9 coisas sobre pessoas autistas que você deveria saber


9 coisas sobre pessoas autistas que você deveria saber

Postado por Autismo em Dia em 15/mar/2021 - 29 Comentários

Este é um período ótimo para chamar a atenção para o TEA, afinal, estamos no mês de conscientização do autismo. Por isso, é uma excelente oportunidade que nós, do Autismo em Dia, temos para ajudar a quebrar algumas ideias que não são bem certas sobre pessoas autistas.

Alguma vez, por exemplo, você já perguntou a si mesmo se o que você pensa ou diz sobre o transtorno é realmente desta forma? Algumas pessoas autistas podem, inclusive, já terem se ofendido com algumas frases que estão no vocabulário popular.

Assim, nós reunimos 9 das coisas mais comuns que a comunidade autista gostaria que você soubesse. E levamos em conta não apenas nossa experiência com pessoas autistas, como também um artigo do site Autism Speaks.

Índice

1 – Não é porque pessoas autistas aprendem as coisas de forma diferente que elas têm pouca inteligência

Quando o assunto é autismo, existe um grupo de pessoas que associa TEA a superinteligência, e outro que acredita que autistas não podem ser inteligentes. Nenhuma das duas ideias está correta.

A própria palavra ESPECTRO se refere a uma variedade bem grande de formas de manifestação do autismo. Existem, sim, os super inteligentes, que muita gente chama de gênio. Essa é a síndrome de Savant, mas ela aparece em apenas 10% dos autistas. ¹

Assim como também existem os autistas que têm formas mais severas e por isso, grande dificuldade de aprendizado. É verdade, também, que muitos aprendem tudo, mas por causa de alguma dificuldade na fala ou em outras formas de comunicação, não conseguem mostrar o que sabem. ²

Se tem algo que a gente pode generalizar, é que a maioria dos autistas tem níveis de aprendizado diferentes, assim como a população que não tem autismo.

2 – O fato de algumas pessoas autistas serem não verbais não significa que eles não ouçam ou não entendam o que é falado perto deles

Um autista que não é verbal é alguém que não consegue desenvolver a fala de uma forma completa, lógica e funcional. E isso não tem nada a ver com ser mudo. Se esse autista for bem estimulado, ele pode, em algum momento, começar usar a fala. ³

Porém, muitos autistas não verbais conseguem se comunicar. Pode ser através de desenhos, gestos, olhares, escrita, comportamentos, entre outros. Desde que exista a intenção comunicativa, o autista se comunica. ³

Ou seja, para se comunicar, independente da forma, é preciso que ele esteja entendendo e absorvendo tudo que é falado no lugar onde ele está. Se não fosse isso, nenhum autista não-verbal conseguiria transmitir qualquer reação sobre qualquer coisa.

3 – O cérebro de um autista funciona diferente, mas em muitas coisas eles são iguais

Todos nós precisamos entender e nunca tirar de vista que o cérebro de alguém que é autista funciona e processa informações diferente das pessoas neurotípicas. Diante das mesmas situações, autistas podem interpretar e reagir de modo totalmente diferente.

E isso tem base científica.

Um longo estudo da Elife Science, feito por cientistas britânicos e japoneses, verificou que o tempo de processamento do cérebro é diferente de quem não tem autismo. O lado esquerdo, que processa a parte sensível do corpo, ou seja, os estímulos externos de olhos, nariz, etc., funciona mais rápido nos autistas. Já o lado direito, que trabalha aprendizado e impulsos motores, é mais lento. 4,5

Pessoas autistas sentem dificuldade de comunicação

Fonte: Autismo em dia

Porém, o lado que é mais lento concentra mais neurônios. Segundo os responsáveis pela pesquisa, isso provavelmente explica padrões de comportamento repetitivos e as dificuldades de socialização. 4,5

Entretanto, humanamente falando, autistas são iguais às pessoas neurotípicas: sofrem, riem, sentem fome, amor, raiva, caem, levantam…

Infográfico sobre pessoas autistas

Fonte: Autismo em dia

Informações sobre autismo

4 – Às vezes um autista que parece rude apenas não sabe se comunicar da forma adequada

Na comunicação humana existem muitas sutilezas. Numa simples conversa rápida de elevador, por exemplo, as pessoas podem expressar graça, ironia, mau humor, entre outros sentimentos. Muitos autistas não entendem essas diferenças e podem, simplesmente, responder uma conversa sem o mesmo entusiasmo que o primeiro que falou. 6

Além disso, autistas com tendências a resolver as coisas de maneira prática e objetiva podem não saber ou nem gostar de jogar conversa fora. A expectativa social pode ser muito pesada para um autista. Por isso, se você já sabe que determinada pessoa é autista, saiba que esse pode ser o único jeito que ele conhece de falar com as pessoas. 6

5 – Autistas e pais de autistas não gostam muito que digam que “não parece que tem nada errado”

Muitas pessoas precisam ver para crer, e isso pode acabar sendo aplicado ao autismo. Só que diferente de outras condições como deficiência física ou síndrome de Down, o autismo nem sempre tem cara. Basicamente, não dá para saber quem é autista ou não apenas pelas características físicas.

Até hoje a única característica física que possivelmente está ligada ao autismo é o tamanho da cabeça. Algumas pesquisas internacionais relataram evidências de que a cabeça de uma pessoa autista cresce relativamente mais do que o normal entre o sétimo e o décimo mês de vida. Porém, é algo específico desse período e, no geral, quase não dá para perceber.

Aqui no site você pode conferir um artigo completo sobre possíveis características físicas do autismo e você pode ler mais sobre esta e outras informações.

6 – Nenhum autista é igual ao outro

O espectro do autismo é bem amplo, como nós já falamos. Por isso podemos afirmar que nenhum autista é igual a outro.

Existem, claro, muitas características que, quando combinadas, levam a um diagnóstico fechado. Porém, considerando não apenas as características comuns de autismo, mas também as diferentes comorbidades, as combinações são quase infinitas. 7,8

Uma comorbidade é uma condição de saúde geralmente associada à outra. Por exemplo: a depressão é uma comorbidade que aparece com certa frequência entre pessoas autistas, o que não quer dizer que todos os autistas têm depressão. 8

Outra coisa que os diferencia são os graus de autismo, que têm muito a ver com o grau de dependência de outra pessoa. De forma resumida, eles são divididos em grau leve, moderado e severo. 9

Pessoas autistas e suas relações

Fonte: Autismo em dia

Como pessoas do TEA se comunicam

7 – Pessoas autistas querem ser compreendidas e aceitas

Como dissemos, existem três graus de autismo – leve, moderado e severo. E a maioria das pessoas autistas, principalmente nos graus leve e moderado, consegue, afinal, pensar por si mesmas, trabalhar, produzir, e serem ativas na sociedade.

Veja o exemplo da Marina Galli, moradora de Catanduva, em São Paulo. Ela é uma mulher, já adulta, com autismo severo. Em muitas coisas, ela é dependente da mãe. Porém, Marina é pintora. Marina expõe e vende sua arte, sendo ativa artística e economicamente na sociedade.

Do outro lado, a gente lembra a história da Thais Mösken. Também autista, só que em grau leve. O que sempre pesou mais na condição de Thais foi sua dificuldade em administrar os relacionamentos interpessoais. Diferente de muitos autistas adultos, Thais conseguiu entrar no mercado de trabalho. Porém, o seu sucesso dependeu de que as empresas por onde passou tivessem a sensibilidade de entender que, apesar de não aparecerem fisicamente, ela tinha suas limitações.

Duas pessoas autistas, uma bem diferente da outra. Mas nos dois casos a recepção social externa foi necessária para que elas alcançassem um lugar de conforto. Mas para muita gente isso não acontece. Não só o mercado de trabalho, mas todos os ambientes da sociedade carecem de lugares que possam ser ocupados por quem está no espectro.

8 – Ao contrário da crença popular, autistas têm sentimento e, sim!, eles se importam com os outros

Esse é um tipo de crença que é fácil saber de onde surgiu. Muitos autistas têm, de fato, muita dificuldade de interagir socialmente. E por não saberem, muitas vezes, quais são os tipos  de comportamento exigidos num local, isso gera uma série de outras dificuldades. Muitos deles acabam tendo problemas para namorar, conseguir um emprego ou analisar uma situação sem o ponto de vista da lógica. 10

É por isso que muita gente pensa que autistas não têm sentimento.

Mas muitos pais de autistas que conhecemos através do nosso quadro dos proTEAgonistas relatam o quanto seus filhos são amorosos., sensíveis e empáticos. Talvez eles realmente não vão demonstrar muita coisa por quem não é muito próximo, mas eles, sem dúvida, têm muito sentimento. E você pode ter certeza que qualquer demonstração será muito verdadeira.

9 – Informação é a chave para o respeito

Como tudo na vida, principalmente numa época de tanta informação disponível pela internet, o autismo sofre da desinformação. É cada vez mais importante consultar fontes confiáveis e que façam o possível para explicar o autismo da forma mais correta.

O TEA ainda está longe de ser cientificamente explicado em todas as suas variedades, mas muita gente vem trabalhando para isso. Professores, médicos, psicólogos, cientistas e até mães e pais, que convivem diariamente com pessoas autistas e sabem, na pele, como algumas coisas funcionam.

Autismo na sociedade

Fonte: Autismo em dia

como lidar com o autismo

Então, se você chegou até aqui, saiba que pode confiar no Autismo em Dia. Todas as nossas informações são verificadas por vários profissionais e, igualmente, por pessoas diretamente envolvidas com autismo. Pode ter certeza que, salvando nosso site entre os seus favoritos e seguindo a gente no Facebook e no Instagram, você vai estar contribuindo para o crescimento de uma comunidade realmente preocupada com o futuro dos autistas.

Até a próxima! =)

Referências bibliográficas e a data de acesso:

1. Instituto Neuro Saber – 07/02/2021

2. Pedagogia ao pé da letra – 07/02/2021

3. Dra. Maria Cláudia Arvigo (Fonoaudióloga infantil – CRFa 2-14545) para o e-book “A Fala do Autista”.

4. Superinteressante – 08/02/2021

5. Elife Science – 08/02/2021

6. Galileu – 08/02/2020

7. O Popular – 07/02/2021

8. Grupo Conduzir – 07/02/2021

9. Instituto Neuro Saber – 07/02/2021

10. Autism Speaks – 07/02/2021

 

“O Autismo em Dia não se responsabiliza pelo conteúdo, opiniões e comentários dos frequentadores do portal. O Autismo em Dia repudia qualquer forma de manifestação com conteúdo discriminatório ou preconceituoso.”

29 respostas para “9 coisas sobre pessoas autistas que você deveria saber”

  1. Aline Moura disse:

    Sou mãe de um autista e sinceramente escuto muito essas coisas que meu filho não parece ser autista que eu nunca vou poder sair fazer mais nada e que todo autista e inteligente e que tem isso tem aquilo a sociedade não esta preparada para o autismo fora que lidar com preconceito e muito difícil só Deus na nossa causa.

    • Autismo em Dia disse:

      Não é fácil Aline! Esperamos que se sinta fortalecida por aqui com os textos informativos e histórias que compartilhamos. Um abraço corajoso.

  2. Carmem Lúcia Ferreira disse:

    Sou mãe azul, filho 21 anos Asperger.
    Concluiu ensino Eletroeletrônico vo no Senai.

    Dificuldades na interação social em compreender e ser compreendido. Não sai sozinho, mundo isolado. Administrador jogos on-line.
    Tenho interesse em vídeos e filmes sobre interação social, instintobx intuição, tomada de decisões e campo profissional.
    Vida adulta (independência e expressão/entendimento e interação/sobrevivência adulta).

  3. Paulo Pacheco disse:

    Cuido d uma neta q foi diagnosticada com TEA há menos d um ano, ela tem 22 anos e eu encontro muita dificuldade, 1°) em relação ao preconceito, 2°) como ajudá-la na socialização, 3°) devo falar p as pessoas com quem se relaciona no condomínio p exemplo, q ela é autista? Eu “acho” q sim. Precisamos de ajuda.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Paulo, como vai?

      É realmente bastante difícil manejar essas situações. Esperamos que encontrem aqui no blog um espaço de alívio e acolhimento. Seria importante terem o apoio de um psicólogo comportamental especialista em TEA para ajudá-los nessas questões. Gostaríamos de poder ajudar mais, mas a verdade é que somente a intervenção de um terapeuta que acompanhe o caso de perto será realmente efetiva.

      Deixamos aqui nosso abraço corajoso.

  4. Ana Paula dos Santos Freitas disse:

    Boa noite! Sou mãe de uma bebê de 1 ano e 8 meses foi diagnosticada a quase um mês com TEA e Hiperatividade. Desde os 5 meses eu já vinha observando ela em algumas coisas que fazia como uma agitação fora do normal, eu falava com a pediatra mas ela dizia que era normal e que ia melhorar. Fizemos fotos de mêsversario dela e ela nunca olhava para a câmera fazíamos de tudo para olhar a única coisa que ela gostava era da alça da máquina, quando ela completou 1 ano eu a chamava e ela não olhava para mim, quer brincar isolada, não sabe brincar, não fala nada e quando quer algo pega em minha mão e me leva até o que quer, não é com todas as pessoas que ela vai…. tem muita dificuldade para dormir, prefere ficar acordada eu me sinto muito cansada pq não consigo seguir o ritimo dela mas vamos que vamos. Ela é um amor, carinhosa, ela é alegre, feliz sabe…. quando entrou na creche a professora de educação especial percebeu o comportamento dela muito diferente das outras crianças pois ela falou que ficou na sala o dia todo e minha filha nem aí para ela enquanto as outras crianças brincaram e falaram com ela. Agora estou na correria para conseguir uma acompanhante para ela na creche. Terei de entrar com um processo para conseguir. Até o tratamento tbm pq aqui onde moro não tem só nas cidades próximas mas para tratar ela lá tenho que ser moradora de uma das cidades. Mas enfim o que não podemos é desistir é um dia de cada vez.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi, Ana Paula. Obrigada por dividir com a gente um pouco da sua história. É sim um dia de cada vez e o mais importante você já está fazendo, indo atrás do que é necessário para auxiliar o desenvolvimento da sua pequena. Ficamos na torcida pra que tudo se desenrole da melhor forma, e continue acompanhando a gente. Um forte abraço!
      ?

  5. Lucimar Ornela A silva disse:

    Eu sou autista bipolar odeio que mente pra mim igual fazer um implante dentário não dói isso dói muito muito mesmo 😢 deveria falar verdade

  6. Lucimar Ornela A silva disse:

    Eu não consigo falar direito não não escrevo certo a minha família me despreza me chama de louca não sou tomo remédio sou seres humanos amo animais pq nunca me mágoa

    • Autismo em Dia disse:

      Olá! Sentimos muito que você esteja passando por momentos difíceis, mas continue firme nos seus tratamentos e estudos, pois isso é importante! Se for possível, peça ajuda para fazer um atendimento psicológico, pois isso pode ajudar a melhorar as coisas.
      Um abraço!

  7. André DeDeKo disse:

    Fui diagnosticado com TEA, fiz os exames escondido da família. Nunca contei pra ninguém, mas vez ou outra, sou chamado de inteligente por pessoas, que mal conheço, mas, tenho interações na internet que sempre me remetem a essa mesma afirmativa. Fico encabulado, levo na brincadeira, e ao contrário, de me sentir orgulhoso ao ser chamado de inteligente, as vezes me sinto constrangido e desconverso. Tenho facilidade na maioria das coisas que são complicadas para os outros, e as vezes me perco com coisas simples por acabar achando que de tão simples e óbvio, acho que está errado. É meio confuso explicar. Se estou feliz, até exagero em expressões. Se estou triste me fecho no meu mundinho a ponto de gerar preocupações na família, achando que tem algo muito sério me perturbando. Já fui a alguns psicólogos que nunca consegui verbalizar sobre o assunto. Alguns meio que percebem e não me sinto a vontade com nenhum deles, a ponto de até mesmo forçar meu erro em coisas óbvias. Estou com 43 anos, não sei e não consigo lidar com a situação e acho que já passou a hora de me adaptar com tal condição. Não quero ser “melhor” do que os outros, mas ser taxado de inteligente, que poderia ser um elogio, as vezes até incomoda. Sou ruim de matemática, ou exatas no geral. Em humanas, converso com pessoas mais velhas e até me sinto confortável por conseguir conversar sobre quase tudo de forma corrente e com conclusões que até surpreendem (palavras dos outros). Fico triste ou feliz de forma instantânea, depende da situação. Vou do céu ao inferno em segundos, e, vice versa… Sofro pela incompreensão, fico feliz pelos elogios a mim relatados quando me expresso bem e no fim me perco nessas situações onde não sei a direção que devo traçar. Achei lindo o escopo do que li, e, triste também… É muito difícil… Tenho medo com o avançar da idade o que posso evoluir ou involuir… Obrigado pela oportunidade de desabafar. Paz e bem. Beijo no coração… André, DeDeKo, meu apelido que gosto mais do que meu nome (ah, amo meu nome).

  8. Ari Dias de Souza disse:

    Boa tarde! Meu filhote tem 2 anos e suspeita de autismo, e ele ñ se aproxima da minha mãe e da minha irmã, pq será?

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Ari!
      A proximidade pode ser mais difícil para crianças autistas ou com outras condições que afetam o neurodesenvolvimento. Pode ser por essa razão, mas apenas um especialista pode dizer isso com certeza. Indicamos que a criança seja atendida por um neuropediatra especializado em autismo para investigar.
      Um abraço!

  9. Sonia Regina disse:

    tenho um neto autista e gostaria d saber pq ele n aceita o nao,qdo acontece ele se joga no chao e grita chorando,sera q é pirraça?

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Sonia. Esses comportamentos podem melhorar com os tratamentos adequados. Orientamos falar com o médico neurologista sobre isso. As terapias para autismo também podem ajudar.
      Um abraço.

  10. Marcia veronica da Fonseca disse:

    Oi.. bom dia ..tenho um neto com 6 anos que é autista e me identifiquei nele e acho que sou autista também…tenho 46 anos ..será que isso é possível…só agora entendo alguns comportamentos meus aos longos anos …muito sofrimento que só agora entendo …agradeço pelas explicações.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá Márcia! É muito comum descobrir o autismo na vida adulta depois do diagnóstico de uma criança. Se desejar ter certeza sobre isso, indicamos que procure atendimento com um neurologista ou neuropsicólogo especializado em autismo. Esperamos que encontre as respostas que procura.
      Um abraço! 💙

  11. kassia disse:

    Olá!
    Sou professora de um aluno autista que quase não fala. Fala apenas algumas coisas repetidas
    em tom bem baixinho.
    Um dia na sala ele fica o tempo todo falando bem baixinho:
    João quer chocolate, João quer chocolate. (João é ele, o autista)
    Eu queria ir comprar chocolate para ele, porém a direção e demais professores diziam que eu não deveria
    fazer gosto dele, porque a mãe já faz muito o gosto dele em casa.
    Fiquei sem saber o que fazer e também com muito dó dele, pois achei que estava com vontade de comer chocolate.
    O que seria correto nesse caso? Dar o chocolate ou não?

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Kassia! O ideal é conversar com a mãe dele sobre isso, pois alguns autistas podem ter restrições quanto a alimentação.
      Além disso, a repetição de palavras ou frases é chamada de ecolalia, e essa fala pode não significar exatamente o que parece. Ou seja, pode não significar que ele está com vontade de comer chocolate e, dar o chocolate, não necessariamente vai fazer com que ele pare de repetir a frase.
      Converse com os responsáveis pela criança sobre isso para poder agir de acordo com o que for mais adequado ao caso.
      Um abraço.💙

  12. Sandra Borges disse:

    Boa noite, tenho uma aluna com TEA grau de suporte 3 , e quando tento realizar uma atividade com ela, ela começa a rir. O que pode significar esse riso. Grata pela atenção!!

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Sandra. Cada pessoa é única, por isso não temos como saber o motivo dela reagir dessa forma. Indicamos conversar com os pais ou responsáveis e questionar se ela faz algum tipo de tratamento e, se sim, é uma boa opção entrar em contato com os terapeutas para entender melhor essa questão. Isso também pode ser útil para entender qual a melhor forma de trabalhar com ela.
      Obrigado por deixar seu comentário. 💙

  13. Senara Correia Santos disse:

    Bom dia meu filho quando vai dormir ele acorda no meio da madrugada se tremendo todo e assustado depois que ele se acalmar ele diz que viu um homem na cama dele. será que isso é coisa da cabeça dele ou é mais algum dos sintomas do autismo que tá aparecendo.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Senara. Não se trata de um sintoma de autismo. É importante procurar o neurologista e relatar o ocorrido para investigar a causa desse problema surgir durante o sono.

  14. Ana Maria fidelis disse:

    olá boa noite tenho um filho autista com 17 anos graças adeus ele terminou o 3 ano do ensino médio ele é muito enteligente só não consegue enteragir com ninguém fala muito pouco e se assusta com tudo e sempre fica falando de um homem preto que manda ele fazer coisas errada eu como mãe digo a ele que esse homem preto não existe ele faz tratamento no capsi com psicólogo e psiquiatra meu filho é o amor da minha vida

  15. Eliane disse:

    Boa noite,sou mãe de uma menina autista de 10 anos,me sinto tal mal quando as pessoas falam que ela não parece ser autista pq ela é muito inteligente,eu não consigo me relacionar com homem nenhum ,pq no início é uma coisa mais depois ao ver a inteligência da minha filha já fica criticando,dizendo que ela não tem nada,
    e quando ver os comportamentos dela diferente, diz que é ousadia que dou,eu me sinto muito mal com isso.Por isso já decidir a não me relacionar com mais ninguém.pq as pessoas não entendem o que é uma pessoa com sutismo.vou viver a minha vida só com minha filha,pq as pessoas não entendem.

    • Autismo em Dia disse:

      Plá, Eliane. Muito ruim mesmo ter pessoas invalidando o diagnóstico de sua filha. Um abraço e força!💙

  16. Renio disse:

    Sou autista, descobri depois dos 42 anos, sofri muito antes de descobrir, me chamavam de louco, não saia de psiquiatra tomando anti depressivos poderosos, internação em pesiquiatria era muito ruin, hoje não to de boa, o problema é que ninguem entende sou independente em tudo, mas as manias os toques e não saber mentir; isso é terrivel eu sofro demais as pessoas não entensem. Depois de diagnosticado como sindrome de asperger minha vida mudou para melhor.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Renio. Que bom que o diagnóstico melhorou sua vida. Lembrando somente que o termo Asperger não é mais utilizado, agora é autismo Nível 1 de suporte. Um forte abraço!

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