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Postado por Autismo em Dia em 14/jul/2023 - 10 Comentários
Ainda existem poucas respostas da ciência sobre a relação entre autismo e convulsão. No entanto, há um número interessante: hoje, estima-se que aproximadamente 30% dos casos de autismo também apresentam quadros de convulsão, enquanto comorbidade. E isso é algo que pode ser notado na frequência cada vez maior de pais e mães de autistas relatando casos semelhantes.
O que se busca, atualmente, são respostas sobre de que forma as duas coisas estão interligadas e como uma interfere na outra.
Para que ocorra um real entendimento da relação, é preciso que tenha acompanhamento e estudos de exames de neuroimagem, entendimento de processos inflamatórios, bem como de questões associadas à genética e a processos neuroquímicos.¹
É importante entender, também, que tanto a convulsão é considerada uma comorbidade do autismo, quanto o autismo pode ser uma comorbidade presente em pessoas que apresentam crises convulsivas.
Esse tema é de extrema relevância, já que a porcentagem de autistas que podem ter crises convulsivas é relativamente alta. Por isso, vamos entender melhor, a seguir, o que cada uma das condições apresenta em comum e como entender sobre isso pode ser importante para a comunidade autista.
Índice
Existem dois tipos de crises convulsivas:
As crises focais podem estar associadas ou não à perda do nível de consciência. Além disso, pode acontecer alguma alteração psíquica e sensorial, que podem ser: ²
Existem dois tipos de crises generalizadas, a crise de ausência e a crise tônico-clônica – termos que ajudam a entender e diferenciar as formas de ação.
A crise de ausência pode acontecer de forma tão breve que, às vezes, a pessoa nem se dá conta de que teve uma crise de ausência. Isto porque os sinais podem ser bem mais discretos e silenciosos: olhar perdido, falta de resposta quando a pessoa é chamada pelo nome e, se a crise durar mais de 10 segundos, podem ocorrer movimentos automáticos, como o olho piscar e o tremor dos lábios.²
Já as crises tônico-clônicas estão ligadas à perda de consciência e podem durar pouco tempo, ocorrendo em duas fases, a tônico e a clônica.
Na fase tônica, ocorre o enrijecimento de todos os músculos de pernas, braços e tronco. Em seguida, ocorre a fase clônica, em que começam contrações rítmicas e incontroláveis. Nas duas fases pode ocorrer o aumento da salivação, ficando mais branca e espumosa.
Quando ocorre uma crise com espasmos, o ideal é colocar o autista em uma posição de lado para facilitar que a saliva saia, evitando que ela engasgue com os próprios fluidos. Importante, ainda, proteger a cabeça e apenas esperar a crise passar, caso não exista um risco físico. Caso seja necessário, chame a ajuda de um serviço de emergência.¹,²
Tanto em crianças como em adultos, um único caso de convulsão já é motivo suficiente para uma investigação profissional. No caso da criança, você pode ir em busca de um neuropediatra, enquanto um adulto deve consultar um neurologista. Em ambos os casos o profissional deverá fazer exames necessários e complementares para entender as causas e indicar o tratamento.
Muitos adultos, inclusive, só percebem as crises depois de muitos anos por conta de terem, principalmente, as crises de ausência que demoram a serem notadas. Se este for o seu caso, não ignore os sinais!
Existe uma semelhança entre autismo e sinais de convulsão. De modo geral, ambos têm seus primeiros sinais evidenciados durante a infância ou adolescência.
No entanto, o autismo e as crises convulsivas podem acontecer juntas por razões distintas. Há pessoas que podem apresentar as duas comorbidades por terem as duas condições na genética desde o nascimento. Outras podem ter desenvolvido crises convulsivas por uma patologia cerebral comum, como a rubéola congênita ou a síndrome do X-frágil.
E existem, ainda, os casos em que o autismo pode ser decorrente de um processo epilético que interferiu no funcionamento de uma parte do cérebro específica, parte esta que é associada à comunicação e ao comportamento social, como é o sistema límbico.¹
Quando acontece de uma pessoa autista apresentar crises convulsivas, em grande parte dos casos são pessoas diagnosticadas com um nível mais severo de autismo. Mas isso não exclui que pessoas com nível 1 ou nível 2 de autismo também apresentem quadros de convulsão em algum período da vida.
Algumas pesquisas defendem a tese de que um número grande de mutações genéticas têm autismo e crises convulsivas como umas das sequelas possíveis. Porém, não existe apenas uma explicação, mas uma delas é que ambas as condições de saúde apresentam uma sincronia anormal de sistemas no cérebro ligados às conexões entre os neurônios (sinapses).³
Quando o autista é cuidado por um adulto, no caso de crianças ou autistas mais velhos que precisam de mais auxílio, perceber as convulsões pode ser mais simples. No entanto, este pode ser um desafio específico de autistas adultos com níveis menores de dependência, caso eles vivam sozinhos e tenham crises silenciosas.
Alguns sinais comuns notados mais facilmente, são:³
Em muitos casos, os indivíduos que passam por crises também sofrem regressão do desenvolvimento em alguma área da vida, como linguagem, socialização, estudos, entre outras.
O gerenciamento deve ser atento e constante. Entenda como você pode auxiliar no processo de gerenciamento das crises: ³
Tendo em vista que muitos casos de autismo e crises convulsivas acontecem com uma parcela de crianças e adolescentes. É muito importante que mais pessoas estejam informadas sobre essa possível relação, pois os ambientes devem estar mais preparados caso precisem lidar com alguém em crise.
Não é incomum pessoas serem pegas de surpresa e não saberem como fazer uma prestação de socorro adequada. Isso é absolutamente normal, mas, como vimos acima, essas dicas podem ajudar. Por isso, compartilhe esse conhecimento para chegar em mais pessoas.
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Referências:
1- Scielo 5 – Acesso 27/06/2023
2- Drauzio Varella – Acesso 27/03/2023
3- Epylepsi.com – Acesso em 30/03/2023
4- Neuroconecta – Acesso em 30/03/2023
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Boa tarde meu nome e Angela sou mãe de um pré Adolescente de 12 Anos há três dias atrás ele teve uma crise de madrugada tínhamos chegado de um aniversário tomámos banhos lachamos e cuidamos da higiene bocal e formos dormir percebi com rapidez que ele tava dormindo junto de me fiquei em Pânico pq com a idade de 12 anos ele nunca tinha dado uma crise dessa fiquei louça pensei até qui fosse um infarto meu filho com Autismo nunca tinha passado ou presenciado uma coisa desse tipo cheguei apesar que ele morreria nos meus braços na quelé momento em torno de 5 a 8 minutos talvez tenha caído menos tempo eu voltou em se minutos levei pra emergência só lá descobrir que era convulsão Meus Deus tou ainda sofrendo com aquele momento luto pea esquecer pq a Experiência foi tramatica claro conversando com outras mães e amigos e familiares tou mas calma !!!! Essa informação pra me foi um presente gostaria de receber mas conteúdo gratidão
Olá, Angela. Que bom saber que o conteúdo ajudou você. Sentimos muito pelo ocorrido, e orientamos que ele seja atendido por um neurologista para que verifiquem a necessidade de fazer algum tratamento que previna que outras crises assim aconteçam. Tudo de bom pra vocês. 💙
Essas informações são muito relevante, eu tenho um filho com Tea, ele teve a primeira convulsão em 2022 com 9 anos, e outra agora em dia 08.03.24 durante a noite dormindo, foi desesperador.
Como ele já tinha apresentado a primeira crise, eu já sabia que se tratava de uma convulsão, acompanhei ele até parar de se debater, ele ficou desacordado, coração quase q não consigo senti-lo, levamos para o hospital no caminho ele vomitou bastante.
Foram momentos horríveis. depois de um tempo ele estabilizou.
a primeira vez fizemos exames de ressonância do crânio e eletro, não constatou nenhuma anormalidade.
dia 14.03 estará indo ao neuro para receber orientações.
Olá, Dayane. Que bom que vai ao médico, é esse o caminho mesmo. Um abraço!
boa noite meu irmão é autista ele tem convulsão assim com se machuca muito na hora da convulsão tem remédio para suspender a convulsão
Olá Isac, com certeza existem medicamentos para controle das crises, mas somente um médico neurologista pode ajudá-lo. Um abraço!
Meu filho tem 24 anos, e ele tem crises convulsivas desde dos 4 meses de idade, até o presente momento a crise nunca foi controlada, já usou diverso medicamentos. Ele apresenta algumas características de autista. Fato é que já buscamos em muitos neurologistas uma resposta para o caso dele, assim como já foi realizados muitos exames, mas não temos o motivo de tantas crises. Ele tem muitas sequelas por conta das crises, gostaria muito que meu filho tivessem uma qualidade de melhor de vida, assim como toda minha família. Moro em Brasília. José Milton Responder
Olá, José Milton, sentimos muito por isso. Esperamos que você consiga encontrar alguma resposta e um caminho mais satisfatório para as crises. Continue acompanhando o Blog. Um abraço!
Olá me chamo Rosimery. Tenho um neto autista ele vai fazer 12 anos de idade, e ele nunca teve esse tipo de ataques que não sabemos se é epilepsia ou confusão, estamos em busca com os médicos pra saber, mas gostaria de saber se todos autistas com uma certa idade é certo o correr esse tipo de situação, e se tem cura? Eu hj prescensie foquei em estado de choque ver meu netinho naquela situação ele chegou a ficar roxo foi um desespero me ajudem pelo amor de Deus, é normal esse ataques agora nessa idade? E por qual motivo está acontecendo isso agora?😢😢😢😢😢😢😢😢😢😢😢😢😢😢
Olá Rosimery, nem todas as pessoas autistas passam por isso, é algo para ser investigado, causa e forma de controlar as crises, normalmente com medicação. Um forte abraço 💙