A camuflagem do autismo em meninas e mulheres


camuflagem do autismo

Postado por Autismo em Dia em 15/out/2021 - 36 Comentários

Você já reparou que a maioria dos autistas que conhecemos são meninos e homens? Já se perguntou o porquê disso acontecer? É verdade que, devido a um fator genético, as pessoas do sexo masculino provavelmente têm mais chances de serem autistas. No entanto, a questão da camuflagem das características do autismo é um fator a se levar em consideração. Isso porque, muitas vezes, as meninas e mulheres mascaram tanto o autismo que acabam não sendo diagnosticadas. Além disso, existe o fato de o autismo se manifestar de diferentes formas nas mulheres e os testes mais usados para diagnosticar o autismo terem sido desenvolvidos com base nos sintomas mais comuns nos homens.

Tudo isso somado ao comportamento de camuflagem, podem fazer com que o diagnóstico das meninas e mulheres seja muito mais difícil. É claro: a camuflagem não é um fenômeno que ocorre apenas nas mulheres. No entanto, especialistas apontam que esse tipo de comportamento é muito mais presente em mulheres do que em homens. 1

Quer saber mais sobre esse importante tema? Então continue a leitura!

Índice

O que é a camuflagem do autismo

A camuflagem do autismo é um tipo de “habilidade”, nem sempre positiva, aprendida pelo autista, através da observação do ambiente ao seu redor. É muito comum que esse tipo de comportamento inicie na idade escolar, quando a criança começa a conviver com coleguinhas neurotípicos e passa a tentar se encaixar, escondendo, contendo ou adaptando, de certa forma, os comportamentos que podem ser vistos como diferentes, desajustados ou até mesmo inadequados. Apesar de isso ser mais comum nos ambientes sociais, algumas crianças podem começar a mascarar o autismo muito cedo, quando suas interações se concentram mais no âmbito familiar. Isso acontece, geralmente, quando os pais e cuidadores da criança repreendem comportamentos como as estereotipias.

Mascarar o autismo pode parecer ter um papel interessante em alguns aspectos. Isso porque torna a vida social e profissional muito mais simples. O autista pode, de fato, ser mais incluído nos grupos e sofrer menos bullying nas escolas. No entanto, a verdade é que o preço dessa camuflagem pode ser alto.

Quase todo mundo faz pequenos sacrifícios para se encaixar melhor ou para ser aceito socialmente, mas a camuflagem exige um esforço constante e elaborado. Ela pode ajudar as mulheres com autismo a manter seus relacionamentos e carreiras, mas isso também pode levar a exaustão física e mental e a ansiedade.1

“A camuflagem frequentemente se desenvolve como uma estratégia de adaptação natural para navegar pela realidade.” – Kajsa Igelström, professora de neurociência na Universidade de Linköping, Suécia.

Além do esforço constante para se encaixar e de todos os males que acompanham isso, as pessoas que aprendem a camuflar o autismo podem sentir que seus vínculos não são tão genuínos. Afinal, se a pessoa está sempre escondendo quem realmente é, como ela vai ter certeza de que é verdadeiramente apreciada?

Os principais exemplos de camuflagem

Fonte: Envato – foto de Pressmaster

Existem muitas possibilidades quando o assunto é camuflar o autismo. Saber como essa camuflagem acontece é importante para ficar atento a esses sinais e procurar ajuda, quando necessário. Isso pode poupar anos de esforço para se encaixar e proporcionar mais aceitação, o que colabora na qualidade de vida e saúde mental e física para a menina/mulher autista. O mascaramento do autismo pode acontecer com todos os tipos de sintomas. Confira os principais exemplos disso:

Olhar nos olhos

Para camuflar a dificuldade em fazer contato visual, alguns autistas desenvolvem truques, como olhar para o ponto que fica entre os olhos da outra pessoa, ou para suas sobrancelhas. Isso se torna cada vez mais desgastante, afinal, a interação social faz parte do dia a dia dessas pessoas, que precisam reproduzir esses “truques” diariamente.

Disfarçar estereotipias

Balançar o corpo para frente e para trás, sacudir as mãos ou ficar batendo com os pés no chão são alguns exemplos de estereotipias. Existem diversas razões para esse tipo de comportamento, sendo o principal deles a autorregulação.

Um autista pode precisar se autorregular quando se sente ansioso, estressado, sobrecarregado ou entediado. Desde que esse comportamento não seja prejudicial para a integridade física da pessoa autista, não existe razão nenhuma para que ela precise suprimir esses movimentos. Ou pelo menos, não deveriam existir motivos. Mas a realidade é que muitos autistas são alvos de piadas e bullying por causa das estereotipias, e então encontram formas de esconder essas necessidades.

Para extravasar a energia contida, autistas relatam desenvolver outros tipos de comportamentos que não chamem tanta atenção, como rabiscar uma folha, manipular um objeto nas mãos, “batucar” sobre a mesa de forma rítmica ou balançar as pernas discretamente embaixo da mesa.

Ensaiando interações

A interação social é certamente um desafio para muitos autistas, isso não é segredo. As razões para isso são diversas, sendo a dificuldade em lidar com a imprevisibilidade dos diálogos uma das principais delas. Ensaiar sorrisos, diálogos, piadas e outros tipos de interações é muito comum entre os autistas que camuflam. Isso faz com que a pessoa se sinta mais confiante e aceita pelos outros.

Lidando com interesses restritos

O hiperfoco é comum no autismo, e isso pode ser ainda mais intenso para aqueles que têm também TDAH, uma das comorbidades mais comuns nos autistas. Alguém que foca muito em um determinado assunto pode ser considerado como “estranho” por muitas pessoas neurotípicas, afinal, esse não é um comportamento muito comum.

Ao perceber que as pessoas costumam mudar de assunto com frequência, ou ao ser chamada a atenção sobre só falar sobre a mesma coisa sempre, o autista passa a mascarar esse comportamento. O impulso de falar sobre o hiperfoco existe, mas ele é reprimido. Aqui, novamente, a pessoa pode incluir a técnica de ensaio, criando roteiros sobre outros temas para se encaixar.

Também é muito comum que a pessoa se envolva em grupos que têm aquele mesmo interesse. Dessa forma, ela consegue exteriorizar seu hiperfoco sem que isso seja visto com maus olhos. 2

Por que as mulheres mascaram mais?

mascaramento do autismo

Fonte: Envato – Foto de Pressmaster

Estudos realizados entre homens e mulheres do espectro concluíram que o comportamento de camuflagem do autismo é muito mais frequente nas meninas e mulheres do que nos meninos e homens. As razões para isso acontecer ainda não são totalmente claras, mas existem algumas possibilidades que certamente chamam a atenção. Dentre elas, se destaca o fato de que as mulheres são condicionadas a serem “agradáveis e sociáveis” desde muito cedo.

De fato, até mesmo entre os neurotípicos, meninas e mulheres são podadas e orientadas sobre como devem se comportar para serem socialmente aceitas. “Seja doce e gentil.”, “Seja educada”, “Sorria.” “Não sente com as pernas abertas”, “Não fale palavrão”… Você reconhece essas falas? Ainda que existam situações em que os meninos sejam cobrados por coisas similares, a maior exigência sempre esteve sobre as meninas. Nesse sentido, é compreensível que essas meninas estejam mais propensas a mascarar seus impulsos para se adequarem ao convívio social. 3

O que fazer sobre a camuflagem do autismo?

“Camuflagem”. Nós falamos muito essa palavra durante o texto, não é mesmo? Mas em algum momento você parou para refletir sobre o significado dela? Se não, convidamos você a fazer isso agora.

Camuflar significa fazer adaptações para se esconder, passar despercebido, não ser visto. O autista não precisa passar despercebido. Ele precisa ter liberdade para ser quem realmente é. Ele precisa ser aceito sem precisar se esforçar e sacrificar partes de si mesmo para isso. É claro que, assim como na natureza os animais se camuflam como uma forma de proteção, a camuflagem no autismo surge com o mesmo objetivo. Não estamos aqui para dizer que você, autista, deve abandonar essa estratégia. Afinal, cada ser é livre para fazer escolhas. No entanto, queremos te convidar a refletir sobre os custos da camuflagem a médio e longo prazo. Será que esconder seus traços é justo consigo? Será que vale a pena?

Essas são questões que podem ser difíceis de responder, e certamente cada um terá diferentes aspectos de suas vidas para levar em consideração. De qualquer forma, esperamos que, quando a máscara ficar muito pesada, você tenha um porto seguro onde possa deixá-la de lado. E é claro, se com tudo isso que você leu, chegou à conclusão de que a camuflagem do autismo não vale a pena, procure ajuda de um psicólogo para te auxiliar a trabalhar as questões por trás dessa característica.

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Obrigado pela leitura e até a próxima! ?


Referências e datas de acesso:

1- Spectrum – Acesso em 22/09/2021.

2- Spectrum – Acesso em 22/09/2021.

3- Spectrum – Acesso em 22/09/2021.

“O Autismo em Dia não se responsabiliza pelo conteúdo, opiniões e comentários dos frequentadores do portal. O Autismo em Dia repudia qualquer forma de manifestação com conteúdo discriminatório ou preconceituoso.”

36 respostas para “A camuflagem do autismo em meninas e mulheres”

  1. Agilson disse:

    Após o diagnóstico do meu filho a neuropediatra disse que eu tinha traços de autismo. Lendo esse texto, eu vejo que tudo se encaixa. No momento não sei bem o que tô sentindo por que parece que eu consegui achar palavras para o que eu to vivendo desde sempre….. Mas por outro é tão triste por que eu não sei viver sem fazer isso.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Agilson, como você está? Veja, está tudo bem ser como você é! Seria legal você buscar acompanhamento de um psicólogo comportamenta para lidar com essas questões tosas, é realmente bastante assustador descobrir-se no espectro. Deixamos aqui nosso apoio e um abraço corajoso.

  2. Arlete Pires Taoussani disse:

    Sim. Eu gostei. Fui diagnosticada com TEA este ano depois de muitas idas e vindas entradas e saídas de consultórios. Acho importante no momento em que tem algo de errado com você quando uma luz ascende é hora de encontrar o seu caminho.

  3. Jossandra Nogueira Mendes disse:

    Meu nome é Jossandra Nogueira Mendes e de uns meses pra cá, percebo certas atitudes estranhas em mim que antes não percebia, pois tive epilepsia por 35 anos e após a cirurgia que fiz minha visão ficou mais ampla e é estranho porque sinto dificuldade em me socializar e me esforço para interagir e olhar para os de outras pessoas se tornou difícil, e eu não era assim, pois como estou no processo de desmame dos medicamentos tenho a impressão que minha vida mudou de ruim para estanha e eu senti diferença de comportamento após a cirurgia e o desmame dos remédios, não sei como explicar, mas é difícil entender até para mim

    • Autismo em Dia disse:

      Olá Jossandra, como você está? É uma situação realmente complexa. Você tem dividido com o seu psiquiatra essas mudanças que tem sentido após a cirurgia e durante o desmame dos medicamentos? Também seria importante ter apoio psicológico nesse momento, indicamos que busque um psicólogo comportamental para acompanhar essa fase delicada de transição. Esperamos que fique bem. Um abraço!

  4. Priscila Dias disse:

    Olá meu nome é Priscila Dias
    acho que me identifico, por que desde pequena até hoje tenho movimentos repetitivos, tenho dificuldade de me socializar com as pessoas(falo com poucos),tenho dificuldade em olhar nos olhos das pessoas, me irrito facilmente e choro, tive dificuldade de aprendizado e sou muito fechada,cabisbaixa, sorrio pouco e as vezes choro.
    minhas “manias” como meus pais dizem eram constantes e fui camuflando aos poucos porque achava que estava incomodando, tentei me adaptar a sociedade também como na sexualidade com em relacionamento, tive meu primeiro contato sexual, mas não gostei; eu não tive reação nenhuma e acabei chorando irritada. meu relacionamento foi a mesma coisa, não conseguia interagir com meu ex namorado e acabou ele me traindo; resultado: fiquei mais deprimida e tive principios de esquisofrenia. Hoje em dia nem consigo olhar pra minha mãe direito.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Priscila, como você está? Lamentamos que se sinta assim, realmente, os desafios relacionados ao TEA somados a forma como a sociedade lida com as questões de gênero podem criar um ambiente bastante difícil e hostil para as mulheres autistas Não se culpe pela relação que não funcionou, pois quando algo vai bem no relacionamento, a resposta nunca é a traição.

      Esperamos que se sinta acolhida por aqui. Recomendamos que busque apoio de um psicólogo comportamental especialista em TEA para te ajudar a enfrentar essas questões tão complexas. Um abraço corajoso.

  5. Jamile disse:

    Olá me chamo jamile, tenho 36 anos e tenho um filho de 9 anos autista procurei estudar um pouco sobre autismo e sempre me vi em alguns dos sintomas mais não dava devida atenção ,até mesmo os psicológicos do meu filho sempre acabavam pedindo para que eu também procurasse o psicólogo e hoje vendo essa matéria intendo que eu também tenho um grau de autismo, não sei o que fazer ,estou triste por saber agora diante de tantas coisas que ja passei na minha vida a qual poderia ter sido evitada diante de um diagnóstico preciso.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Jamile!
      Encorajamos que busque investigar com especialistas em autismo em adultos, como psicólogos, psiquiatras, neurologistas ou neuropsicólogos.
      Um abraço.

  6. Flávia disse:

    Oi bom dia, eu estou com uma suspeita forte de que eu tenha autismo pois desde criança me forço a me socializar e isso me desgasta demais, estou ficando agoniada com isso pois não aguento mais me achar um bicho estranho que não gosta de sair de casa
    Tenho tomado remédios para depressao, ansiedade e desvio de foco, cada vez mais me sinto loca por nada funcionar.
    Nao me relaciono direito com ninguém e não gosto de ficar perto, sinto que dentro do meu quarto é o único lugar tranquilo pra se descansar, sou meio tapada em questão de ver maldade nas outras pessoas e acabo sendo ferida, nesses casos é como se eu tivesse um livro de informações de cada coisa q eu passei pra mim aprovar alguém.
    Enfim ficou mto longo, eu gostaria de saber se tem alguém que possa me ajudar a ter um diagnóstico melhor sobre meus “surtos”
    Desde já obrigada

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Flávia! Alguns dos comportamentos e sentimentos que você apontou são sim fortes sinais de TEA. No entanto, apenas um especialista pode dizer isso com certeza. Indicamos que você procure ser atendida por um neurologista especializado em autismo.
      Um abraço!

  7. Aparecida carvalho disse:

    Lendo todo este artigo,minha bebê de 5 anos está buscando diagnóstico,antes de ler eu comecei a perceber vários esforços que ela faz para ser aceita,ela imita as pessoas,as crianças para poder interagir.
    Quero apenas que ela seja ela mesma.
    E agora entendo pq e tão difícil o diagnóstico feminino.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Aparecida! Ficamos felizes em saber que ela está em processo de investigação, e esperamos que vocês encontrem as respostas que procuram.
      Um abraço carinhoso do Autismo em Dia para vocês.

  8. Zenólia Saraiva de Carvalho disse:

    Gostei muito deste artigo. Meu neto aos 02 anos foi diagnosticado com autismo, já está tendo acompanhamento dos profissionais e já percebemos sua evolução. Eu fui buscar entender um pouco do autismo para lidar e ajudá-lo, com isso, foi uma grande descoberta, minha mãe aos 84 anos encaixou muito nos comportamentos no TEA. A sua seletividade alimentar, as dificuldades com os tecidos, a ingenuidade para falar da sua própria intimidade. Sua franqueza para falar o que acha. Não gosta de festa ou aglomerações, sempre fala que o som está muito alto. Odeia surpresa, tudo tem que ser avisado com antecedência. E mais um monte de coisas que encaixa perfeitamente. Ainda não buscamos um diagnóstico, mas, agora tudo faz sentido. Estamos lidando muito melhor com ela. Mais carinho, sabedoria e muito amor. Obrigada pelo artigo!

    • Autismo em Dia disse:

      Que história interessante, Zenólia! Nós que agradecemos por deixar seu relato. Um abraço!

  9. Zenólia Saraiva de Carvalho disse:

    Eu fiz um comentário acima, e gostaria de relatar que minha mãe foi assim a vida inteira. Temos relatos dos meus tios que também são idosos que contavam como era minha mãe na infância. Infelizmente ela não conseguiu aprender a ler e escrever, sentia muita dificuldades e tinha pouca paciência. Mas, aprendeu a fazer vestidos lindos e coloridos feito á mão, sem ninguém ensina-la, e somente para ela. Até hoje continue costurando! Só usa as roupas que ela faz. É muito bom entender os comportamentos, assim a gente faz o melhor.

  10. Leila S.O disse:

    Nossa ao ler essa matéria fiquei com ponto de interrogação será que tenho um leve grau de autismo???
    Sempre fui mto arteira nunca me senti bem em ter amizade com meninas pois me sentia um patinho feio heheh… e por isso era mais fácil ter amizade com meninos mas sempre mais novo que …. tenho dificuldade de concentração não consigo interpretar textos terminei os estudos pq era obrigado mas nunca gostei de estudar…
    A única coisa que sempre gostei é da Área de Informática e tecnologia isso eu consigo entender e colocar em prática….
    Tento não ficar pensando no que será o meu futuro vivo o hoje procuro ocupar minha mente o máximo possível…..
    Não consigo participar de encontro familiar
    p participar tem que ser algo que me interessa casa contrário eu fico quieta mas minha mente está em outro lugar….. esqueço mto fácil só não esqueço caso me interessa…
    Não faço questão de sair de casa
    Tenho poucos amigos não confio nem na roupa que visto heheh…
    aos 34 o psiquiatra disse que eu era imperativa…
    agora entendi pq apanhei mto devido minhas artes….
    Hoje estou com 42 anos passei por umas turbulência conjugal…. tento não ficar remoendo… aprendi a fazer pulseiras Macramê e isso está sendo terapia….mtos dizem que transmito ser uma pessoa forte….Mas só eu sei o que sinto e o medo que tenho…. como eu tenho um filho eu faço de tudo p não deixar meu filho ser igual eu insegura.
    Eu sinto como se eu conversasse o tempo todo mas na verdade são meus pensamentos
    e tento sempre ver o lado bom dos meus problemas
    e isso tem me ajudado mto … a nossa mente tem poder de nos dar a vida mas tem poder de tirar nossa vida….

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Leila!
      Para investigar o autismo em adultos, é indicado procurar por neurologistas especializados em autismo. Geralmente, é necessária uma avaliação neuropsicológica para chegar ao diagnóstico. Esperamos que encontre as respostas que busca.
      Um abraço!

  11. Alleska disse:

    oi meu nome é alleska Verônica e eu tenho 18 anos atualmente. Sabe….eu suspeitei que tinha algum problema mentalmental dês de quando eu tinha 16 anos porém não levei tanto em consideração essa suspeiteita. Agora tenho 18 anos e acho que tenho mesmo algum problema mental tipo autismo leve pq eu me encachei em todos os sintomas e também isso explica muita coisa do meu passado,sabe me recordo que eu sempre era vista e descrita pelos meus colegas na 7 série do fundamental quando eu tinha 12 anos como maluca tipo assim: “alleska é doida “há há Ah e eu ria pq eu nunca fui de me ofender. Sinto saudades da 7° série pq foi meu ano de pico eu era completamente asociavel não tinha essa dificuldade hoje eu tenho e sinto muita dificuldade e me interagir com meus colegas neuros típicos.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Alleska! Se você se identificou com os sintomas, indicamos que procure atendimento com um neurologista ou neuropsicólogo especializado em autismo. Dessa forma, é possível saber com certeza se você está ou não no espectro.
      Orientamos que, de qualquer forma, busque também por um psicólogo ou psicóloga, pois esses profissionais podem te ajudar a superar as dificuldades que você relatou.
      Um abraço. 💙

  12. Alleska disse:

    hoje eu estou no 3 ano do ensino médio e o ano letivo tá já acabando e na minha opinião o melhor ano foi a 7 série cara foi demais 😜 bons tempos…. agora a respeito de interação social eu sou péssima e percebi que quanto mais eu fico mais velha mais analfabeta eu fico em interação social isso me preocupa sabe….eu percebi agora que meus colegas tinha notado algo de estranho em mim mas eu não tinha notado na época agora que eu vim percebe eu não tenho diagnóstico de autismo leve mas tenho certeza que sou pq isso explica muita coisa na minha vida até agora pq uma delas é eu se!pre fui diferente das outras meninas sempre!.

  13. Mikachaukkj disse:

    eu tenho certeza de que tenho autismo, mas não posso conseguir um diagnóstico, não tenho acesso a psiquiatras, psicólogos e etc. Eu pesquisei muito sobre, falei com amigas que são autistas diagnosticadas, e tudo parece se encaixar. Eu não vejo um problema em ser autista, mas as vezes eu acho que parece que eu só tô fingindo, e isso me deixa muito desconfortável

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Mikachaukkj. Indicamos que procure atendimento em uma Unidade de Saúde ou CRAS na sua região e peça um encaminhamento para uma avaliação com um especialista. Ainda que possa demorar para conseguir uma consulta, vale a pena entrar na fila de espera o quando antes.
      Você também pode pesquisar se existem atendimentos sociais de especialistas na sua região, o que pode sair consideravelmente mais barato ou até mesmo gratuito em alguns casos.
      Esperamos ter ajudado e que você encontre as respostas que procura. 💙

  14. Sam disse:

    Oi, eu não tenho ideia do que eu deveria escrever no começo mesmo tendo lido todos os comentários anteriores kkkk, então vou ser direta.
    Eu acabei de ter uma crise, daquelas bem impactantes, tenho 17 anos e acho q talvez eu possa ter TEA ja faz um tempo… mas não posso investigar nem fazer nada a respeito, eu ja conversei com minha mãe sobre isso algumas vezes, mas ela teima q eu tô só pensando demais e que se eu realmente fosse autista ela saberia, já que é professora de ensino infantil e já teve contato com várias crianças com TEA (importante destacar que todas eram meninos). Não sei como dizer a ela que o autismo em mulheres/meninas pode ser diagnosticado de um jeito diferente.
    Eu com toda a certeza faço muito esse negócio da “camuflagem” desde sempre. Claro que nem sempre da certo (o tanto de coisa errada que eu já disse meu Deus kkkkkk)
    Mas enfim, isso é mais um desabafo, gostaria muito de investigar pois tenho certeza que tem algo de errado comigo, mas acho que já aceitei esse meu destino e vou procurar algum psicólogo quando crescer.
    Esse artigo me esclareceu muitas coisas muito obrigado!

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Sam! Obrigado por deixar seu comentário. Esperamos que consiga buscar por um diagnóstico em breve. Um abraço!

  15. Ivaneide Lima disse:

    Olá, meu nome é Ivaneide minha filha demorou a falar, ela agora tem 11 anos tem algumas características que me chama bastante atenção . Em alguns ambientes ela se balança muito, além que estou observando quando ela não consegue acompanhar um determinado assunto em sala de aula, ela simplesmente fica em
    Silêncio mais e como se ela não estivesse ali… quando gosta de um determinado filme assistir o
    Mesmo várias vezes… e consegue visualizar formas dentro de desenho outras imagens assim como
    Consegue identificar palavras dentro de palavras .

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Ivaneide! Alguns dos comportamentos que você apontou são sim sinais de que ela precisa ser avaliada. Indicamos procurar um neuropediatra ou neurologista especializado em autismo.
      Um abraço! 💙

  16. taina amorim lima disse:

    /No dia do meu anivrsário 08/11/2022, recebi o diagnóstico de autismo na minha filha, com 3 anos e 06 meses, como assim? Cecilia não teve atraso de fala, super independente, com 2 anos já sabia o caminho de casa, o gostar de brincar só deve ser por ser filha unica minha, e enfileirar as bonecas é por ter várias. o Autismo estava presente mas a escola nascarou a quase 2 anos quando a levei no neuropediatra. Mas por ela não possuir défcti cognitivo estava tudo bem, mas um dia ela descompensou e chegamos ao diagnóstico. Estamos realizando as terapias e cada dia mais o diagnóstico dela vem sendo a libertação de toda minha angustia de uma vida, quando nenhum psicologo conseguia me ajudar, até que o neurologista disse que eu me enquadrava no TDAH, quando eu descobri o que era tive certeza que tinha… continua.

  17. taina amorim lima disse:

    Continua… Fui sempre uma criança desenrolada, mas tinha as minhas questões sensoriais bem significativa, mas isso nunca foi percebido como um problema, já na adolescencia eu já conseguia identificar que tomar banho doía, escovar os dentres me dá gastura até hoje, determinados barulhos doem meus ouvidos, assim como depilar a perna com cera me dói os dentes, lavar os cabelos é um suplicio até hoje, o autocuidado é prejudicado, pois não gosto nada que possa fazer sentir dor. Quando criança um parque de brinquedos da minha cidade sempre que ia saia com dor de cabeça e na fase adulta levava minha sobrinha, com 30 min já saía vomitando com enxaqueca. Dentro do espectro autismo podemos ter presente a disfunção executiva, e isso se faz presente na minha vida de uma maneira que prejudica até o meu trabalho, vida social. Hoje afirmo que o Autismo é o ice berg que afundou o titanic, só conhecemos a ponta, mas os sintomas são bem maiores do que imaginamos. O diagnóstico de minha filha fala mais sobre mim do que ela mesma e isso me faz sentir como se tivesse tirado um peso das minhas costas, pois hoje sei com quem procurar ajuda. Quem quiser aprender mais Siga a Lygia Pereira psicopedagoga, no youtube e instagram. segue aqui um video dela: https://br.video.search.yahoo.com/search/video?fr=mcafee&fr2=p%3As%2Cv%3Av%2Cm%3Asb%2Crgn%3Atop&ei=UTF-8&p=autismo+em+mulheres&type=E210BR91199G0&.bcrumb=YSTeTsyYoHs,1676249821&fr2=p%3As%2Cv%3Av&save=0#id=1&vid=46535f9ca86bf66edd70311feec75ace&action=view

  18. Gabriela disse:

    não sei se tenho autismo, não me lembro de nada da infância, só lembro q minha mãe sempre reclamava do meu jeito sonso, lerda, ela acabava de fala uma coisa e não sabia oq ela tava falando, e assim até hj rsrs. ela me aconselhava pra mudar, ae fui tentando observar como os outros conversava pra todo mundo fala comigo, não sabia ao certo pq era excluída dos grupos, então aprendi a fica sozinha, até q teve um tempo q não conseguia interagir nem de olhar nos olhos de alguém, é pq fala e olhar faz eu perder o foco do q eu tô querendo passar de msg pra pessoa, e não sei se me expresso bem, mas vou ver com neurologista, e tem barulhos q me dá ansiedade, como barulho de tiro ou explosões ou caminhão, moto, odeio muito, e só durmo de protetor.

    • Autismo em Dia disse:

      Olá, Gabriela! Ficamos felizes em saber que buscará atendimento com um neurologista. Esperamos que encontre as respostas que procura. 💙

  19. Rita de Cássia Souza dos Santos da Costa disse:

    me chamo,Rita tenho um filho Vitor maradona dos Santos Santos ,28anos . apareceu com um comportamento estranho .foi diagnosticado disturbio estou procurando entender melhor esse assunto para poder viver a minha realidade e saber lidar no meu dia a dia.

  20. Vanessa disse:

    Olá! Me identifiquei muito com o que li no artigo e com os comentários de algumas pessoas. Meu filho tem TDAH e está em processo de investigação do TEA. Quando comecei a entender o que era o autismo percebi que posso estar tbm no espectro pq tenho muitas das características que vcs falaram acima. Minha vida parece que nunca deu certo, sempre chorei demais nunca me senti parte de nada e tem uma constante sensação de inadequacao. Tenho muita dificuldade com a socialização e não consigo entender o que a sociedade espera de mim. Sempre acho que faço tudo errado e falo o que não deveria. Parece que agora tá surgindo uma luz e tô começando a entender pq sofro tanto. Quero me entender mais pra poder ajudar o meu filho e tudo q eu não quero é que ele sofra como eu. Obrigada pelas informações valiosas.

    • Autismo em Dia disse:

      Oi, Vanessa. Que bom que nosso texto serviu como uma luz, não deixe de buscar uma avaliação psicológica. Estamos por aqui! 💙

  21. Carol disse:

    Faço tratamento psiquiátrico a quase dez anos, e sempre disseram ansiedade e depressão, causada pelo sua disforia corporal! Fiz bariátrica, cortei, pintei cabelo, fiz unhas, comprei roupas novas, e quadro não melhora porque a família fala que já fez de tudo e você é ingrata, mas o vazio e a falta de onde entidade continua, não sei quem sou, vivo a vida dos outros, porque não me permitem viver. de outra maneira, a partir do momento que viram que podiam tirar proveito da minha natureza digamos até inocente, e os ciclos só retornam piores, por isso eu busco ajuda! Comocei a fazer uma análise com um psicanálise, só tem criança lá! kkkkkk, mas ela disse que alguma coisa eu tenho sim, mas ela precisa conversar com minha mãe e eu falei, que sinceramente ela não iria saber responder na merda, porque todos acham que é loucura minha já que sou a doida, ou estou querendo chamar atenção, enquanto quero apenas um diagnóstico certo, pra me livrar dos 08 que tomo por dia! A depois de muito perguntar meu diagnóstico é Borderline impulsiva, fora compulsão em compras etc. tudo pra preencher um vazio o que nunca vai embora. Sem contar que ninguém respeita minhas ordens em nada!

    • Autismo em Dia disse:

      Oi Carol, obrigada por dividir um pouco do seu momento. Se você se identifica com alguns sinais do autismo, leve isso para sua análise. Continue acompanhando nosso Blog. Um forte abraço! 💙

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