a perceber com 1 ano mais ou menos que o desenvolvimento dele não estava de acordo, sempre fui muito curiosa, eu pesquisava tudo na internet. Eu falava isso pro pediatra. Por exemplo, na época de sustentar a cabecinha ficando de bruços, ele não sustentava ainda. Na época de sentar, ele não estava sentando. Então o desenvolvimento dele sempre foi um pouco depois do que devia ser. Ele andou tarde, com 1 ano e 6 meses. Foi quando ele fez 2 anos que eu bati na tecla que tinha alguma coisa errada.”
Samara relatou que percebia que o desenvolvimento motor dele estava muito atrasado. Ela comentava com o pediatra, mas sempre tinha a mesma resposta que teria que esperar o tempo dele.
Foi então que surgiu na vida de Samara a oportunidade de cursar psicopedagogia. Ela sentia que tinha que estudar para poder ajudar o filho.
Percebendo os marcos do desenvolvimento, ao estudar, viu que realmente estava em atraso o desenvolvimento dele, principalmente o desenvolvimento motor. Ela relatou ao pediatra o que percebia: ” Olha ele já tem dois anos, ele não dá cambalhota, ele não pula, ele não corre. O desenvolvimento motor dele é diferente.”
Quando Miguel fez 4 anos ele foi para a escola. Foi aí que a escola percebeu que o desenvolvimento de Miguel não estava indo bem e deu um encaminhamento para Samara passar com ele por um neuropediatra. Ele fez vários exames, um deles foi tomografia e ressonância.
Enquanto aguardava pelo diagnóstico, ele começou a fazer terapia ABA em uma clínica. Foi quando chamaram ela e falaram que provavelmente Miguel seria autista, nível 1 de suporte.
Beixe nosso material sobre marcos do desenvolvimento infantil aqui!
A maior dificuldade de Miguel era motora e interação social, por este motivo, o primeiro diagnóstico foi de Transtorno da comunicação e interação social. Uns 6 meses depois voltaram e o médico manteve esse diagnóstico.
Depois de 1 ano, indo e voltando do neuropediatra e fazendo terapia ABA, o Miguel teve o diagnóstico de autismo nível 1 de suporte. Ela complementou: ” O nível 1, geralmente, é o mais difícil de diagnosticar. Pelo fato de muitas vezes não ter estereotipia, as crises são menores e tantas outras coisas.”
Portanto, foi com 5 anos que Miguel recebeu o diagnóstico de TEA. Samara relatou que pra eles foi um alívio, pois explicou várias coisas.
Assim que Miguel recebeu o laudo ele foi encaminhado para um tratamento multidisciplinar. Fonoaudiologia, 10 horas semanais de terapia ABA, terapia ocupacional, psicomotricista e psicóloga. Fazendo consultas semanais. Passou um período fazendo essas terapias, mas atualmente, devido a saída de Samara da empresa que tinha convênio, não foi possível continuar com essas terapias, pois no SUS ainda não oferecem essas intervenções para autismo.
Hoje estão dando o suporte pra ele em casa, enquanto estão atrás de convênio por conta própria para retomarem as terapias.
“Já tiveram muitos dias onde eu achei que não ia dar conta, eu acredito que o meu maior aprendizado foi ver que eu não precisava ser a super mãe, e que eu não dar conta, estava tudo bem. Que não há nada de errado com meu filho, ele é diferente como todos nós somos uns dos outros, e que eu nunca conseguiria fazer nada por ele na força do meu braço, pois Deus é quem faz, e cuida dele. Também aprendi que posso ser uma pessoa melhor olhando e observando o coraçãozinho dele.“
Foi o olhar de Samara para os marcos do desenvolvimento que contribuiu para o diagnóstico de seu filho. E, ainda, a insistência dela nos estudos sobre o atraso motor dele, impactou diretamente no quadro de Miguel. Esse olhar atento é fundamental para auxiliar profissionais da saúde com dados para fechar diagnóstico de TEA.
Esse texto foi um relato real sobre a importância da atenção ao desenvolvimento infantil.
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Postado por Autismo em Dia em 05/ago/2024 - 2 Comentários
Você já ouviu falar em autismo não verbal? Essa é uma das manifestações do espectro autista que afeta a comunicação de algumas pessoas no espectro. Neste guia completo, vamos explorar o que é o autismo esta característica e como ele se apresenta.
O autismo não verbal é um termo utilizado para descrever indivíduos que possuem dificuldades significativas na fala e na linguagem verbal. Isso não significa, no entanto, que essas pessoas não consigam se comunicar ou que elas sejam mudas. Muitas vezes, elas utilizam outras formas de expressão, como linguagem gestual, comunicação por imagens ou utilizam aplicativos eletrônicos de comunicação. ¹
É importante entender que o autismo esta é apenas uma das características do autismo e que cada pessoa dentro do espectro autista apresenta um conjunto de sinais de forma única. Algumas pessoas podem ser completamente não verbais, enquanto outras podem ter habilidades limitadas na fala. ¹
Este artigo pode te ajudar a melhorar sua forma de comunicação e interação com quem apresenta essa característica.
As características do autismo não verbal variam de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem dificuldades significativas na comunicação verbal. Isso pode se manifestar como a ausência total de fala ou como a presença de apenas algumas palavras ou frases limitadas. ¹
Além da dificuldade com a fala, autistas não verbais podem ter dificuldade em entender e expressar emoções, gestos e expressões faciais, já que esse não é um traço que se expressa naturalmente para eles. Igualmente, podem ter dificuldades na interação social e no desenvolvimento de habilidades de comunicação não verbal, como contato visual e linguagem corporal. Afinal, nossa comunicação oral domina a maior parte das formas de comunicação na sociedade. ¹
É importante lembrar que as características do autismo não verbal podem variar amplamente de pessoa para pessoa. Cada indivíduo é único e pode apresentar diferentes graus de dificuldade na comunicação verbal. Ou seja, tanto não falar nada como falar de forma limitada caracterizam isso. ¹
O autismo é uma condição complexa e multifatorial, ou seja, a ciência pressupõe algumas teorias sobre a causa, mas nenhuma de forma unânime. Logo, as causas do autismo não verbal se encaixam nessa indefinição – ao menos por enquanto. As teorias, no caso, vão desde os fatores genéticos até causas ambientais e neurobiológicas. ²
Isto porque, a ausência de uma comunicação oral acontece, em muitos casos, mesmo após um período em que a criança já estava falando. Ou, ainda, é possível que, após intervenções terapêuticas, a criança comece a desenvolver progressivamente a fala. ²
Além do mais, é preciso separar a questão da fala de uma comunicação eficaz. Muitos autistas até vocalizam sua expressão, mas não conectam ideias de uma forma funcional. Enquanto outros possuem boas habilidades de comunicação sem envolver a fala. Falar é diferente de se comunicar. ²
Identificar a não verbalidade em crianças pode ajudar no diagnóstico e possibilitar intervenções precoce. Alguns sinais de autismo não verbal em crianças podem incluir: ³
É importante observar que esses sinais podem variar de criança para criança e que nem todas as crianças com autismo não verbal apresentarão todos esses sinais. O diagnóstico adequado deve ser realizado por profissionais de saúde especializados em autismo.
O diagnóstico e avaliação do autismo não verbal são realizados por uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde, como médicos, psicólogos e fonoaudiólogos. O processo de diagnóstico geralmente envolve a observação do comportamento da criança, entrevistas com os pais e a aplicação de testes e questionários. ¹
É importante que o diagnóstico seja feito o mais cedo possível, para que a intervenção adequada possa ser iniciada. Quanto mais cedo o diagnóstico e a intervenção, melhores serão as chances de desenvolvimento e sucesso na comunicação para a criança com autismo não verbal. ¹
Além do diagnóstico, a avaliação contínua é importante para monitorar o progresso da criança e ajustar as estratégias de intervenção, se necessário. ¹
As pessoas com autismo não verbal podem se beneficiar de uma variedade de apoios e intervenções para melhorar suas habilidades de comunicação e interação social. Alguns exemplos de apoio e intervenção incluem: 4
Para pessoas com autismo não verbal, a comunicação alternativa e aumentativa (CAA) pode desempenhar um papel crucial na facilitação da comunicação. A CAA refere-se a estratégias e técnicas que fornecem suporte adicional para a comunicação, além da fala verbal. 5
A escolha da forma de CAA dependerá das habilidades e preferências individuais de cada pessoa com autismo não verbal. É importante trabalhar em estreita colaboração com profissionais especializados para determinar a melhor forma de CAA para cada indivíduo. 5
Existem diversos recursos e terapias disponíveis para ajudar pessoas com autismo não verbal a se comunicarem de forma mais eficaz. Alguns exemplos incluem: ¹
É importante lembrar que cada pessoa com autismo não verbal é única e que as terapias e recursos devem ser adaptados às suas necessidades individuais.
Ao lidar com uma criança em fase de aprendizado da fala, visto que ela talvez seja uma autista não verbal, a prioridade deve ser o desenvolvimento da comunicação. Afinal, sabendo se comunicar para além da fala, ela será uma criança capaz de desenvolver outras habilidades como fazer amizades, expressar dores e alegrias, exercitar interesses pessoais e muito mais.
Muito obrigado pela leitura e não deixe de acompanhar outros conteúdos do Autismo em Dia, tanto aqui no site como em nosso Instagram. Até a próxima!
Referências:
1. Psych Central – acesso em 28/07/2024
2. Cross River – acesso em 28/07/2024
3. Speechease – acesso em 28/07/2024
4. Autism Speaks – acesso em 28/07/2024
5. Scielo – acesso em 28/07/2024
Postado por Autismo em Dia em 30/jul/2024 - Sem Comentários
Você é um pai ou cuidador preocupado com o desenvolvimento do seu filho? Entender o autismo em meninos e meninas pode ser um desafio, mas não se preocupe, estamos aqui para ajudar. Neste texto, vamos fornecer dicas essenciais para pais e cuidadores lidarem com as diferenças do autismo de forma eficaz.
O autismo é um transtorno do desenvolvimento que afeta a forma como uma pessoa se comunica, interage e percebe o mundo ao seu redor. Embora o autismo afete meninos e meninas, existem diferenças sutis no comportamento e na manifestação dos sintomas.
Nosso objetivo é fornecer informações úteis sobre como identificar os sinais precoces de autismo em meninos e meninas e como apoiar seu desenvolvimento de maneira saudável. Discutiremos estratégias eficazes para a comunicação, socialização e adaptação a diferentes situações.
Portanto, se você está procurando conselhos práticos e dicas para entender e apoiar crianças com autismo, você veio ao lugar certo. Continue lendo para aprender mais sobre o autismo em meninos e meninas e como ajudá-los.
Os sinais e sintomas do autismo podem variar de pessoa para pessoa, mas existem algumas características comuns que podem ser observadas tanto em meninos quanto em meninas. Alguns dos sinais precoces de autismo podem incluir a falta de contato visual, dificuldades na comunicação verbal e não verbal, atraso no desenvolvimento da fala e dificuldade em estabelecer e manter relacionamentos sociais.
É importante observar que os sintomas do autismo podem se manifestar de forma diferente em meninos e meninas. Enquanto os meninos tendem a exibir comportamentos mais repetitivos e interesses específicos, as meninas com autismo podem ser mais sutis em seus sintomas e podem ter habilidades sociais ligeiramente melhores.
A causa exata do autismo ainda é desconhecida, mas estudos sugerem que uma combinação de fatores genéticos e ambientais pode estar envolvida no desenvolvimento do transtorno. Pesquisas mostram que certas condições genéticas podem aumentar o risco de desenvolver autismo, mas também é importante reconhecer que nem todas as pessoas com essas condições genéticas desenvolvem autismo.
Além dos fatores genéticos, a exposição a certos produtos químicos durante a gravidez, complicações durante o parto e fatores ambientais, como a poluição do ar, também foram estudados como possíveis influências no desenvolvimento do autismo.
O diagnóstico do autismo é feito por profissionais de saúde especializados, como médicos, psicólogos e terapeutas. Geralmente, envolve uma avaliação detalhada do desenvolvimento da criança, levando em consideração os sintomas observados, histórico médico e comportamental, além de testes padronizados.
É importante que o diagnóstico seja feito o mais cedo possível, pois quanto mais cedo o tratamento e a intervenção adequada forem iniciados, melhores serão as chances de melhorar as habilidades sociais, de comunicação e comportamentais da criança.
O suporte e a intervenção adequados desempenham um papel fundamental no desenvolvimento e bem-estar de crianças com autismo. Existem várias abordagens terapêuticas e programas de intervenção que podem ajudar a melhorar as habilidades sociais, de comunicação e comportamentais das crianças com autismo.
A terapia comportamental aplicada (TCA) é uma das abordagens mais comumente usadas. Ela enfatiza a importância do reforço positivo e do ensino estruturado para promover a aprendizagem e a aquisição de habilidades. Além disso, terapias ocupacionais, fonoaudiológicas e de integração sensorial também podem ser benéficas para crianças com autismo.
Se você é pai ou cuidador de uma criança com autismo, aqui estão algumas dicas úteis para ajudar no dia a dia:
Existem várias organizações e recursos disponíveis para ajudar as famílias de crianças com autismo. Essas organizações oferecem suporte, informações e programas de intervenção para pais, cuidadores e crianças com autismo.
Alguns exemplos de organizações de apoio incluem a Associação Brasileira de Autismo (ABA), a Federação Brasileira de Autismo (FBA) e a Associação Nacional de Amigos do Autista (ANAA). Essas organizações fornecem recursos online, grupos de apoio e encaminhamento para profissionais especializados.
Existem muitos mitos e equívocos em torno do autismo. É importante esclarecer esses equívocos para promover a compreensão e aceitação das pessoas com autismo.
Um mito comum é que o autismo é causado por vacinas. No entanto, inúmeras pesquisas científicas têm mostrado que não há relação entre a vacinação e o desenvolvimento do autismo.
Outro mito é que as pessoas com autismo não têm empatia. Isso não é verdade. Embora as pessoas com autismo possam ter dificuldade em expressar suas emoções de maneiras convencionais, elas são capazes de sentir empatia e se importar com os outros.
O bem-estar emocional de crianças com autismo é fundamental para o seu desenvolvimento saudável. Então, é importante reconhecer e apoiar as emoções da criança, ajudando-a a desenvolver habilidades de autorregulação emocional.
Terapias como a terapia cognitivo-comportamental (TCC) podem ser úteis para ajudar as crianças com autismo a aprender a reconhecer e gerenciar suas emoções de maneira adequada.
Além disso, criar um ambiente seguro e acolhedor, onde a criança se sinta amada e apoiada, é essencial para promover seu bem-estar emocional.
Entender o autismo em meninos e meninas é essencial para os pais e cuidadores que desejam apoiar o desenvolvimento saudável de suas crianças, de fato. Por isso, ao reconhecer os sinais precoces, buscar um diagnóstico adequado e fornecer suporte e intervenção adequados, é possível ajudar as crianças com autismo.
Lembre-se de que cada criança com autismo é única e pode ter necessidades e interesses diferentes. Com amor, paciência, compreensão e as estratégias adequadas, é possível ajudar as crianças com autismo a alcançar seu pleno potencial.
Referências:
1- Grupo Conduzir – acesso em 08/07/2024
2- Canal Autismo – acesso em 08/07/2024
Postado por Autismo em Dia em 15/jul/2024 - Sem Comentários
Você já ouviu falar da sigla ABA? Se você tem interesse em tratamento do autismo, é importante conhecer essa abordagem terapêutica. A sigla ABA significa Análise do Comportamento Aplicada, um método amplamente reconhecido e utilizado no tratamento de crianças com autismo.
A Análise do Comportamento Aplicada baseia-se na ideia de que comportamentos podem ser modificados e aprendidos através de técnicas específicas. O objetivo principal dessa abordagem é ensinar habilidades sociais, cognitivas e de comunicação para crianças autistas, ajudando-as a se desenvolver e a se adaptar melhor ao mundo ao seu redor.
Uma das principais vantagens de utilizar a ABA no tratamento do autismo é a sua personalização. Cada criança é única, e a Análise do Comportamento Aplicada permite que os profissionais ajustem as técnicas de intervenção de acordo com as necessidades individuais de cada paciente.
Então, neste texto, vamos explorar mais a fundo a sigla ABA e como ela pode ajudar no tratamento do autismo. Vamos descobrir os princípios básicos dessa abordagem, os benefícios que ela pode oferecer e como ela é aplicada na prática. Se você está em busca de informações sobre tratamento do autismo, continue lendo para conhecer melhor a Análise do Comportamento Aplicada e seu papel no desenvolvimento das crianças autistas.
Afinal, o que significa a sigla ABA? Análise do Comportamento Aplicada (ABA) é muito mais que uma sigla, é uma abordagem terapêutica baseada em princípios científicos que visa melhorar habilidades sociais, cognitivas e de comunicação em indivíduos com autismo. Essa abordagem é baseada na ideia de que o comportamento é influenciado por seu contexto e pode ser aprendido e modificado por meio de técnicas específicas.
A ABA é uma abordagem altamente estruturada e individualizada, que se concentra em identificar objetivos específicos para cada pessoa e desenvolver um plano de intervenção personalizado. Os terapeutas ABA utilizam uma variedade de técnicas e estratégias para ensinar e reforçar comportamentos desejados, promovendo o aprendizado e a adaptação ao seu ambiente.
Crianças com autismo geralmente têm dificuldades em se comunicar, interagir socialmente e apresentam padrões restritos e repetitivos de comportamento.
Portanto, a terapia ABA tem se mostrado eficaz no tratamento do autismo, pois visa abordar diretamente os desafios comportamentais e sociais enfrentados pelas crianças autistas. Ao utilizar técnicas baseadas na ABA, os terapeutas podem ajudar as crianças a desenvolverem habilidades de comunicação, interação social e comportamentos adaptativos, proporcionando-lhes maior independência e qualidade de vida.
É baseada em uma série de princípios fundamentais que orientam a intervenção e o ensino de habilidades para pessoas com autismo. Esses princípios são derivados de estudos científicos e têm como objetivo promover o aprendizado e a aquisição de novos comportamentos.
A análise funcional do comportamento é um dos princípios-chave da terapia ABA. Ela envolve a identificação das funções e motivações por trás dos comportamentos problemáticos ou desafiadores exibidos pela criança com autismo. Ao entender o porquê desses comportamentos ocorrerem, de fato, os terapeutas podem desenvolver estratégias eficazes para modificá-los.
O reforço positivo é uma técnica amplamente utilizada na terapia ABA. Consiste em fornecer recompensas ou incentivos quando a criança exibe comportamentos desejados. Então, isso ajuda a fortalecer esses comportamentos e aumentar a probabilidade de sua ocorrência futura.
A modelagem é outra técnica importante na terapia ABA. Envolve a demonstração e o ensino de comportamentos desejados, fornecendo exemplos concretos para a criança seguir. Sendo assim, através da modelagem, os terapeutas podem ajudar a criança a aprender e imitar comportamentos socialmente apropriados.
A terapia ABA oferece uma série de benefícios significativos no tratamento do autismo. Esses benefícios podem ser observados em várias áreas do desenvolvimento da criança, incluindo habilidades sociais, comunicação, comportamento adaptativo e qualidade de vida geral.
Uma das principais áreas de foco da terapia ABA é o desenvolvimento de habilidades sociais. Através de técnicas de intervenção específicas, a terapia ABA ajuda as crianças com autismo a aprenderem a se comunicar, interagir e se relacionar de forma mais eficaz com os outros. Isso pode levar a uma melhoria significativa nas habilidades sociais e na qualidade das interações sociais da criança.
Muitas crianças com autismo têm dificuldades de comunicação, seja expressando suas necessidades e desejos ou compreendendo a linguagem verbal e não verbal dos outros. A terapia ABA pode ajudar a melhorar a comunicação dessas crianças, ensinando-lhes habilidades de linguagem, como falar, ou usando sistemas alternativos de comunicação, como a comunicação por imagens ou gestos.
Comportamentos problemáticos, como agressão, autolesão ou birras intensas, são comuns em crianças com autismo. A terapia ABA utiliza técnicas comportamentais específicas para reduzir esses comportamentos problemáticos, substituindo-os por comportamentos mais adaptativos e socialmente aceitos. Isso pode levar a uma diminuição significativa dos comportamentos desafiadores e melhorar a qualidade de vida da criança e de sua família.
A terapia ABA é um processo complexo que envolve várias etapas e estratégias. O objetivo é desenvolver um plano de intervenção personalizado para cada criança, levando em consideração suas necessidades individuais e objetivos terapêuticos específicos.
O primeiro passo na terapia ABA é realizar uma avaliação inicial abrangente da criança. Isso envolve a coleta de informações sobre o desenvolvimento da criança, habilidades atuais, comportamentos problemáticos e objetivos terapêuticos desejados. A avaliação também pode incluir observações diretas da criança em diferentes configurações, entrevistas com os pais e a realização de testes padronizados.
Com base na avaliação inicial, os terapeutas ABA desenvolvem um plano de intervenção individualizado para a criança. Esse plano descreve os objetivos terapêuticos específicos, as estratégias de intervenção a serem utilizadas e os métodos de avaliação para monitorar o progresso da criança ao longo do tempo.
Os terapeutas ABA começam a implementar as estratégias de intervenção com a criança. Isso pode envolver sessões individuais com o terapeuta, atividades estruturadas, jogos interativos ou outras formas de ensino e prática de habilidades.
Durante o processo de terapia ABA, os terapeutas monitoram de perto o progresso da criança e fazem ajustes no plano de intervenção, conforme necessário. Eles utilizam técnicas de coleta de dados e análise para avaliar o progresso da criança, identificar áreas de melhoria e fazer adaptações no plano de intervenção, se necessário.
Os pais desempenham um papel fundamental no sucesso da terapia ABA. Eles são encorajados a participar ativamente do processo terapêutico, trabalhando em colaboração com os terapeutas para implementar as estratégias de intervenção em casa e em outras configurações do dia a dia da criança.
Os pais recebem treinamento e orientação para entender as técnicas da terapia ABA e como aplicá-las de forma consistente e eficaz. Os pais são incentivados a fornecer reforço positivo para as crianças e ajudá-los com as generalizações.
É importante estar ciente dessas limitações ao considerar a terapia ABA como uma opção de tratamento para uma criança com autismo:
A terapia ABA pode exigir um compromisso significativo de tempo e recursos. Dependendo das necessidades da criança, a terapia ABA pode ser intensiva, envolvendo várias horas de intervenção por dia. Portanto, isso pode ser difícil para algumas famílias, especialmente aquelas com horários ocupados ou limitações financeiras.
A terapia ABA requer terapeutas qualificados e treinados em técnicas específicas. Encontrar terapeutas qualificados para atuar com ABA pode não ser tão simples.
A terapia ABA é uma abordagem que se concentra principalmente em comportamentos observáveis e mensuráveis. Embora isso possa ser eficaz para abordar comportamentos problemáticos, pode não abordar completamente as questões subjacentes ou internas que afetam a criança com autismo.
É por meio de técnicas específicas que a terapia ABA visa melhorar habilidades sociais, cognitivas e de comunicação em crianças com autismo, promovendo seu desenvolvimento e adaptabilidade.
Portanto, ao entender os princípios e benefícios da terapia ABA, os pais e cuidadores podem fazer escolhas informadas sobre as opções de tratamento para suas crianças com autismo. É importante lembrar que cada criança é única e pode se beneficiar de abordagens e intervenções diferentes. Consultar profissionais especializados e tomar decisões baseadas em evidências científicas é fundamental para garantir o melhor suporte e cuidado para crianças com autismo.
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Referências:
1- Instituto singular – acesso em 21/06/2024
2- Instituto Singular – acesso em 24/06/2024
Postado por Autismo em Dia em 05/jul/2024 - Sem Comentários
Você está aí se perguntando como aproveitar as férias escolares com seu filho autista? Não se preocupe, estamos aqui para ajudar! Neste texto, vamos compartilhar com você algumas dicas valiosas que podem fazer toda a diferença para tornar as férias uma experiência prazerosa e inclusiva para seu filho.
Compreender as necessidades e singularidades das crianças autistas é fundamental para planejar atividades e programas harmoniosos durante esse período. Então, abordaremos estratégias como a criação de uma rotina estruturada, adaptação de locais de lazer e a importância de oferecer estímulos sensoriais adequados. Além disso, exploraremos sugestões de atividades que promovem o aprendizado, a diversão e o bem-estar emocional.
Não deixe que o desconhecimento ou a falta de planejamento afetem negativamente suas férias em família. Leia este texto e descubra como tornar esses momentos especiais ainda mais significativos para seu filho autista. Está pronto para embarcar nessa jornada de descoberta?
As férias escolares são um período importante para todas as crianças. Durante as férias, as crianças têm a oportunidade de descansar, se divertir e explorar novas experiências. Para crianças autistas, as férias podem ser especialmente benéficas, pois oferecem uma pausa nas demandas da escola e permitem que elas se envolvam em atividades que sejam do seu interesse.
Além disso, as férias escolares também podem proporcionar às crianças autistas a oportunidade de praticar habilidades sociais e de comunicação em uma variedade de configurações. Durante as férias, as crianças têm mais tempo livre para interagir com os outros, seja com os membros da família, amigos ou em atividades comunitárias. Portanto, isso pode ser uma oportunidade valiosa para que elas pratiquem suas habilidades e se sintam mais confiantes em situações sociais.
Para garantir que as férias escolares sejam uma experiência positiva e inclusiva para seu filho autista, é importante fazer um planejamento adequado. Aqui estão algumas dicas para ajudá-lo a se preparar:
Durante as férias escolares, é importante planejar atividades adequadas para crianças autistas. Aqui estão algumas sugestões:
É possível que você enfrente alguns desafios ao lidar com as necessidades do seu filho autista. Aqui estão algumas dicas para ajudá-lo a enfrentar esses desafios:
Você pode contar com recursos e organizações de apoio para ajudar no planejamento e na realização de atividades adequadas para crianças autistas. Aqui estão algumas opções:
Se você estiver planejando uma viagem durante as férias, é importante considerar a acessibilidade e as necessidades do seu filho autista. Aqui estão algumas dicas para ajudar a tornar as viagens e passeios mais adaptados:
Cuidar do seu próprio bem-estar emocional durante as férias é fundamental para garantir que você tenha energia e recursos para apoiar seu filho autista. Aqui estão algumas dicas para cuidar de si mesmo:
Durante as férias, é importante proporcionar momentos de descanso e relaxamento para as crianças autistas. Aqui estão algumas sugestões:
As férias escolares podem ser um momento especial para as crianças autistas e suas famílias. Com um planejamento adequado, atividades inclusivas e apoio adequado, é possível desfrutar de momentos inesquecíveis juntos. Lembre-se de que cada criança autista é única, e o que funciona para uma pode não funcionar para outra. Esteja disposto a adaptar-se e procurar apoio sempre que necessário. Com paciência, compreensão e amor, você pode tornar as férias uma experiência agradável e inclusiva para seu filho autista.
Esse foi nosso texto sobre férias escolares e autismo, o que achou? Continue navegando pelo Blog!
Referências:
1- Autismo e Realidade – acesso em 02/07/2024
2- Tismoo – acesso em 02/04/2024
Postado por Autismo em Dia em 01/jul/2024 - 4 Comentários
Essa é a história de Lusivânia Santos Andrade, 44 anos. Ela está em processo de alteração do seu primeiro nome para Lívia. Decidiu entrar com pedido de mudança de nome devido sua história de vida, por seu passado causar muita angústia e dor. Lívia é mãe de 3 filhos, uma menina de 21 anos, um menino de 12 anos e outro menino de 4 anos, ambos também encontram-se no espectro. Esse texto é um relato de como a depressão e autismo estão presentes no dia a dia de Lívia e o que ela faz para lidar.
Lívia trabalha como técnica de radiologia e também é psicóloga, formada desde 2023 . Decidiu cursar psicologia devido a história dela e dos filhos com o autismo.
Vamos conhecer melhor a história dela?
Em 2017, foi afastada do trabalho devido a um quadro de depressão. Foi então que decidiu buscar mais respostas para seu sofrimento, pois ela não acreditava que era somente depressão.
Lívia é filha adotiva. Relatou que não teve um ambiente familiar muito favorável. Complementa: ” Eu sempre era diagnosticada com depressão. Sempre tive dificuldade de localização, me perdia nos lugares. Ia para diversos médicos, sempre fui muito curiosa, muito esperta. Eu sabia que tinha alguma coisa errada comigo. Ao longo dos anos eu desenvolvi a depressão.”
Foi na faculdade de psicologia, em uma aula de psicopatologia que ela se identificou com características do TDAH. Meu filho na época estava com 7 anos e tive certeza que ele também tinha TDAH, pois o achava igual a ela. Tinha algumas características que ela ficava em dúvida com relação ao autismo, foi quando buscou uma amiga psicóloga pedindo para indicar um psiquiatra para o filho dela, porque estava com vergonha de dizer que era pra ela.
” Foi quando eu fui para a consulta, de início tive o diagnóstico de TDAH e somente na terceira sessão ele deu o diagnóstico de autismo. Achava que eu ia receber o diagnóstico tranquilamente, mas quando ele falou eu fiquei em choque. Passei um tempo pra poder digerir tudo isso, tive um período de negação. Mas ao mesmo tempo eu tinha alívio e medo também pela rejeição da sociedade.”
Lívia relatou vários episódios onde sofreu abuso em sua trajetória de vida, inclusive na infância. Na vida adulta passou por um relacionamento abusivo, onde permaneceu casada por 15 anos.
Depois de 1 an0 e mei0 que se separou conheceu o seu atual marido, faz 14 anos que estão casados e tiveram 2 filhos meninos.
Lívia começou o tratamento psicológico somente depois do diagnóstico, em 2021, durante a faculdade de psicologia. Teve várias crises nesse período, pois também descobriu o autismo nos dois filhos. Na faculdade se aprofundou bastante em autismo, acabou sendo o seu hiperfoco. Ficava de 10 a 12 horas estudando. Nesse período estava medicada tanto para o TDAH, quanto para a depressão.
“Eu trabalho em um hospital universitário. Na época eu tinha passado em um concurso público em Natal, onde morei por 8 anos. Depois que eu soube do diagnóstico e tive a redução de carga horária, passei a ser perseguida pelos colegas de trabalho. Chegavam a dizer que eu tinha frescura, por questões sensoriais e por crises de ansiedade eu não conseguia ficar no centro cirúrgico. Nunca tive amizade no trabalho. Eu queria ter amizade, eu chorava pro meu esposo. Eu me perguntava: O que eu faço que as pessoas não querem ter uma amizade comigo. Isso gerava mais sofrimento. Os sintomas foram se agravando e foi então que pedi a transferência. Eu sofria muita discriminação e isso foi me adoecendo mais.”
Faz 1 ano que Lívia mudou para Florianópolis, pediu transferência no trabalho. Fez essa mudança para melhorar sua qualidade de vida, pois acredita que em Florianópolis a cultura é diferente, inclusive com relação a forma que as pessoas enxergam o autismo.
A falta de rede de apoio ocasionava em Lívia uma sobrecarga muito grande, mas reforçou que os medicamentos corretos foram divisores de água em sua vida.
Atualmente Lívia faz terapia na abordagem Terapia de aceitação e compromisso (ACT) que compõem as terapias contextual comportamentais.
“Passei por várias abordagens durante 3 anos, mas hoje estou com a abordagem da Aceitação e Compromisso. Foi essa abordagem que fez total diferença na minha vida. É preciso entender o autismo, “aceitar”, mas não de forma passiva , aceitar é entender que experiências dolorosas também fazem parte da vida, e tentar controlar ou se livrar da dor apenas a intensifica. É entender que tenho e o que eu vou fazer com isso. Foi essa virada de chave, de começar a perceber quais são os sintomas, começar a usar mindfulness pra me acalmar nos lugares que eu estava. Saber o que foi que ocasionou uma crise de raiva, a depressão voltar. Foi todo esse trabalho com minha psicóloga dentro da ACT que me fez sair do estado de depressão intensa e de muitos sintomas. Aprender a me perceber foi muito importante pra mim.”
Lívia finaliza com uma mensagem cheia de otimismo: “Finalizo enfatizando a importância do diagnóstico, mesmo que tardio é fundamental para o processo do autoconhecimento e com orientação adequada pode ser libertador além de tornar a vida mais leve e significativa.”
Essa foi a história que nos mostra o quanto a depressão e autismo podem estar relacionados, é preciso ir atrás de informação e de autoconhecimento para entender a fundo o que pode estar causando quadros inexplicáveis de depressão e ansiedade. Não deixe de buscar ajuda caso você esteja passando por algo parecido!
Continue navegando por nosso Blog para conhecer mais histórias inspiradoras como essa.
Postado por Autismo em Dia em 26/jun/2024 - Sem Comentários
Vamos explorar estratégias para reduzir o barulho, criar áreas de descanso, disponibilizar uma programação visual, oferecer atividades sensoriais e muito mais. Além disso, também discutiremos a importância da conscientização e do respeito por parte de todos os participantes, seja criança ou adulto.
Então, se você está planejando participar de uma Festa Junina e deseja torná-la inclusiva para crianças autistas, este texto é para você! Não perca essas valiosas dicas para tornar essa experiência ainda mais especial.
Existem várias estratégias que podem ser adotadas para tornar a Festa Junina mais inclusiva para crianças autistas. Aqui estão algumas dicas valiosas para tornar essa experiência inesquecível:
Crianças autistas muitas vezes têm sensibilidades sensoriais, tornando certos estímulos avassaladores. Para tornar a Festa Junina mais inclusiva, é importante reduzir o ruído e a iluminação intensa. Uma ideia é criar áreas mais calmas e tranquilas onde as crianças possam se retirar caso se sintam sobrecarregadas. Além disso, é importante fornecer informações visuais sobre o que esperar durante a festa, como um programa ou cronograma visual, para ajudar as crianças autistas a se prepararem e se sentirem mais seguras.
Oferecer atividades e jogos inclusivos é essencial para garantir que as crianças autistas possam participar plenamente da Festa Junina. Jogos que envolvam movimento físico podem ser adaptados para permitir diferentes níveis de participação. Além disso, é importante oferecer opções de atividades sensoriais, como pintura com as mãos, massinha de modelar e jogos com texturas diferentes. Essas atividades ajudam a estimular os sentidos das crianças autistas e proporcionam uma experiência mais enriquecedora.
A alimentação é um aspecto importante a ser considerado na Festa Junina inclusiva. Crianças autistas podem ter restrições alimentares ou preferências específicas. É importante oferecer opções inclusivas de alimentos, como opções sem glúten, sem lactose e vegetarianas. Além disso, é fundamental fornecer informações claras sobre a composição dos alimentos, para que os pais e as crianças possam tomar decisões informadas sobre o que comer. Ao considerar as necessidades alimentares das crianças autistas, estamos garantindo que elas também possam desfrutar da variedade de comidas típicas da Festa Junina.
Para garantir o sucesso da Festa Junina inclusiva, é importante contar com recursos e apoio adequados. Profissionais especializados em autismo, como terapeutas ocupacionais e psicólogos, podem oferecer orientações valiosas sobre como adaptar a festa e criar um ambiente acolhedor para as crianças autistas. Além disso, é importante envolver a comunidade e buscar parcerias com organizações locais que possam fornecer recursos adicionais, como materiais adaptados ou voluntários treinados em inclusão.
A inclusão de crianças autistas na Festa Junina não é uma responsabilidade apenas das famílias ou das escolas, mas de toda a comunidade. Parcerias e colaborações são fundamentais para garantir a realização de uma Festa Junina inclusiva e bem-sucedida. É importante envolver escolas, associações de pais, empresas locais e outros membros da comunidade para ajudar a planejar e organizar a festa, compartilhando recursos e conhecimentos. Juntos, podemos criar um ambiente inclusivo e acolhedor para que todas as crianças possam desfrutar da Festa Junina.
A Festa Junina inclusiva é uma oportunidade de celebrar a inclusão e criar memórias inesquecíveis para crianças autistas. Ao adaptar essa tradicional celebração, garantimos que todas as crianças possam participar e se divertir plenamente, independentemente de suas diferenças. Com estratégias como adaptações sensoriais, atividades inclusivas, alimentação adequada e parcerias com a comunidade, podemos tornar a Festa Junina um evento verdadeiramente inclusivo. Vamos celebrar a diversidade e a inclusão, criando momentos especiais para todas as crianças, juntas na Festa Junina!
Gostou do nosso texto sobre Festa Junina inclusiva? Continue navegando pelo Blog!
Referências:
1- Jornalista Inclusivo – acesso em 27/05/2024
2- Adapte educação – acesso em 27/05/2024